A escolha dos nomes

Quando você fica grávida um botão de perguntas feitas por terceiros acende com toda força. Primeiro bate aquela dúvida na galera: "será que é menino ou menina?" Depois sai o resultado e resta uma outra interrogação: "qual vai ser nome?". Mães de primeira viagem, não se assutem, a curiosidade alheia é normal. Afinal, quantas vezes você já fez a mesma pergunta para outras grávidas? A escolha de nomes, no entanto, descobri ser um assunto um tanto polêmico, por isso, ainda estamos no suspense. Todo mundo tem uma opinião, tem gente que faz cara de "mais ou menos" ou tem um nome muito melhor do que o seu na lista. Palpites, palpites, palpites.

Escolher o nome de uma pessoa já é difícil, imaginem para duas de uma vez só! Se fosse uma menina apenas, o nome estava definido. Mas, com duas a coisa mudou de cenário. Eu e o Marco queríamos uma coisa que não fosse muito combinandinho, mas também não muito diferente.

Não imaginei que o processo todo seria assim. No começo, a gente tinha uma ideia e começamos a consultar a família e os amigos, e a coisa só ficou mais confusa. Era um tal de " bonito, mas acho que". Depois fizemos uma lista de nome preferenciais, mas não conseguíamos combinar uma coisa com a outra. Definimos o nome de uma das meninas e não tínhamos ideia do outro. Cheguei até brigar com uma amiga minha por causa dos nomes, de tão grave que é esse assunto! Fiquei bem triste com isso e então resolvemos deixar quieto a história toda. Até, finalmente, tomar uma decisão.



Não vamos revelar o nome das meninas agora, só no dia do nascimento. Já temos os nomes em mente e contei para algumas (poucas) pessoas sobre qual seriam. Mas, para evitar reviravoltas, estresses desnecessários e mais uma leva de papiltes, resolvemos guardar segredo. E também queremos olhar para as carinhas das meninas para bater o martelo. Li muito sobre isso e descobri que 15% dos pais se arrependem dos nomes depois que os bebês nascem. Pode? Claro que pode! Pai e mãe podem tudo! Alías, super entendo quem quer colocar o nome do filho de Facebookison agora. A verdade é que você, eu, todo mundo, pode colocar o nome que quiser no filho ou na filha. E eu acredito que é a pessoa que faz o nome e não o contrário. Ninguém pode ser definido por só uma palavra.

É isso, minha gente! Momento desabafo total, né? Mas não se preocupem, guardem a curiosidade que já, já as meninas vão estar aqui! E os nomesficarão estampados neste blog.

De volta à rotina

Acabaram-se as férias e agora voltamos à rotina normal. Bem, vamos tentando estabelecer o que é normal. Parece que desde que aquele exame, finalmente, deu positivo as coisas mudam o tempo todo. Ontem, depois de voltar do trabalho, percebi como eu mudei, as pequenas coisas não importam mais, a gente não se estressa por qualquer besteira, o plano de vida não é mais o mesmo. Ficar grávida realmente é um processo de transformação. Eu me sinto mais calma, menos agoniada com o rumo das coisas e mais em controle, sem agir com impulso, apesar de decidir mudar de direção sem pestanejar. Não sei, tudo muda de perspectiva e eu ainda estou tentando entender isso. Ou será que são os 30 anos mesmo? Enfim...


Na fase das mudanças

Ter 20 dias ao lado do marido para organizar o enxoval e adiantar as coisas foi maravilhoso. Compramos muita coisa e estou super adiantada. Não sei se conseguiria deixar tudo para o final, é muita coisa para resolver, decidir e comprar. A vantagem de começar tudo cedo também é poder pesquisar. Não fiz nenhuma compra sem pensar pelo menos duas vezes. Acho que se esperasse mais, ia comprar o que tivesse pela frente, porque a gente fica cansada demais para bater perna por aí. E olha, que o nosso ritmo, com 5 meses de gestação, foi de três lojas por dia, super lento.

A gente andou atrás de quase todos os itens da lista, agora só faltam alguns detalhes do quatro, os dois bebê conforto, a banheira e o kit de limpeza (que eu mesma vou montar). Fui em algumas lojas e gastei que foi uma beleza! Não quero nem ver meu saldo no banco hoje. Ai, ai. A verdade óbvia é que tudo é em dobro. Se eu preciso de uma toalha de R$ 70, na verdade são R$ 140.

No domingo, último dia de férias, fomos organizar o quarto porque tem muita coisa acumulada dentro do armário. E resolvi já organizar as roupinhas dentro da cômoda. O Marco tirou as etiquetas e eu dobrei tudo. Ganhamos muitas roupinhas lindas (obrigada amigos e parentes) e estou super bem até o fim dos primeiros 3 meses! Depois, precisamos voltar às compras de novo (acho ótimo).


Estou louca para vestir as meninas!


O pai tirador de etiquetas


Segunda gaveta de roupinhas de tamanhos acima de 3 meses.

De novo, como são gêmeas, o ideal é dobrar tudo já meio combinando. Body que combina com outro body, macacão com outro macacão e etc, tudo junto na mesma pilha de roupa. Sei que ainda vou ter que lavar tudo e reorganizar tudo de novo e depois na hora da pressa de trocar duas ao mesmo tempo vai ser um caos, mas gostei de fazer aquele trabalho. Sei que a coisa mais fácil do mundo seria vestir as duas iguais, mas vou continuar com o meu plano. Vou vestir elas diferentes. É claro que recebi presentes com roupinhas iguais, e não me importo mesmo, só não vou usar as duas peças no mesmo dia (foi mal, galera que adora ver gêmeos vestidos iguaiszinhos) O único problema é que com as coisas prontas e as roupinhas todas empilhadas, a vontade de ver logo as meninas aumenta! E que venham os próximos meses e mais organização pela frente!

Carrinho de gêmeos - Guia de compras (ou quase isso)

Foram meses de pesquisas, dúvidas, frustações, teorias, descobertas e afirmações! E depois de tudo isso ainda ficou a pergunta: afinal, qual o melhor carrinho de passeio para gêmeos? Para começar, vamos ser sinceros, não existem muitas opções no mercado, especialmente se ir para Miami não está nos seus planos de enxoval, como é o nosso caso. No Brasil, são vendidas cincos marcas (leia-se cinco opções) que tem capacidade para bebês recém-nascidos (é super importante ver isso na descrição do produto). Procuramos em tudo quanto é lugar nesta internet e só conseguimos chegar a uma lista final. Porém, antes de chegar lá, os futuros pais de gêmeos precisam tomar uma decisão, carrinho duplo lateral, de frente um para outro, ou dois carrinhos?

Cada pessoa tem um estilo de vida, é claro, por isso eu pensei muito em ter a liberdade de sair com as meninas para dar um passeio na quadra, sem a ajuda do Marco, por exemplo. A nossa opção então era um carrinho só que pudesse ser levado por uma pessoa só. Tomada a decisão era a ver de escolher qual carrinho duplo levar.



O carrinho super hiper das meninas

Carrinho de frente um para o outro: Foi a minha primeira escolha. Achei que ele ia ser mais fácil para passar nas portas e nos elevadores. Depois vi uns depoimentos de pessoas falando que um dos filhos ia se sentir excluído, por estar atrás, e etc. Achei bobeira, é só revezar, minha gente! Mas aí pensei na interação que as duas poderiam ter uma do lado da outra e comecei a repensar (vide a foto acima, mudei de ideia mesmo)

A dica aqui é: veja o carrinho ao vivo e à cores. Quando a gente viu um modelo achou muito grande, ele é estreito, mas longo. É um trambolho mesmo. O modelo da ABC Design é lindo, parece compacto, tem milhões de opções, mas custa mais de R$ 3.700, ou seja, fora de cogitação. Vamos combinar, se eu fosse rica a este ponto teria ido para Miami, quando ainda tinha tempo, né? Tem um outro modelo da Galzeano, mas não gostamos do material e do tamanho, apesar do preço ser um dos mais razoáveis.


Abc Design

Carrinho lateral: Descartada a opção anterior, partimos para o duplo lado a lado. Foi o que pareceu melhor e o menor na perpectiva dos carrinhos duplos. Olhamos na loja, pensamos, procuramos mais um pouquinho na internet para ver outras possibilidades, mas descobrimos que era mesmo a escolha definitiva. Era o modelo mais compacto e mais fácil de manejar. Existem modelos de três marcas: Burigotto, mais barato porém não gostamos do material, a Maclaren , que era a minha preferida por ser preto e básico porém mais cara e a da Chicco, a favorita do Marco, mas eu não tinha gostado muito da cor. E só! Vale lembrar que essas são opções para recém-nascidos, minha gente! Existem outras opções para bebês maiores e irmãos de idades diferentes.


Burigotto


Maclaren

Pensamos mais uma pouquinho e depois de uma ida ao shopping compramos o modelo da Chicco, pareceu o mais sensato. E estamos bem satisfeitos com a escolha! Estou achando o carrinho lindo!


Marco ficou uns 30 minutos montando e desmontando o carrinho quando a gente chegou em casa. Estamos quase experts no modelo

Ele é compacto, bem fácil de usar e desmontar. Provavelmente não vai passar em todas as portas, mas tá valendo. O problema é que quando chegamos no carro, não cabia no porta-malas. Estava chovendo e a gente não conseguia enfiar o carrinho no nosso pequeno Clio. Como faz? Abaixamos o banco e tivemos uma crise de riso no caminho de casa! E agora, José? Assim que a gente chegou no prédio tiramos as rodas e deu certo. Mas foram uns 40 minutos até descobrir como as rodas saíam, não foi tão fácil. Pegamos a manha e vamos testar como será sair com o carrinho, tirar as rodas e etc, tudo neste fim de semana (sim, sem bebê, minha gente). E não descartamos a opção de trocar de carro, vai ser um gasto não previsto e acima do esperado, mas vamos ver no que dá. A verdade é que seria muito mais fácil trocar de carrinho, mas não existem outras opções mesmo! Acreditem!
Vai a última opção para quem quiser arricar:

Dois carrinhos: Você pode escolher dois modelos iguais e sair por aí com uma trava que é vendida por pouco menos de R$ 100. O primeiro problema é que sempre serão necessárias duas pessoas para manobrar dois carrinhos. E a trava não é essa maravilha toda, as rodas podem ficar batendo uma na outra e não há firmeza nas manobras. Outra coisa importante: se caber um carrinho no porta-malas do carro já é difícil, imagine dois! Algumas vendedoras tentaram empurrar essa teoria pra gente, mas já éramos pais preparados e tínhamos tomado uma decisão. Pense bem e se jogue no mundo da vida dupla!

Chá de fraldas - Detalhes

A ideia era fazer uma festa pequena, bem simples, naquele esquema "faça você mesmo" que algumas mulheres modernas adoram. Antes eu queria fazer uma coisa grande, alugar salão e a coisa toda, mas fiz as contas e vi que não ia poder gastar muito e por causa do repouso a farra não podia ser grande. Com a super ajuda da minha mãe fizemos tudo! Enfeites, lembracinhas, doces. Arrastamos os móveis da sala da casa dela, tivemos que reduzir o número de convidados, mas não podíamos deixar a data passar em branco ou o chá para depois. E no fim, ficou tudo maravilhoso! Vamos ao detalhes da comemoração:

Decoração
Como não usar rosa? Para não ficar maçante e muito fofinho, apostamos no colorido e no pink. Para dar um toque mais personalizado usamos até as louças mais vivas que tínhamos no armário. Também ajuda muito se você tiver um mãe crafteira, né? O apartamento dos meus pais é bem grande, por isso resolvemos tirar alguns móveis e colocar mais sofás para caber todo mundo. Nada de mesas e cadeiras porque a gente queria que o clima fosse descontraído, menos informal.


Corações de tecido feitos pela vovó mais criativa ever


Detalhe da luminária perua e super girlie! Invenção da minha mãe


Eu antes da festa


Mesa de doces

Os doces e as lembracinhas fizeram parte da decoração!



Lembrancinhas


Boas-vindas para os convidados


Colares de chupetas para a brincadeira


Bonequinhas eram entregues para cada convidada "adotar" uma, sem dar bobeira, quem tivesse mais no final ganhava um brinde!


Cardápio
Montei um cardápio leve para receber os convidados e fugir daquela coisa de salgadinho e canapé. Contratei um cozinheiro faz-tudo que super topou o menu e ainda deu sugestões! Servimos saladinhas, salgados à moda antiga e um risoto de bacalhau.


Salada de kani com palmito e maçã verde nos copinhos, barquinho de maionese (receita da minha avó) e salada verde com manga e kiwi


Canudinhos de ricota com presunto parma! Meu favorito!

Para as bebidas, os clássicos com um toque diferente. Além do refrigerante e da cerveja, servimos água com hortelã e ponche. Adoro o gourmet decadente, deu pra reparar, né?


Sucos servidos nas garrafinhas de criança, que também serviram para a brincadeira da corrida da mamadeira!

Tudo servido em copos coloridos descartáveis. E também comprei umas jarras chamativas para a ocasião. A verde eu já tinha há algum tempo e foi R$6.99 no supermercado!




A receita do ponche é bem simples. Eu piquei frutas vermelhas (morango, mirtilo e amora), coloquei 2 litros de guaraná (sem ser light ou zero porque as grávidas não podem) e 1 garrafa de espumante brut ( tem que ser esse porque é o menos doce).




Os doces
Estava com saudades daqueles bolos gelados da infância que vinham nas caixas enfeitadas. Então, minha mãe fez a receita clássica e uma caixa linda para realizar meu desejo.



Foi só comprar papel laminado rosa para ficar ainda mais bonito.



Eu já fui doceira, minha gente, e quem sabe ainda continuarei a ser, e por isso fiz cupcakes de brownie com brigadeiro. É sempre um sucesso nas festas!



Para invertar um pouco, pesquisei muito na internet e consegui fazer os cake pops ou bolo no palito! Ficou uma delícia também!


Biscoitos com foundant que vieram do Rio Grande do Sul. Uma delícia e para completar ainda teve palha italiana feita pela amiga da minha mãe, Karen.



As lembracinhas
Todas confecionadas pela Dona Vera! Já disse e repito: tem coisa melhor do que mãe crafteira? Ela fez os caderninhos e os enfeites de cupcakes que pode ser usados no carro, na arvóre de Natal, na maçaneta da porta, onde você quiser.

A festa das fraldas e dos 30 anos

Sim! Cheguei na terceira década! Sábado foi meu aniversário e depois de uma semana intensa, cheia de choros, crises existenciais e até um repouso forçado por ordens médicas, apenas me restava comemorar e muito! A minha mãe aproveitou a ocasião dos meus 30 anos e organizou logo um chá de fraldas pra mim! Foi um esquema "dois em um" que deu super certo! Mas pode fazer chá de fraldas/bebê com 5 meses de gravidez? Claro que pode! Quem disse que tem que ser no final? Ainda mais quando você está carregando dois bebês!

Foi uma festa simples com pequenos detalhes, para pouca gente e que reuniu grande parte da nossa família! Dois dias antes eu estava sentindo umas dores nos quadris que estavam acabando comigo e a barriga pesou. Liguei pra médica e ela passou repouso, buscopan e mais progesterona. Então, tinha que ser uma coisa light. Não deu para fazer a festona que a gente estava pensando, nem para convidar todo mundo que a gente queria, mas foi ótimo! Foi uma festa daquelas que a gente não para um minuto e maravilhosa!


Casal empolgado


Entrada


Os convidados e os corações!


Família! Minha tia, minha avó ( que veio do Rio com minha outra tia), minha sogra e meu padrinho/tio


Eu e Sassá fofocando no QG das fraldas ou seja no ateliê da minha mãe!


Muito rosa e doce


Docinhos e um pai embalando a filha!

Fizemos tudo na sala enorme do apartamento dos meus pais, com um cardápio simples e docinhos gostosos. Teve mais cara de chá do que de aniversário. E a gente chegou a se empolgar e fazer algumas brincadeiras! Peguei as dicas do site da Constance Zahn aqui.


Inah entre os adultos


Ponche de frutas vermelhas foi sucesso na festa e espantou o calor!


Mais corações!


Fotos criativas da Maria Fernanda! No detalhe, o Marco e a mãe dele e a minha tia Wânia!

A brincadeira mais disputada foi a da chupeta. O convidado que chegava recebia um colar com duas chupetinhas e não podia dizer as palavras: "gêmeas ou meninas", se não perdia o colar. No fim, quem tivesse mais colares levava um brinde!


Tiago e Paulinha foram os vencedores com nove colares no final


Minha tia ganhou a brincadeira de cuidar da boneca e a Laurinha ficou em segundo lugar nos colares!

Também fizemos a brincadeira da corrida das mamadeiras. Na verdade, usei garrafinhas para crianças, que são fáceis de achar em casas de festas e coloquei suco de uva. Quem terminasse primeiro levava um presentinho!


Até minha mãe entrou na brincadeira!


Ainda bem que nenhuma criança ganhou porque o brinde era uma cachaça! Quem conseguiu foi meu irmão!

Foi divertidíssimo! No domingo estava morta e dormi o dia inteiro! Mas valeu cada momento. Ganhamos muitas fraldas e pelos primeiros 4 meses estamos cobertos para deixar as meninas bem protegidas!


Pacote de fraldas criativo da minha concunhada Bianca. Ela embalou fralda a fralda!


Pose com a fotógrafa!

Mais tarde vem aí um post com os detalhes da festa e ideias de decoração simples.

Contagem materna: 21 semanas

Passamos da marca dos cinco meses! A barriga está gigante e crescendo cada dia mais. É engraçado, às vezes, parece que eu sinto ela esticar. E as meninas estão mais espertas e se mexendo com mais força e mais frequência. Mas elas insistem em ficar do lado direito! Ninguém quer ser canhota como a mãe, será?


Eu e minha parede! Você ainda vão ver muito esta estampa por aqui.

No próximo sábado é meu aniversário e devo confessar, não estou muito animada. Estou me sentindo muito sozinha ultimamente e com saudades das minhas amigas que estão a quilômetros de distância! Gravidez e inferno astral não combinam. Estou chorando à toa e não é bonito, minha gente! É uma ansiedade que não passa, uma coisa que não flui. Xô! E o melhor tem sido ficar quieta no meu canto.

Fazer 30 anos é bem melhor do que eu pensava, estou exatamente onde queria estar, conheci o homem da minha vida, tenho uma família maravilhosa que me apoia em tudo! Então, por que não estou pulando por aí? Afe, esse desânimo já deu. Vou tentar relaxar e colocar a mão na massa para comemorar a nova década com muitos doces e alegrias. Sai pra lá hormônios que não me pertencem!

Desconfortabilidades da gravidez

Grande parte dos desconfortos e peripércias da gravidez você já sabe, é básico, lugar comum, até os homens sabem. Mas existem algumas coisas que a gente descobre no meio do caminho, os nomes esquisitos, uma dorzinha que você nunca ouviu falar, uma restrição a mais, um novo hábito que você tem que adotar.


Foto: Something’s Hiding In Here

Sem dramas, minha gente, afinal o corpo muda mesmo, tem peso extra e coisas maravilhosas no organismo também acontece no meio do caminho. É normal, é gravidez. Mas existem umas coisas que são bizarramente engraçadas e outras que fazem a gente perder a paciência. E cada grávida tem a sua história. Se você comentar com alguma mãe sobre esses constantes incômodos, ela deve falar: "ah, menina, eu tive síndrome das pernas irriquietas" ou "enjoei os nove meses de gravidez", ou "eu tinha uma dorzinha do lado direito da barriga que não passava nunca". A minha por enquanto é essa:

Congestão nasal e nariz sangrando: Não tinha ideia de que isso era comum na gravidez. Eu antes achei que era a seca de Brasília, depois alergia e agora me conformei. Eu uso soro para aliviar e tem melhorado. Às vezes é dificil de respirar, toda vez o nariz sangra, mas me conformei mesmo. Próximo!

Dor de veado: Eu tenho umas dores do lado direito da barriga quase todos os dias. As meninas resolveram se instalar nessa região por um motivo que só Deus sabe e acho que acabam forçando um pouco e dá a tal da dor de veado. Respiro um pouco, deito e logo passa.

Barriga de melancia: Agora, quando eu faço as principais refeições sinto a barriga inchar como nunca. Além da azia e do refluxo básico, é a sensação de que tem uma melancia na barriga, não tem espaço! Parece até que eu fiz redução de estômago, porque não cabe! A dica é comer devagar e pouco, obviamente, e não tomar nenhum líquido junto com as refeições. Dá um certo alívio, mas a melancia continua lá.

Depilação: eu sempre dispensei a depilação com cera, mas tive que mudar essa hábito rapidinho. Como faz para depilar a virilha com lâmina se você não enxerga nada? Aderi a depilação com cera e estou amando! Nem a perna eu consigo mais fazer em casa, o negócio é correr para o salão mais próximo.

Choro sem limites: tá esse era bem óbvio. Mas eu não achei que ia ser tão fácil assim ficar com os olhos cheios de água. Qualquer coisa me dá vontade de chorar, minha gente. Às vezes, só de olhar pro Marco eu já fico todo emotiva. O choro vem fácil, fácil!

Sexo: não se enganem: muda bastante! No começo é aquela maravilha, o fogo cresce que é uma beleza, mas depois vem o enjoo e corta qualquer clima. Mais alguns meses e a barriga começa a crescer e a energia diminui. Além disso, tem sim a preocupação de "será que elas vão sentir alguma coisa?", mas o jeito é desencanar e se jogar. E fazer quando você tiver vontade, mas sem jogar a toalha, um esforço a mais não faz mal a ninguém. Também ajuda se você tiver um parceiro paciente e compreensivo.

Ainda tem a dor nas costas, o pé inchado e o desconforto na hora de dormir, mas é assim mesmo! Vamo que vamo, pois faz parte! E tudo passa quando a gente percebe que tem uma festa de chutes e socos aqui dentro! Apesar de tudo, estar grávida é a melhor coisa do mundo. A gente aprende uma coisa nova todos os dias e vence mais obstáculos em um curto espaço de tempo nunca antes visto.

Feiras das Gestantes, vale a pena ou não?

Eu e o Marco estamos aproveitando as férias para resolver milhões de coisas e fazer as compras do enxoval. Tudo, é claro, com calma para não cansar muito a grávida de duas com a barriga crescente. A gente tenta fazer uma coisa de cada vez, em um determinado dia, porque, de fato, meu pique voou pela janela, minha gente! Um dos últimos programas foi a tal da Feira das Gestantes.

Eu vou confessar aqui: tenho um pouco de pânico desses lugares. Tem pouca coisa boa e muita coisa ruim e brega (muita!), vamos combinar. É tanto item útil, inútil e de gosto duvidoso, que a gente se perde pelos corredores dos stands. E as duas únicas feiras que eu fui nem eram tão grandes assim. A última foi no sábado. Rodamos, rodamos e eu ficava cada vez mais confusa.


Pronta para as compras!

O jeito foi adotar a seguinte estratégia e, por sorte, a feira era pequena: demos uma volta olhando tudo, perguntando preço, parando de vez em quando e depois voltamos onde queriámos de fato ir. A nossa cota de roupinhas já estorou, então não fiquei olhando as milhões de opções. Estou precisando mais é de macacões, mas não tinha nenhum legal por lá. Nada mesmo. E os mais ou menos eram caros!


Um pai de primeira viagem confuso e carregador de sacolas

Achei uma loja que fazia decoração de quarto, nada muito do meu gosto, mas que vendia lustres. O básico estava com um preço bom, R$ 150. Eram apenas três pontos de luz e três cúpulas. Comprei e depois eu e minha mãe vamos colocar os cristais, mudar o tecido, adicionar enfeites e etc. A realidade é que eu não vou encontrar nenhum super lustre por menos de R$300 e dessa forma a gente personaliza e fica mais barato. O jeito é abraçar o DIY (do it yourself) e a família faz-tudo que eu amo!

Depois, comecei a procurar lençois e toalhas. Olhamos vários e nada de interessante. Eu sou chata, minha gente, e agora como mãe, me descobri uma pesquisadora de primeira. Só compro depois de pensar muito e se valer a pena. Por isso, passei em uma banca que vendia partes do enxoval com bordados mais delicados e eles tinham toalhas com capuz! Ufa. Não foi barato, mas também não foi caro. R$ 70. Mas, de novo, achei que valia o preço. O bordado é bonito, as toalhas são grandes (ou seja, as meninas vão poder usar mais) e elas vinham com uma fralda para usar nos primeiros meses que sai depois, se as mães quiserem.


A Feira!

Andei, andei, andei. E foi isso. Comprei também 4 calças por R$ 10, porque eu estava precisando e pronto. Vale a pena ir nessas feiras? Acho que se você tiver disposição e foco sim. Mas não é muito mais barato que as lojas. O melhor é focar no que você não acha fácil, no diferente. E no super barato (no meu caso eu vou em tudo o que é R$ 10), que vale a pena. Móveis e carrinhos, é melhor ir na loja. Transporte para as gêmeas tá difícil, mas estamos em uma forte procura. E vamos às compras.