segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Por uma vida mais saudável

“O melhor jeito de se defender é comer bem. Mas comer bem dá trabalho, exige tempo, atenção. É mais do que mastigar , engolir, digerir e eliminar. Envolve desejo, frustração, apego, aversão, manias – e o social, ah, o social. Não há dieta que resista. E que bom, pois o que é de gosto regala a vida, às vezes mais sofre quem se nega do eu quem se entrega. Excesso de zelo também é gula. Então a gente procura ter uma rotina equilibrada e aceita pacificamente exceções quando elas acontecem”

Sônia Hirsch

Para quem ainda não sabe, há uns quatro meses, nós resolvemos mudar nossa alimentação por aqui em busca de uma vida não só mais saudável, como também sustentável, e consciente. Então, cortamos qualquer alimento de origem animal da nossa dieta e a mudança foi impressionante, ainda tenho que fazer um post sobre isso aqui, mas todo um leque alimentar e um novo cardápio se abriu pra gente. Em janeiro, fiz um workshop sobre como colocar essa alimentação saudável no dia a dia incentivada pela amiga querida Lua Fonseca do http://www.nodramamom.com/ que eu adoro. E foi uma experiência maravilhosa. No curso, não fizemos só receitas, mas compartilhamos experiências, dúvidas, anseios, vontades. E foi bonito ver todo mundo se sentido bem fazendo parte. Fizemos comida, dividi dicas de lista de compras, ingredientes coringas, mas também aprendi um bocado. Foi bom demais!

























Então, vamos fazer mais uma edição! Dessa vez uma oficina com opções de lanches saudáveis em duas datas neste domingo dia 06/03 e no próximo 20/03. Dessa vez, a bagunça vai ser na minha casa. A ideia é abrir a sala, a cozinha e o coração (de novo) pra aprendermos juntos mais uma vez. 
Vamos fazer:
- pão de cará e pão de batata-doce
- opções de recheio para o sanduíche com abacate, grão de bico e feijão
- bolo de chocolate vegano fácil e saudável
- cobertura de bolo deliciosa sem leite e sem ovo
Valor da oficina: R$ 100

Para se inscrever: modernafamilia@gmail.com


Fotos lindas da Juliana Caribé da Dupla Exposição

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Birras e a roda de olhares fulminantes: precisamos parar com isso

Para você, pessoa querida, que estava ontem na Livraria Cultura , no fim de uma tarde de domingo e que escutou uma criança de quatro anos chorar porque queria um livro de bailarina e a mãe disse não:

Eu sei que ela estava gritando que "não era justo, que ela estava muito, muito triste e que não queria ir embora" e você se sentiu incomodado com aquilo, mas, veja bem, eu estava tentando lidar com a situação da melhor maneira possível. Tentei conversar com ela, dizer que não dava, que a gente tava ali para comprar o livro da amiga que fazia aniversário e não pra ela, que ela tinha acabado de fazer aniversário e ganhado muitos livros, mas o efeito parecia ser ainda pior, eu sei. Eu sei que depois o irmão dela de quase dois anos chorou no mesmo ritmo porque não queria ir embora e ali estavam dois pais tentando resolver uma situação, digo de novo "da melhor maneira possível". Acredite, eu também não estava feliz com aquilo. E, olha, também já fui você, também já olhei torto para uma criança fazendo birra e se debatendo no chão, mesmo depois de ser mãe. Mas vou te dizer que não ajuda em nada. Os olhares só pioram a situação. Sim, quando eu peguei ela no colo para tentar consolá-la (e isso funcionou com o meu de dois anos, por exemplo) e ela começou a gritar: "me solta", também não foi legal pra mim. E quando, finalmente, eu consegui sair da loja com ela e perceber, pela primeira vez, uma livraria inteira olhando pra mim, não foi legal. Te conto que um minuto depois já estava tudo bem. Porque crianças são assim, em dois segundos, esquecem e já partem para uma brincadeira nova, mudam de foco. Que maravilha, né? Estou tentando aprender com eles. Esqueci os olhares, mas percebi que preciso deixar os meus de lado também. Crianças choram. E, sim, eu também quero chorar em várias oportunidades, especialmente quando não consigo o que quero, mas, como pais, precisamos ensiná-los a lidar com suas frustrações. E seria, bom, bem bom, se não tivéssemos ainda por cima o peso do constante julgamento alheio através do olhar. Seria bom.




Depois disso, ainda fomos em outra loja e compramos uma triliche,
E mais olhares tortos para as crianças brincando na cama. Tão confortáveis que foram até debaixo das cobertas. Mas dessa vez, não liguei pra nada. Deixei eles serem crianças. Fim.