
Maria e Isabella, minhas companheiras de aventuras
Ontem eu liguei para uma amiga minha que mora no Rio e teve uma menina que nasceu alguns dias depois da Maria e da Isabella. Foi tão bom falar com ela porque percebi que a gente passa pelo mesmo processo, dúvidas, questionamentos, desespero e pequenas soluções. Mais uma vez eu comecei a pensar na forma como as coisas fluem entre mães e bebês. E conversando com a Lígia, ela me deu insight, que a minha mãe também vive tentando colocar na minha cabeça: "elas são apenas bebês". Bebês choram quando querem se comunicar, eles ficam incomodâdos e, sim, todos têm refluxo. Não estou dizendo que não há casos graves, mas todos passam por isso. Comem pouco, comem demais, arrotam ou não conseguem arrotar, a comida volta e às vezes fica bem lá no estômago. O fato é que eles estão crescendo e se desenvolvendo, e a gente tá aqui para ajudar nisso. Quero parar com a obsesssão e deixar as coisas fluírem, mas é dificil, minha gente! O jeito é tentar sempre. Hoje, por exemplo, elas tiveram um dia ótimo. Amanhã, não sei como vai ser, mas vou fazer o meu melhor.
Eu tenho visto muitos fóruns, perguntas para pediatras nos blogs e estou lendo aquele livro "A Maternidade e o encontro com a própria sobra" da Laura Gutman e me parece que os grandes dilemas das mães são os mesmos. As soluções variam, mas quase sempre batem em uma questão: é preciso muita dedicação e aconchego. Parece muita responsabilidade e meio radical, mas cada vez mais acredito mais no seguinte: tudo depende da mãe. A nossa forma de ver o mundo, o que a gente sente, passa tudo para os filhos, especialmente, os bebês. A culpa é toda nossa (oi? novidade!) Acho que a conexão não termina depois que eles saem da barriga. Eu tenho pensado muito nisso. É claro que a gente não pode carregar esse peso o tempo inteiro nas costas e também temos todo o direito de ficarmos frustadas no meio do caminho. Mas eu sinto que quando eu paro de me preocupar, deixo as obessões de lado, paro de me cobrar tanto e resolvo aquilo que me incomoda as coisas melhoram. Mas, não deixa de ser difícil. Vira mexe, vai chegar a recaída. Quando a coisa aperta, eu vou e questiono tudo de novo, sofro, choro e começo tudo outra vez. O jeito é ir se equilibrando. Aprendendo e melhorando sempre. E aproveitar muito esse passeio de montanha-russa.

Olha a cara delas de preocupadas! Not!