sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Contagem materna: 32 semanas

Enfim, a calma. Entramos no 8° mês de gestação e devo dizer que estou bem tranquila. É claro que, às vezes, me olho no espelho e acho a barriga baixa demais. Sinto alguma cólica e penso duas vezes antes de chegar a conclusão que são apenas gases. O desconforto continua, mas, como aprendi durante essas semanas todas de gravidez, tudo é uma questão de se acostumar com o atual estado. No quadro geral, parece que meu coração conseguiu ficar mais quieto. Agora é só esperar, esperar e torcer para elas nascerem no fim de janeiro.

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Bonequinhas que eu comprei na Etsy (melhor loja da internet de todos os tempos) para enfeitar o quarto das meninas!

A minha rotina é bem simples. Quase não saio mais de casa, as exceções são as visitas aos médicos e uma eventual ida ao salão (porque mesmo com essa barriga, é preciso cuidar de si, né?). Minha médica está de férias e só temos consulta dia 5, estou contando os dias, onde já se viu ter saudades da obstetra? Mas, acontece. Tá, confesso que esta semana dei uma passada rápida no shopping para conferir a promoção da Zara, mas não aguentei muito tempo lá não. Comprei umas coisinhas para as meninas e saí.

Minha mãe tem sido a minha babá constante! Me sinto uma sortuda por tê-la aqui. Ou ela vem para a minha casa ou eu vou para a casa dela, e depois o Marco me busca na saída do trabalho. Ela faz tudo e tá até promovendo uma organização na minha casa. Tem coisa melhor? Espero poder fazer o mesmo para as minhas filhas algum dia e por ela sempre! Por causa dela e do meu pai, o quarto das menias já está praticamente pronto, a mala da maternidade também e faltam poucas roupinhas para lavar.

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É roupa demais! Estou louca para enfeitar as meninas!

A barriga continua a crescer. Tenho umas dores de veado, de vez em quando, e ela pesa bastante. Mas, aquela coisa, já me acostumei. Para quem está grávida de gêmeos, fica a dica: invista nas calcinhas de gestante que tem apoio para a barriga. Nem as enormes que eu comprei, estão me servido mais. E o apoio é essencial quando o negócio pesa.

Tenho aprendido muitas crendices sobre estes momentos finais da gravidez com a minha mãe e, como ela mesma diz, não custa nada acreditar na tradição. Veja alguns:

- A mulher incha (monstruosamente) três vezes antes de entrar em trabalho de parto. Comigo já aconteceu uma vez na semana passada, fiquei com o pé em formato de bola. E olha, que o inchaço não me pegou na gravidez não, quase não aconteceu, é mais agora no final mesmo. Então, ainda precisamos inchar mais duas vezes! Uhu!

- Contagem da lua. Não sei se funciona com gêmeos, mas "não custa nada acreditar na tradição". O cálculo é o seguinte: você olha no calendário lunar a data da sua última menstruação e conta 10 dias. Veja a lua que estiver vigente dentro desses dias e comece a contar 9 luas assim que outra igual aparecer no calendário. No meu caso foi a minguante. Vai ter virada de lua no dia 01 (sim, depois de amanhã!) e no dia 30 de janeiro. Tudo indica que eu vou conseguir chegar até o fim do mês. Será?

- A barriga abaixa três dedos até o parto. A minha está com um dedo e meio. O meu umbigo já mudou de posição, então fico com medinho. Confesso, que fico medindo a altura da barriga todo dia! Afe!

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Ok, esse medida não vale. Estou praticamente empurrando a barriga!

- Na hora de lavar a roupa dos bebês nada de torcer para secar, se não o bebê vai ter cólica! Essa é um crendice da minha avó e que a minha mãe resolveu não contrariar. Haja roupinha pingando no varal! Vamos ver se dá certo.

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*Sobre a lavagem das roupinhas: estou usando o sabão neutro líquido da Olá, é fácil achar nos supermercados. As toalhas, fraldas de pano, os lençois e as milhões de mantinhas que as meninas têm lavei na máquina no modo delicado/bebê. As roupinhas a minha mãe tá lavando na mão mesmo. Mas não precisa esfregar, minha gente! E, como foi dito, torcer nem pensar! É melhor prevenir do que remediar, né?

E vocês? Alguma outra dica para o final da gravidez? Já conheciam algumas dessas crendices? Depois volto aqui para contar como foi no nosso Ano-Novo em pleno repouso! Feliz 2012 para todos!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Retrospectiva de 2011 da família moderna

Como você vai se lembrar de 2011? Para nós, é claro, foi um ano que mudou completamente as nossas vidas e traçou um novo caminho tanto para mim, quanto para o Marco. Sim, deixamos de ser um casal de recém-casados e nós tornamos futuros pais de duas meninas! Decidimos tentar ter um filho em maio e um mês e meio depois estava grávida, mais umas semanas e dscobrimos que teríamos gêmeos. Foi a melhor surpresa da minha vida e eu sinto que estive grávida durantes todos os meses do ano, mas vamos por partes.

Pra mim, foi um ano de pura mudança, além de toda a questão de maternidade. Tive estabilidade no trabalho, mas questionei muito meu lado profissional e acho que como qualquer pessoa da minha idade, ainda continuo com a mente cheio de perguntas, mas sem o desespero dos 20 e poucos anos. COnsegui completar uma corrida de 5km, conheci gente interessante, fiz bons textos e outros nem tanto, viajei para dois lugares maravilhosos, arrumei minha casa e consegui perceber quem são os amigos verdadeiros. Apesar de todos os aprendizados, sinto que cada dia é diferente e aprendo mais um pouco.

Em 2011:

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Passeamos na seca do cerrado

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Trabalhamos no dia 01 de janeiro para a posse da dona Dilma. Olha a nossa cara de final do dia fazendo pose do lado do carro oficial

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Fizemos festas!

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Teve o carnaval com as crianças

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Eu vi e escrevi sobre Michelle Obama!

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Fiz a divertida cobertura do casamento real

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Brinquei com o Lucca!

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Entrei de cabeça no Mar Mediterrâneo

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Dei um pulo na Sicília e recebi as bençãos de San Giorgio

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Desfilei uma modesta barriguinha em agosto, sem desconfiar do que viria pela frente!

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Repensei tudo e pensei mais uma vez

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Tive o apoio de uma grande amiga

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E consegui rever outra grande amiga!

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Meu irmão casou e eu ganhei uma nova família!

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Dei um pulo em Salvador

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Me diverti muito

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E ganhei uma barriga crescente!

Foi um ano em que aprendi a ser menos intolerante com a opinião contrária dos outros, tentei ver o outro lado (ô coisa difícil), a ser um pouco menos impulsiva com as palavras e a ficar quieta em certos momentos. Eu sou conhecida por se aquela amiga sincera, sabe? Que diz o que tem que ser dito, então descobri que um ombro amigo, às vezes, faz muito mais efeito do que palavras sinceras.

Fiz 30 anos! Sim, sou uma velha! Graças a Deus! Me sinto em uma nova fase. Sou menos impulsiva, talvez arrisque um pouco menos que antes, mas não tenho tanta pressa de chegar lá. Estou consciente de que nem tudo precisa ser para ontem e os planos mudam. Nada é definitivo.

Espero que 2012 seja um ano de colocar os sonhos em prática e viver novas aventuras. Não vejo a hora de mudar tudo de novo, fazer novos planos e correr outros riscos. E é claro, viver ao lado da nossa pequena família e curtir a responsabilidade de criar dois seres prontos para descobrir o mundo. Obrigada a todos que passam por aqui, deixam comentários, me mandam e-mails ou respondem os meus, vocês também fazem parte de toda a transformação. Que o ano de todos seja iluminado, cheio de boas histórias e muitas lembranças!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Contagem materna: 31 semanas

Cada semana, cada dia que passa, tudo parece uma contagem regressiva. Estamos bem! Fiz um ultrassom hoje e as meninas estão com mais de 1,5kg cada! Estou com 3 kg de bebê dentro de mim! Uma delas virou de novo e agora está com a cabeça para cima, mas já já ela volta para o lugar, tenho certeza. Quando se espera gêmeos, o exame é cada vez menos estético e mais sobre as medidas e o fluxo dentro do útero. Não conseguimos nem ver a carinha delas! O espaço lá dentro tá bem apertado.

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Esquece a cara de doida, olhem para a barriga. Prometo fotos melhores depois.

Estou mais animada e acho que mais acostumada com o peso e o modo "repouso". O quarto das meninas começa a tomar forma e, com a ajuda dos meus pais, quase tudo está pronto. Já começamos a lavar as roupinhas. E nesta semana, consegui resolver a questão do INSS. Rezei tanto que deu certo! Fé é tudo na vida. Apelei para o meu atual estado gravidíssimo, contei com a ajuda e a boa vontade dos funcionários de lá, fiquei três horas e meia esperando a médica e fiz a perícia. Foi como se eu tivesse tirado um peso de 30kg das costas. Agora é só esperar e curtir a pausa. Estou louca que chegue o Natal e o Ano-novo! E vamos que vamos!

Consegui fazer um vídeo sobre a louca movimentação que acontece aqui na minha barriga. É muito surreal. Chega minha mãe ficou assustada! Eu já me acostumei com a loucura e o mundo bizarro de ter duas pessoas se mexendo dentro de mim. Estou achando que esse foi o momento que uma das bebês virou! Divirtam-se com as aventuras das meninas lindas e monstrinhas:



*vamos abstrair meus comentários de doida.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Quantas fraldas dois bebês precisam mesmo?

No ritmo de preparação para a chegada das meninas, resolvi comprar alguns pacotes de fralda para recém-nascidos. A dúvida era: quantas levar para casa? Depois eu comecei a pensar mais um pouquinho e a me questionar: será que eu tenho fralda P suficiente? Eu lembrava que tinha ganhado bastante no chá de bebê, mas será que era a quantidade ideal? Precisamos correr para o supermercado mais perto?

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Armário das meninas

Fui no santo google novamente e refiz as contas para saber se o número de fraldas da família moderna batia com o indicado. Primeiro, foi díficil achar fonte segura. O cálculo, segunda as pesquisas internéticas da vida, é de 8 a 10 fraldas por dia, nos primeiros dois meses de vida.

Então, vamos fazer as contas de quantas fraldas um bebê pode precisar

Até 2 meses - 240 fraldas por mês - total: 480 fraldas tamanho P

De 3 a 8 meses - 180 fraldas por mês - total: 1080 fraldas tamanho M

De 9 a 18 meses - 150 fraldas por mês - total: 1500 fraldas tamanho G

Achei essa tabela aqui

Com gêmeos o cálculo é o seguinte:

Tamanho P: 840 fraldas
Duração: 2 meses
Temos até mais! Olha que maravilha! São 940. Fiz um estoque no armário e elas já ocuparam todo o espaço. E, sim, como mãe de primeira viagem comprei umas 100 de recém-nascido porque não sei qual deve ser o tamanho das meninas. Sobrou? Doa-se.

Tamanho M: 2160 fraldas
Duração: 5 meses
Ganhamos bastante também. Acho que devemos ter cerca de 1000, quase a metade. Uma maravilha! Por falta de espaço no nosso apartamentos, estão todas estocadas na casa da minha mãe. Obrigada amigos pelos presentes de fralda! Eles ajudam e muito!

Tamanho G: 3000 fraldas
Duração: 9 meses
Devo ter dois pacotes, mas não precisamos nos adiantar tanto, não é minha gente? Até lá a gente corre atrás das promoções. E começamos o treino para tirar a fralda das meninas.

Um total exato de 6 mil fraldas! Que loucura! Nem pense em perguntar: "mas, e o custo de tudo isso?" Não vamos fazer contas, faz mal à saúde. Confesso que antes de saber que ia ter dois bebês estava super interessada nas fraldas ecolôgicas e já tinha procurado muito sobre o assunto. Acho que vale a pena, especialmente do lado financeiro. Mas, com duas desisti. E vocês? Tiveram dilemas em relação à fralda?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A inconstância de um ser grávido

Parece cronometrado. Eu tenho dias bons e dias ruins. Na ordem certa, um sim e um não. Achei que ia ser fácil esses últimos meses, afinal, tudo que eu tenho que fazer é ficar de repouso, certo? Errado. Minha última pedra no sapato é o INSS. Ok, agora eu entedi o trauma de ter que pedir o apoio do governo quando você precisa se afastar do trabalho. A gente é mal atendido, não recebe informação suficiente e ainda fica um mês sem receber o salário. Que maravilha. Ontem passei o dia chorando por causa disso. Hoje cansei.

Eles marcaram a minha perícia para o dia 20 de janeiro. Tentei argumentar que até lá eu provavelmente vou ter parido e qual vai ser o objetivo da perícia? É bem provável que eu perca meu salário de janeiro e nunca mais o veja. A gente contribui horrores e o que recebe em troca? Nem me fale. Sem contar que eu só recebo o salário diminuído se a perícia for feita. Então, contas de janeiro, aguardem e confiem, uma hora vocês devem ser pagas. Resumindo o drama: vou lá na sede do Setor Bancário Norte com meu pai agora à tarde tentar resolver.

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A bola está estourando!

Não quero nem comentar sobre a dificuldade de fazer um ultrassom quando é necessário, mas não é emergencial (porque esse a gente paga do bolso e fica tudo bem). Meu médico especialista em avaliação fetal que era maravilhoso, se transformou em um chato. Acontece, né? Ema, ema, ema, cada um com seus problema. Passei a semana inteira ligando para o consultório e nada! Liguei para o celular do médico, ele me antendeu uma vez e nunca mais. Tentei em outras clínicas, e claro, não tinha horário. Uma ultrassom de gêmeos pega dois horários e quando tem doppler no meio, são quatro. Ninguém quer fazer, né? Descartei o doppler e mesmo assim, nada. O mais fácil seria tentar no meu já que estou fazendo o pré-natal lá desde sempre, certo? Errado.

Desculpe pelo desabafo, pessoal. Mas é isso que está acontecendo agora. É claro que nem tudo é tão ruim e horroso quanto parece (ah, os exageros da gravidez), porém é assim que eu me sinto. E imagino que outras grávidas devem passar o mesmo. É um mix de estresse, com ansiedade e felicidade pura pela maternidade.

Se eu não tivesse a minha mãe me ajudando a organizar todas as coisas de casa e do enxoval das meninas provavelmente estaria louca. Enquanto isso, o marido continuar a falar no meu ouvido, como ele sempre fez; "Vai dar tudo certo". E eu acredito, acredito mesmo.

Update: Fui muito bem atendida no INSS, apesar de todo mundo estar brigando com alguém, nunca vi. Enfim, agora dependo da boa vontade de duas funcionárias que prometeram tentar uma vaga pra mim antes, já que meu caso é de gravidez. Vamos torcer!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Contagem materna: 30 semanas

Vamos direto para as notícias do fronte, minha gente! Estamos bem. As meninas estão super felizes na barriga, segundo a própria médica, coraçõezinhos batendo a mil e não param de mexer. A cada hora eu recebo um chute ou soco super forte que avança na pele e me dá cada susto! Preciso muito filmar isso! A nossa família está em clima de ansiedade pura e no modo "vamos resolver tudo" para a chegada delas.

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Barriga pesada! Quem vai sentir falta? Eu!

Eu tenho controlado bem a minha vontade de ver a carinha das meninas e, às vezes, cai a ficha de que terei duas bebês de verdade (ow!) nos meus braços em breve. Ainda não imagino isso. Por enquanto, elas são seres tão bem protegidos aqui dentro e parecem que ainda vão demorar para ver o mundo. Acho que é a minha concentração para mantê-las aqui até o final de janeiro. Pode parecer estranho, mas ainda não me imagino elas recém-nascidas.

Tenho acordado de duas em duas horas durante a noite e isso não me incomoda. Parece que já é uma preparação. Exceto que agora eu levanto, faço xixi e volto a deitar de novo. Coisa que não deve acontecer depois, né? O que eu percebo é que cada dia é um dia. Tudo é diferente. Às vezes, tô super animada e em outras ocasiões mal-humorada. Mas, quanto mais a gente resolve as coisas, melhor me sinto.

Confesso que fiquei um pouco deprimida depois da internação e estava muito abatida na semana passada. Mas as coisas foram melhorando e, aos poucos, eu consegui trazer o ânimo de volta. Me sentia desconfortável, queria terminar de fazer todas as coisas da minha lista e não ficar deitada o tempo todo, chorei bastante e para piorar era, me sentia culpada por me sentir tudo isso e não pensar no que era melhor para as minhas filhas.

Fiquei sem saco com a internet e a vida em geral. Queria ficar quietinha. Parei de me arrumar um pouco e fazer qualquer coisa. Mas com a ajuda do marido e dos meus pais (essenciais nessa jornada), as coisas começaram a entrar no eixo e agora estamos em um novo ritmo e resolvendo o que tem que ser feito, sem aperto no peito, sem deixar se abater, e sem (muito) estresse.

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A espera continua firme e forte

Percebi que eu não posso resolver tudo e, por isso, preciso contar com ajudantes. Repouso é meu novo sobrenome e estou conseguindo descansar. Entre as novidades: entrei no INSS no trabalho e agora preciso resolver isso, estou na luta para marcar um ultrassom na semana anterior ao Natal e emagreci 1 kg (nem achei ruim) graças ao refluxo e ao que eu chamo de "pequeno estômago", não consigo comer como antes, as comidas não tem o mesmo gosto, o mesmo apelo, não cabem mais. Isso, é um saco, mas tudo tem seu lado positivo.

A médica fez um exame de toque ontem e uma das meninas já está com a cabeça bem baixa, mas o meu colo do útero é grosso e forte, palavras da doutora! Olha que maravilha! Por isso, nada de grandes esforços e pernas para cima! Conto com três maravilhosos ajudantes (mãe, pai e Marco) que estão sempre comigo e estão resolvendo as últimas coisas do enxoval. E estou trabalhando na dose da paciência para chegar até o fim de janeiro, amém! Aguardem as cenas dos próximos capítulos.

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Estamos fazendo a bainha de todas as fraldas de pano! Todas! São 15 no total. Dá um certo trabalho, mas acho que super vale a pena. Eu alinhavo o inviés e a minha mãe passa na máquina depois. Fica caprichoso e super menina.

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Artes da minha mãe para esperar as netas

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Marco passando a lixa no baú antigo para colocar no quarto das filhas

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E depois pintando com tinta spray

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Alarme falso

Acordei domingo de madrugada me sentindo estranha. Isso nunca é bom sinal. A barriga estava pesada embaixo e eu estava cheia de pesadelos. Por volta das seis e meia da manhã, não consegui dormir mais. Uma hora depois levantei para fazer meu suco de couve porque achei que poderia estar com gases, por isso aquela cólica me incomodava. Mas depois comecei a reparar que a barriga ficava dura. Fiz panquecas, sentei para comer e falei pro Marco que acabava de acordar, o que eu não queria admitir: "acho que eu estou tendo contrações". Comecei a medir aquela cólica, não doía quase nada, durava uns dez segundos, mas estava vindo de uns dez em dez minutos. Chorei um pouquinho, mas mantive a calma. Liguei pra médica. "Vai já pro hospital e leva a sua mala que eu vou te internar".

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Comecei a arrumar a mala e não sabia o que colocar dentro. Não tinha comprado nenhuma camisola ou coisa do tipo que se leva para a maternidade. "E a mala das meninas, Dra?". A resposta da médica foi direta. "Não precisa porque nada vai servir mesmo". Deixei minha mala de lado, vamos sem nada mesmo. Entrei em um estado de calma enquanto o Marco dirigia para o hospital. Liguei para a minha mãe e o jeito era esperar.

Fui atendida super rápido pela plantonista que falou com a minha médica no telefone antes de me examinar. Colo do útero fechado, coração das meninas batendo forte, ufa! Estava tudo bem. Mas a médica estava indo para o hospital decidida a me deixar por lá. Tomei soro com buscopan enquanto esperava. Quando ela chegou resolveu me deixar em observação por uma noite. No dia anterior tinha tomado uma injeção de corticoide para ajudar na formação do pulmão das meninas e isso pode ter dado alguma reação. E agora precisava de uma outra. Então, não tinha jeito. Era melhor pra mim e especialmente para elas.

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Levei um susto, é claro, mas continuamos confiantes. Voltamos para casa na segunda-feira à noite. Não senti mais nada depois, agora só sinto a barriga bem grande. As meninas estão se movimentando mais embaixo, o que é um ótimo sinal e estou com super hiper gases. Estou tomando uns remédios que me deixam super dopada durante o dia, relaxantes para o útero. E essa talvez seja uma estratégia da médica para me deixar quieta. E ela tem razão. Eu não paro quieta e minha cabeça está sempre a mil. Nada mais de sair por aí para fazer compras ou passear, e ficar pensando nas mihões de coisas para fazer. A ordem agora é repouso e repouso. E vou contar com ajudantes para organizar os últimos detalhes.

Não há nada mais que eu queira do que voltar para a maternidade, poder ter as meninas no quatro e cuidar delas assim que chegarem no mundo. A experiência de ficar no hospital me deixou mais ansiosa, mas ao mesmo tempo mais positiva para que tudo dê certo. Fizemos uma espécie de estágio na maternidade. Já conhecemos tudo por lá e o Marco foi até fazer um tour pela UTI Neonatal. De madrugada, escutamos o chorinho do bebê no quarto vizinho e foi lindo. Agora, oficialmente, estamos contando os dias para ver a carinha da nossa dupla.

Ainda estamos esperando as meninas para o fim de janeiro e elas vão ficar bem aqui na barriga. Acredito muito nisso. E espero que todos vocês continuem com pensamento positivo junto com a gente.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um passo de cada vez

Estava procurando umas fotos dos meus avós para colocar no quatro das meninas e achei meu certificado da maternidade. Tinha até esquecido dele. Meu pai me deu este papel amarelo com meu pequeno pé impresso com outros documentos quando eu saí de casa e me casei. E ele ficou ali escondido. Foi tão engraçado encontrá-lo de novo e agora ler todas informações de forma diferente, com outros olhos.

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Há 30 anos, meu pai e minha mãe correram para o Hospital da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, na madrugada, depois que a bolsa dela estourou. Foi um longo trabalho de parto, sem dilatação e eu cheguei de cesária! Na verdade, eu nasci ali por acidente. Meu pai é militar (deu para perceber) e eles moravam em Natal. Porém, ele ficou com tuberculose enquanto a minha mãe estava grávida e existia um hospital em Itatiaia. A minha mãe ficou na casa da mãe dela em Resende e eu segui a tradição da família de nascer naquela pequena cidade perto da Via Dutra.

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Olha só! Minha mãe estava com 39 semanas. Eu nasci com 3.9kg e 51 cm.

E as dicas de antigamente? Dar água entre as mamadas? Não existe mais e pode tirar o bebê da amamentação. Merthiolate no umbigo? Também acho que não se usa.

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Daqui a pouco é a vez das meninas receberem o "diploma". A ansiedade está batendo e estou tentando me manter calma no meio da confusão. O segredo é um passo de cada vez. Tem muito palpite e ruído cercando a gente, e o negócio é ter paciência. Hoje até me perguntaram: "Gêmeos? E quando você vai tirar?" Oi? Eu não vou tirar ninguém, elas é que vão sair! Não aguento mais perguntas tipo: "e você acha que vai até quando?". Eu levo tudo numa boa, sei que as pessoas não falam por mal, faz parte do bláblá, mas, às vezes, irrita.

Outra coisa: nunca vi tanta gente ter medo de dois bebês! A palavra "gêmeos" parece que desperta um alerta vermelho em algumas pessoas. Sim, vai dar trabalho e muito. Mas será que eu estou sendo muito ingênua? São dois bebês, e isso, pra mim, é sinônimo da mais pura felicidade que eu esperando descobrir nos próximos meses. Enquanto isso, aproveitamos a jornada e crescemos junto com ela.