quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Família Moderna apresenta: calças!

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Entre tantas tentativas com a máquina de costura e uma vontade enorme de fazer alguma coisa diferente para duas meninas espertas que eu insistia que deveriam se vestir mais "descoladas", surgiu uma nova forma de me expressar, um jeito novo de colocar as minhas ideias em prática e a vontade de fazer algo. Algo original, algo que seguisse contra a corrente, algo que fosse meu. Então, quando eu achei que não tinha tempo pra nada, comprei uma máquina com o dinheiro do meu último salário como pessoa trabalhadora e, entre uma dormida e outra das bebês, comecei a costurar. Aprendi que as minhas ideias tinham que respeitar o ritmo da minha nova vida e que eu não ia conseguir fazer tudo o que eu queria, afinal, minha prioridade são e sempre serão elas. Por isso, resolvi levar a Loja da Família Moderna para outro rumo, poucos produtos, mas exclusivos. Estoque pequeno, qualidade grande. Fui atrás do que eu achava que faltava, e sempre pensando no que eu queria pra mim, obviamente. E resolvi investir mantas de flanela fofinhas e aconchegantes pro bebê com uma estampa de chevron, E, agora, quis colocar outra ideia em prática que também acho difícil de achar: calças leggins! Fui atrás de estampas diferentes e um material leve e resistente, 100% algodão, perfeito para crianças ativas como as minhas, que adoram deitar no chão ou jogar areia pra cima, mas sem perder o estilo. E, eis, o resultado:

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Maria e Bella, minhas modelos infinitas de calça legging poá lindo e caveirinha

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Bella

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Maria

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Bento lindo de calça legging bigode

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Achei!

Foram meses de pensar, pensar, tentar, pensar, até produzir e aqui estamos nós. Espero que outras mães, tias, dindas e avós gostem destes queridos produtos modernos da mesma forma que eu. E deixem comentários, sugestões e ideias por aqui. E sim, nada disso teria acontecido sem o apoio da minha família e de tanta gente que já passou pelo blog ou poucas feiras que eu participei e que comprou aqueles primeiros babadores até as últimas mantas de chevron.  E vamos nessa!

Não deixem de visitar www.lojadafamiliamoderna.com (sim, agora temos domínio!)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sobre não saber o sexo do bebê

Quem passa frequentemente por aqui já deve saber que a gente decidiu não descobrir o sexo do bebê número três. Queremos viver a experiência de saber apenas no nascimento e ouvir aquelas mágicas palavras: "é uma menina" ou "é um menino, não temos preferência ou queremos criar expectativa logo. É claro que temos curiosidade, como qualquer pessoa, mas tem sido um processo transformador e de grande aprendizado, seguir por esse caminho pouco convencional em tempos modernos de ultrassom 4D, por isso resolvi comentar sobre o assunto aqui. Não foi uma decisão fácil (para as outras pessoas, especialmente, diga-se de passagem) e nem foi uma coisa de agora, foi algo pensado muito antes da gente sequer cogitar uma segunda gravidez de verdade. E, sim, nós fomos de um extremo ao outro, se na gravidez das meninas eu fiz um exame de sangue para saber o sexo, dessa vez nada.

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Pra mim, tudo começou quando recebi um email de uma italiana que mora no Canadá, mas que já tinha morado no Brasil, e tinha lido meu blog, a Lara. A gente começou a trocar emails e ela comentou sobre não saber o sexo do bebê, algo muito comum em outros países, mas que em terras brasileiras parece impossível ser feito, "como aguentar a curiosidade?", "como fazer o enxoval?". Isso porque as nossas mães não tinham essa chance e o nascimento era sempre uma surpresa. Mas as coisas mudaram e isso é ótimo. E também agora temos escolhas, chances de fazer de outro jeito, e o meu jeito é voltar um pouco para atrás. A Lara me escreveu sobre o assunto e gostei tanto do texto que acabei fazendo um post sobre isso aqui. Apesar da minha curiosidade absurda, e totalmente compreensível como mãe de primeira viagem e de duas, as coisas que ela escreveu me tocaram e aquilo não saiu da minha cabeça.

Depois, cheguei a comentar com o Marco algumas vezes sobre não querer saber o sexo do próximo bebê, caso eu ficasse grávida de novo, e ele falava "acho que deve ser legal mesmo". Mas acredito que ele ainda estava em estado de negação sobre qualquer possibilidade de um outro filho. hahahahaha Aí a Lu, do blog Potencial Gestante, ficou grávida e começamos a conversar sobre isso e ela decidiu não saber. Adorei poder ver a experiência dela de perto como amiga e aí que eu me decidi mesmo.

Quando fiquei grávida agora fui falando logo: "então, não queremos saber o sexo". Pausa para todo mundo ir à loucura. "O queeeee?" "Como assim?" "Tem certeza?" "Mas, e o enxoval?". Achamos divertido a curiosidade no começo. Nossos pais insistiram um monte, queriam ir junto no exame de ultrassom, pediram mil vezes. Mas estávamos decididos. Depois, começou a ficar chato. "Por que? Como? Vocês não estão curiosos?". Sem falar na coisa de "é um menino", 96% das pessoas falando que era um menino, tem que ser um menino, se for um menino não vale. Ah, as grávidas e sua lista infinita de palpites. Isso já estava me incomodando, do nível que se eu fizesse um ultrassom e fosse um menino, eu nem ia curtir tanto, mais um motivo para surpresa. Esse era um assunto, um processo que estava me deixando nervosa já e eu estava a ponto de desistir, ceder logo à pressão e vamos nessa.

Há duas semanas fui fazer o exame. Antes de entrar penso: "Será que não é melhor saber logo? Vamos matar a curiosidade de todo mundo e acabou!". Entro na sala e descubro que marquei o exame errado, tem que fazer outro mês que vem, blá, blá, blá. Antes da médica passar o gelzinho falo: "Doutora, eu não quero saber o sexo, hein?". Ela diz que lembra e me questiona mais uma vez porque não quero saber mesmo, etc. "Mas, seu marido não tá curioso?". Até tu, Brutus? Na hora que ela passa perto das pernas e vai medir o fêmur, ela pede pra que eu feche os olhos. E eu penso: "que situação ridícula, eu de olho fechado aqui, mas bora nessa!". Até que acaba o exame, bebê lindo, livre, leve e solto dentro daquele marzão que é o útero (eu sempre tenho essa impressão porque com as meninas parecia uma luta por espaço sem fim). Ufa. Resisti à tentação e não vi. O Marco também foi um grande incentivador para que a gente continuasse firme.

Alguns dias depois, a gente conversa sobre o assunto e decidi esperar até o próximo exame. Depois, eu recebo por email um relato de um VBAC (parto normal após cesárea) e os pais não sabiam qual era o sexo do bebê, no fim, quando o ele nasce, o pai cheio de lágrimas nos olhos, olha pra esposa e diz: "É o Francisco". E aí, eu me lembrei porque fiz essa escolha. E não tive mais dúvidas. Que venha a melhor surpresa das nossas vidas, e eu vou estar pronta para recebê-la de braços abertos.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Receitinha - Bolo delícia de agrião

Ah, a rede mundial de computadores e suas peripécias! Depois do bolo sucesso de beterraba, que uma amiga me mandou todinho por mensagem pelo Facebbok, eu agora encontrei uma receita de bolo delícia de agrião (sim, eu coloco adjetivos nos bolos). Postei a receita no instagram (segue a gente no @familiamoderna) e uma seguidora super querida compartilhou essa receita comigo. Estou sempre buscando opções saudáveis de lanche e sobremesa pras meninas porque confesso que fujo dos doces por aqui. Não é nem questão de "pode ou não pode comer", mas de criar um hábito saudável, pensando em um futuro distante, simples assim.

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 Maria oferecendo um pedaço de bolo pro neném hoje de manhã

Finalmente, fiz o bolo nesse fim de semana, mas especificamente ontem, e hoje quase não tem mais nada! Até o marido aprovou dessa vez. Dá um pouco mais de trabalho porque tem que bater as claras, então,  tive que tirar a batedeira do fundo do armário, mas vale a pena. Fica muito gostoso mesmo e, o melhor, é saudável! Aí vai:

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Bolo delícia de agrião

1/2 maço de agrião
3/4 de xícara de óleo
4 gemas
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento
4 claras em neve
2 xícaras de açúcar

Antes de tudo: separe as claras das gemas, reserve as duas e já bata as claras na batedeira para facilitar sua vida. Bata o agrião (lavadinho e verdinho), as gemas e o óleo no liquidificador, coloque em uma tigela, acrescente a farinha, o açúcar, o fermento e, por último, as claras em neve. Vai a dica: misture as claras delicadamente com uma colher de pau ou pau duro (piadas à parte) e não com um fouet, se não o bolo perde sua fofura. Depois você já sabe a reza: forma de furo untada margarina e farinha (aqui uso azeite), forno pré-aquecido 180°, 40 minutos.

Quando tirei o bolo da forma não ficou lindo, por isso não tirei foto, mas acho que é porque tive que fazer uma pausa para ir ao mercado comprar farinha e dar almoço pras meninas, então a clara desandou. Mas, o sabor.... Delícia mesmo. Ah, não deixem de curtir a página do blog no Facebook

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

DIY - Faça você mesmo - Guirlanda de Papel de Caveira (e uma festinha de Halloween)

Eu acho que eu nunca fiz uma festa de fantasias ou Halloween, exceto no meu aniversário de 9 anos quando meus pais fizeram o tema de "Punk" e fizeram todo mundo ir vestido de preto e foi um sucesso total! (Depois se perguntam porque eu sou diferente hahahahaha) Mas resolvi fazer uma comemoração pequena de aniversário na semana passada e eu e minha mãe resolvemos abraçar o dia das bruxas. Deu um pouco de trabalho, choveu enquanto a gente arrumava tudo, queria ter feito mais coisas, queria ter tirado mais fotos, porém, a gente, com certeza, se divertiu!

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Para a festa, resolvi fazer um enfeite de caveirinha (aquele lá em cima da janela) e resolvi compartilhar aqui. Ah, sim, me vesti de Frida pra quem tá se perguntando ;)

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Você só precisa de uma cartolina preta, tesoura, canta, paciência e uma máquina de costura. O resultado vale a pena! Comecei desenhando uma caveira no papel, me inspirei nesse tutorial e desenho aqui aqui. Depois, cortei e comecei a fazer o traço da cabeça na cartolina.

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Para facilitar o trabalho dobrei a cartolina para cortar dois de uma vez só.

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Depois, desenhei os olhos e a boca em cada caveirinha.

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E cortei um por um!

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Agora é hora de ter paciência e cortar tudo! No fim, deu 54 caveirinhas.

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Tudo cortado? Hora de fazer a guirlanda na máquina de costura. É só, literalmente, costurar o papel.

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Coloque o ponto da costura bem largo, na minha máquina usei 0,5 que é o máximo, assim fica mais fácil. Deixe um pedaço grande de linha sobrando e depois vá passando as caveirinhas na máquina e deixe um bom espaço entre elas também, não se preocupe que a linha vai seguir seu curso.

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E para inspirar outros loucos pelo Halloween, aqui vão algumas fotos da festa:

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Bella pedindo mais suco da Quitanda Fácil. Tinha duas opções: cenoura com limão e abóbora, mamão e maracujá!

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Bella, Bento e Maria

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Fiz meu famoso ponche: 1 garrafa de espumante, 1 de guaraná, gelo e frutas vermelhas

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Canudinhos de caveiras comprados na loja de festa e aranhas de plástico por todos os lados coladas com cola jeans

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Síndrome do Segundo/Terceiro filho

Eu tenho pensando um pouco (não muito) sobre como esse bebê vai ser, como ele vai se encaixar na nossa família. Quando ele vier para os meus braços, eu não vou ser aquela mesma mulher, que com um misto de felicidade e medo, que pegou primeiro uma menina na UTI Neonatal, olhou, admirou, viu cada detalhe e tentou colocar no peito; depois pegou a outra, olhou, admirou, viu cada detalhe, ficou impressionada com a semelhança com a irmã e tentou colocar no peito. Eu vou ser outra, a situação vai ser outra, mas o amor vai ser o mesmo, disso eu não tenho dúvidas. A felicidade que já existe vai respirar ainda mais fundo e eu vou saber aproveitá-la. Ah, se vou. Mas ainda que o medo seja diferente, bem diferente, ele existe.

E eu não tenho medo de "não dar conta do recado" ou de "como eu vou fazer para cuidar de três crianças". Sei que tudo vai dar certo e a gente sempre dá um jeito. Mas tem uma coisa que eu tenho medo sim, tenho medo desse bebê cair na inércia. Ponto (não, pronto), falei. Eu tenho medo dele cair nesse ditado de que o terceiro filho "tem sorte ou sobrevive". É uma coisa que eu reparo que acontece com o segundo/terceiro filho, a gente deixa fluir porque sabe que ele vai crescer, vai comer eventualmente, um dia dorme a noite toda, e tudo isso é verdade. Tudo bem, realmente, a gente aprende muita coisa com o primeiro, no meu caso, as primeiras. Mas, eu tenho medo de não me esforçar tanto. De não ser mais a mãe insistente, que tenta, faz dá certo, que me fez chegar até aqui. E aí a coisa desandar mesmo. Faz sentido? Sou psica? Fico super me analisando, essa sou eu, e acho que toda mãe deveria ser assim também, não ficar pensando só no que os outros podem ou fazem errado, mas no que a gente faz ou pode fazer errado também. Por isso, não quero deixar de me esforçar por esse bebê.

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É claro que as coisas vão ser diferentes, a gravidez já está sendo bem diferente. Como eu disse, não sou mais a mesma e tudo o que passei com a Maria e a Bella me fizeram o que eu sou hoje. Mas não quero me perder no caminho e preciso me lembrar disso. Quero continuar sendo a mãe prática que as meninas me ensinaram a ser, sem deixar de ser disciplinada, sem deixar de insistir. Portanto, venha bebêzinho que estamos te esperando, para passar por mais um desconhecido com gostinho familiar. Parar deixar a felicidade ainda mais completa, transbordando como tem que ser.

Eu também escrevi um post sobre que tipo de mãe eu queria ser quando estava grávida das meninas. Sabe que até que eu não me desviei tanto das minhas ideias originais? ;)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Receitinha - Batata "frita" de forno

Eu tenho um certo preconceito com batata frita. Tipo aquela coisa de que alguém conseguiu transformar um vegetal em algo nada saudável, gorduroso e frito. E acho que definitivamente não é comida para criança, bebê, então, socorro. Mas, calma, eu tenho culpa no cartório, eu deixei as meninas comerem batata frita uma vez, quando a gente viajou para o interior de Goiás e não tinha nenhuma outra opção de aperitivo na casa que não fosse isso ou linguiça e a comida ia demorar 40 minutos, e eu não tinha levado nada pra elas comerem. Então, pedimos um suco e uma porção de batata. Ok, não precisam me julgar porque já faço isso todos os dias ;).

Mas, sabe, grávida? Então, outro dia me deu vontade de comer batata frita, mas caseira. E isso existe? Eu tinha visto em algum blog há anos atrás, mas tentei inventar a minha própria receita, vide também a falta de tempo para fazer uma busca no google (a coisa aqui tá tensa, mas conto depois!).  É rápido, fácil (meu tipo de receita!) e fica uma delícia. E as crianças podem comer à vontade. Mas, não, não fica igual a tal da batata frita gordurosa, pra mim, fica ainda melhor!

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Delícia!
Então vamos lá:

Você vai precisar de:
- 3 batatas médias
- sal, açafrão e azeite a gosto.

Cortei as batatas em tira e coloquei pra cozinhar na água com sal. Bastou ferver e deixei alguns minutos. A batata tem que ficar cozinha, porém al-dente. Esse ponto é super importante porque fiz da primeira vez e cozinhou demais, ainda ficou bom, mas não ficou "batata frita". Depois, escorri a batata e coloquei em uma travessa coberta com papel alumínio e joguei mais um pouco de sal, açafrão (pouco menos de uma colher de sobremesa) e reguei com azeite.
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Batata temperada pronta para "fritar"!

É só colocar no forno alto e esperar ela ficar mais crocante. Se você quiser ainda pode colocar as batatas em um papel-toalha para deixar ainda mais seca, mas nem fiz isso. 

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Produto final

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Bella e Maria comendo batata frita de lanche da tarde

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Transição do berço para a cama

Sim, nós conseguimos! E, olha, não foi aquele bicho de sete cabeças que eu esperava, foi até tranquilo!

Mas, antes de ir aos detalhes, queria dizer que o esquema de um sono de um bebê, quem dirá dois, é muito pessoal e varia de família pra família. Não existe fórmula ou encanto, mas uma dica aqui e outra ali, uma experiência legal ou outra melhor, e você precisa criar seu próprio método/técnica/rotina que funcione pra você e pro seu bebê. Eu acredito em insistência, persistência e que é possível guiar/educar uma criança da forma que você escolher, como eu disse, aqui em casa nunca teve aquela coisa "ah, não se adaptou", "não teve jeito" "não quer de jeito nenhum", eu sempre me virei pras coisas simplesmente darem certo quando eu queria que elas dessem certo e elas sempre precisaram dar certo. Então, é criar um objetivo e partir pro abraço!

Outra coisa (calma, que já vem o post!): passamos por diversas fases de dormir aqui: primeiro, fiz o que eu achava que era feito com todo bebê e ninei. Ninei horrores. Aí com uns quatro meses pensei: como vou ninar as duas sozinha? E tentei colocar no berço. Ficava fazendo carinho nas duas dentro do berço e era super cansativo, elas lutavam contra o sono do mesmo jeito. E foi quando me rendi a chupeta. Sim, elas começaram a chupar chupeta com quatro meses. Aí no meio do caminho, consegui fazer as duas dormirem na sala, no edredom que a gente colocou no chão pra elas brincarem, era dar a chupeta, carinho e elas dormiam. Lutavam também, mas era uma forma de um dos dois (eu ou o Marco) fazer as duas dormirem sozinhos, enquanto o outro podia jantar, arrumar a casa, fazer outra coisa, etc. Depois, resolvemos mudar tudo quando elas tinham uns 10 meses e passamos pelo processo de colocar as duas para dormirem sozinhas no berço. E foi assim até agora.

Decidimos colocar as duas na caminha porque achamos que estava na hora. Simples assim. Elas não tentavam escalar ou pular o berço, mas mostravam alguns sinais. Se antes acordavam e ficavam no berço brincando com os brinquedos enquanto eu tomava café (eu sei, era maravilhoso e eu aproveitei muito!), já não curtiam tanto. E o nosso método de colocar no berço à noite pra dormir, dava certo, mas em alguns dias elas ficavam agitadas e demoravam mais de uma hora pra dormir. E eu queria que elas tivessem a liberdade de ir e vir, quando acordasse fossem brincar ou me procurar no quarto. Se quisessem deitar na cama e ficar de preguiça que fossem, enfim. Aproveitamos que íamos voltar pra casa depois da reforma e compramos a caminha.

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O processo todo durou três dias, mas para o sucesso mesmo foi um total de cinco, porque tivemos que fazer uma pausa no meio quando achámos que a obra estava pronta e não estava. Vamos lá:

Primeiro dia:  Elas viram a caminha e adoraram! Deitaram e rolaram em cima, também não sei se era felicidade de voltar pra casa. Chegamos no começo da noite, já tinha dado o jantar na casa da minha mãe, mas continuamos com a rotina: banho e um pouco de brincadeira, 20h hora de dormir. Resolvemos ir deitar com as duas na cama. Esse era o novo método. Pra facilitar a transição. Cada um deitou com uma, lemos um livrinho, depois apagamos a luz. Tentei cantar uma música, mas estava com tosse e não deu. Elas ficaram um pouco agitadas, queriam levantar e a gente deitava de novo e falava "agora, chega tá na hora de dormir". O tempo inteiro fiquei com vontade de falar com o Marco: "será que isso vai dar certo?". Foi um tal de "deita, tá na hora de dormir, chega". Até que uma hora depois, dormiram. E dormiram a noite toda. Uma hora alguém chorou e o Marco foi lá, colocou a chupeta, e elas voltaram a dormir numa boa.

Segundo dia: Não fizemos a soneca porque almoçamos fora e elas já vieram dormindo no carro. Mas à noite foi o mesmo processo e a gente começou a questionar se estava fazendo a coisa certa e mais importante: como eu ia fazer pra colocar as duas pra dormir sozinha durante a semana? E quando o bebê nascesse e eu estivesse amamentando? Tinha que ser um trabalho para um só. Marco começou a questionar se era a hora mesmo e a gente não deveria montar o berço de novo (eu sei, exagerado!). Eu disse que não. Agora não há como voltar atrás.

Pausa para a reforma: ficamos mais nove dias fora de casa e de volta para um berço desmontável na casa da minha mãe.

Terceiro dia: Viemos pra casa de noite de novo. Como já tinham jantando foi banho, brincar e dormir. Deixamos ficar até um pouco mais tarde porque elas estavam empolgadas com a casa. Na hora de dormir, lemos um livrinho, deitamos juntos e apagamos a luz. Pense em duas meninas agitadas! Eu e o Marco já perdemos a paciência porque estávamos cansado e começamos a discutir no meio se aquilo era o jeito certo. Alerta de parent fail pra nós. Mas aí continuamos com o ", deita, tá na hora de dormir, chega", e pasmem: Bella dormiu 1 hora e meia depois, Maria quase duas horas! Era hora de mudar de plano, mas ainda não sabíamos qual e estávamos com muito sono e cansaço para pensar em qualquer coisa.

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Bella e Maria

Quarto dia: De novo, saímos para almoçar e não testamos a soneca. À noite, baixou uma confiança no Marco que ele disse: "deixa comigo, vou tentar sozinho, se elas ficarem muito agitadas, te chamo". A nossa ideia era sentar entre os dois berços e ir acalmando as duas, fazendo carinho, até que elas dormissem. E foi isso que ele fez. Uma hora depois, ele sai do quarto todo orgulhoso! "Rá, já posso até escrever um livro!". Posso? hahahahaha Acho que no fim deitar com as duas mais estava incomodando e agitando do que outra coisa. Respiramos aliviados por um dos dois, sozinho, conseguir fazer elas dormirem.

Quinto dia: É meu dia de testar o método e a soneca da tarde fica por minha conta. Deito as duas cada uma na sua cama cantando "tá na hora de dormir", sento no meio, começo cantar as músicas que costumavam embalar as duas quando ainda eram bebêszitas. Elas dão sinal de que vão levantar e se agitar e eu coloco as duas deitadas e falo firme: "chega, tá na hora de domir". Bella pega na minha mãe e dorme cinco minutos depois. Maria fica um pouco agitada ainda, deito ela mais umas duas vezes, até que ela dorme. Eu olho pras duas e meu olho fica marejado de tanto amor. Que mané berço o quê! Ponto positivo pra caminha: ensinar seu filho a dormir, a descansar como tem que ser, se sentindo seguro, sabendo que tem hora pra tudo "hora de dormir", mas rodeado de carinho. Saio do quarto vinte minutos depois cheia de orgulho, e tira uns cinco minutos aí que eu fiquei lá só olhando pras duas e pensando na vida. À noite, a mesma coisa. Marco demora 40 minutos para colocar as duas pra dormir.

Os restos dos dias continuam na mesma. Alguns dias demoram menos, outros mais. É claro que antes, só colocando as duas no berço e saindo do quarto, tínhamos mais tempo e liberdade. Mas não sentimos falta disso. Estamos gostando do processo de colocar as duas pra dormir e nós dois descobrimos no meio do caminho o quanto é importante sentir que você está ensinando algo tão valioso e, aparentemente, simples pra uma criança: dormir. Assim, a gente também tem a chance de ter um momento de carinho com as duas e descobre como cada uma lida com a situação. Bella gosta de virar pro lado, deixar o olhar pro nada e  fechar os olhinhos de uma vez, enquanto a Maria vira, vira até que para e vai fechando os olhos lentamente.

A única desvantagem da cama até o momento é que elas têm acordado mais cedo. Se antes acordava às 8h, agora acordam 7h30, 8h. E a gente tem que levantar logo junto também para fazer café pras duas, arrumar a vida logo. Porque com a caminha cortamos a mamadeira da manhã. Elas agora tomam café com a gente e depois lá pra umas 9h faço uma vitamina ou um smoothie pras duas tomarem no copo de vidro com canudinho. Quando estou com pressa ou vou sair, ainda uso o copo de transição, mas mamadeira é coisa do passado por aqui. Mas essa coisa de acordar logo e mais cedo não é de todo mal porque dá oportunidade do Marco ficar mais tempo com elas antes de sair pro trabalho e quando bebê número 3 nascer é bem provável que esse seja o horário de acordar por aqui.

E a gente vai mudando e se adaptando ao fato de que elas estão crescendo. Próximos objetivos: tchau chupeta e desfralde. Aguardem e confiem.


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Receitinha - Bolo de Beterraba

Hoje eu acordei com vontade de comer bolo de beterraba, coisa de grávida, vai entender. Aí eu pensei em dar uma googlada para achar a receita, mas entrei no facebook e lembrei de pedir para a pessoa certa, a querida Noelle, do blog Mastigando. Ela me passou a receita rapidinho e lá fui em com computador na mão pra cozinha correndo antes que as meninas acordassem da soneca e eu me enrolasse. É uma receita fácil, rápida, daquelas de liquidificador que eu adoro e ficou pronto a tempo do lanche da tarde. E dá pra substituir a beterraba por cenoura também. Aí vai:

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Bolo de Beterraba Vapt-Vupt


3 beterrabas pequenas ou 2 cenouras médias em pedaços
1 xícara e 3/4 de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
4 ovos médios ou 3 grandes
3/4 de xícara de óleo
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 pitada de sal

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte e enfarinhe uma forma com furo central de 24cm de diâmetro. Bata todos os ingredientes no liquidificador, colocando os líquidos embaixo. Asse por 45-50 minutos e faça o teste do palito.

* Dá pra substituir o açúcar por mascavo, aqui não tinha, então desencanei um pouco.
* Achei que o bolo ia ficar rosinha, mas ficou laranja! Acho que da próxima vez vou colocar um pouco de corante (sou louca?) é que eu estava pensando em um bolo de beterraba vermelho. Tipo red velvet!
* Uma cobertura de chocolate ou de cream cheese ia bem nesse bolo! Mas, como fiz pras meninas, ficou saudável, também não desencanei tanto.

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Selo de aprovação da Maria com dedinho pra cima!

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Falei pra Bella: "dá um sorriso pra foto!" e ela obedeceu!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Contagem Materna - 18 semanas e 2 dias

O que dizer sobre esta gravidez agora que estamos com mais de quatro meses? A verdade é que não sei. Bebê começou a se mexer aqui no começo da semana passada, barriga está crescendo, corpo se ajustando, mas muitas vezes, confesso, até esqueço que estou grávida. A vida está acontecendo rápido demais, enquanto outra pulsa e se desenvolve dentro de mim. Não ligo pra qualquer dorzinha, ainda que canse e eu sinta no fim do dia, às vezes, algumas dores por segurar as meninas no colo. A barriga está crescendo e crescendo, uma belezura, e vai médico, exame, Maria, Isabella, escolha de nomes, organização de casa e quarto, transição das meninas e, no meio de tudo isso, o tempo passa e nos leva mais perto para o momento em que seremos uma família de cinco.

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Fiz a foto com 17 semanas, vamos fingir que é 18, minha gente!

Tenho percebido uma coisa bem diferente nesta gravidez que é como parece que meu corpo está super preparado pras as transformações que passa e ainda vai passar. A começar pelos peitos. Encheram rápido, ficaram cheios de veias aparentes, e o mamilo já está mais dolorido, pra fora e grosso,eu tenho os chamados mamilos planos, o que também foi uma dificuldade para começar a amamentação das meninas, mas dessa vez parece que ele está quase pronto. Tenho feito umas massagens simples depois do banho, nada mais é do que que apertar os mamilos de cima pra baixo e de lado, dando umas puxadinhas, exercício que já pode ser feito depois das 12 semanas. Não fiz nada disso, na primeira vez, e como queria ter feito! Mas acho que minha cabeça já está totalmente pronta para amamentar, já sei o que esperar e isso ajuda bastante.

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Cortei a franja e milagrosamente fiz a unha! Ah, as pequenas conquistas de uma mãe.

Fui no médico Plano B na semana passada com o marido, na esperança que eu não me sentisse tão charlatona e que eu estivesse mais aberta para uma possível conexão. A consulta durou os mesmos dez minutos. Tudo bem? Tudo ótimo! Alguma dúvida? Não, tudo tranquilo. Ah, se toda grávida fosse assim, ele ainda me disse. A única coisa diferente foi que eu resolvi falar pra ele que não queria saber o sexo do bebê e não queria fazer nenhum ultrassom que não fosse necessário, o que ele disse "ótimo, o resto é mais pra ver o bebê mesmo e saber o sexo. Mas por que vocês não querem saber mesmo? Só por curiosidade", e ele olhou pra gente com a cara mais desconfiada do mundo. O marido explicou, fizemos piada e no final ele me deu dois pedidos de exame, o do ultrassom morfológico e um outro "caso eu quisesse fazer antes e sentisse saudade de ver o bebê". O quê? Mas eu não acabei de falar que eu não queria fazer muitos exames e ele ainda está tentando me fazer sentir culpada? Abafa, Tatiana! E lá fomos nós embora com dois pedidos de exames na mão, mas só vou fazer um, óbvio.

Tenho ficado menos obsessiva com a história de parto. Há umas semanas atrás eu pensava nele todos os dias, sério, gente! Aí comecei a ler um livro sobre VBAC e fiquei naquela loucura toda, até que finalmente dei uma parada,  parei de ler relatos, ganhei confiança nas informações que descobri e enjoei do assunto. Ufa! Mas acho que já já volto. Coisas de grávida, veremos.

Em outro assunto... Quem ainda quiser ter uma manta de flanela linda de chevron, corre lá no Loja da Família Moderna, gente! Último estoque antes de novembro e tenho poucas unidades. Aproveitem!

Olha que lindo o Heitor, feliz clientes da Loja, com a manta dele!

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