quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Andar e descobrir o mundo

Estou há séculos querendo escrever este post, mas tem aquele problema da minha vida, conhecido como falta de tempo, segue, porém, agora vai! E preparem-se para todo um testemunho adiante! Queria compartilhar como foi a experiência de andar da Maria e Isabella porque resolvi seguir um caminho diferente e talvez pudesse inspirar outras pessoas que estão na mesma situação, mas para escrever sobre isso preciso começar do começo. Com duas bebês para cuidar, all alone, eu me descobri uma mãe prática. Me inspirei em outras mães de gêmeos que encontrava pela net e que cuidavam sozinhas dos filhos, especialmente o instagram (minha fonte inesgotável de tudo), e acabei desenvolvendo meu próprio método de praticidade e mobilidade, sem querer querendo. E acabei me identificando muito com método Montessori (para quem não conhece explicações aqui) e descobri que estava seguindo a mesma linha de pensamento sem saber o que era.

Por causa da loucura de cuidar das duas ao mesmo tempo e ter atenção redobrada acabei deixando as meninas livres para descobrir o mundo e incentivei uma certa independência delas. Primeiro, com uns cinco meses, coloquei um tapete de pvc e um edredom macio em cima no meio da sala e comecei deixar as duas brincarem ali. Assim, comecei a perder o medo de ficar com as duas sozinhas por mais de meia hora e percebi que era possível controlar a situação. Foi tipo uma luz, gente, uma coisa maravilhosa! Com seis meses, elas começaram a sentar e foi a glória! Super esperei por esse momento! Então, deixava as duas no chão brincando, ficava do lado delas o tempo inteiro no começo, mas depois fui me arriscando a sair para ir na cozinha, sentava na mesa da sala para costurar (ah, seu eu soubesse o que viria depois, teria feito muito mais coisa nessa época).

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Com seis meses, quase sete, explorando o chão da casa da vovó

IMG_0723 Maria e Bella, ô saudade dessa fase!

IMG_0937 Explorando a casa

IMG_1140 Brincando com uma casa feita de caixa de papelão

Pois bem, depois, veio a parte de "querer levantar". Nessa época, eu ainda tinha babá e ela falava: "olha, a Maria não quer ficar sentada não, ela quer ficar em pé", lá ia ela e levantava a Maria. E eu, instintivamente, dizia "não, negativo, se ela quiser levantar ela vai ter que aprender sozinha, porque se as duas quiserem que a gente fique levantando toda hora, como eu faço?". Um tempo depois eu encontrei o método Montessori e esse blog sobre o método pra gêmeos e lá estava: "nunca levante um bebê", um post sobre como era importante deixar o bebê desenvolver suas próprias habilidades motoras e ganhar força muscular e segurança na coluna. Achei isso super importante e acho que por isso hoje as meninas são tão seguras e firmes. 

Com sete meses Isabella começou a engatinhar, ela primeiro ia se arrastando até que pegou o jeito, sozinha, sem nenhuma intervenção, e, umas duas semanas depois, foi a vez da Maria e aí todo mundo falou "ah, acabou seu sossego". E, de fato, elas ficaram bem ativas, mas não achei esse bicho de sete cabeças. Segredo? Sala livre pra elas explorarem como quiserem. Fechava o acesso ao corredor com uma cadeira e coloquei uma grade na porta da cozinha. E tudo que estava alcance delas podia ser tocado, o que não podia eu dizia "não", mas poucas coisas tinham esse sentindo justamente pra eu não ter que ficar o dia inteiro repetindo o tal do "não". Até hoje tudo o que elas podem pegar está ao alcance delas e elas amam pegar os livros em cima da estante e jogar no chão! É claro que quando eu vou na casa de outra pessoa é meio caótico, aí rola uma overdose de "não" de fato. Mas aqui também rola, elas descobriram a tomada do aquário, por exemplo, e eu passei uma semana dizendo "não, pode, vocês vão matar o peixinhos do papai, não, não, não". Foi terrível, mas depois de uma semana elas esqueceram, de vez em quando lembram, olham pra mim com cara de quem sabe que está fazendo coisa errada e basta alguns avisos que elas esquecem.

Quando elas começaram a ficar em pé e se arrastar pelos móveis e eu não interferia em nada, ficava só perto para evitar acidentes e, sim, rolaram muitas quedas. Foi tipo uma semana de muito choro em dobro, toda hora alguém caia, eu ia lá e consolava e elas voltavam a brincar, mas ninguém ficou sequer com um roxo. O engraçado é que aí começaram a aparecer duas personalidades bem diferentes: Maria caía e raramente chorava, em pouco tempo ela se recuperava e estava de volta na mesma posição. Já a Isabella chorava bastante e eis que nascia uma pequena rainha do drama, como eu coloquei aqui antes, com direito a mão no rosto e tudo (mas já passou, viu? foi mesmo uma daquelas fases). Outra coisa: Maria era um pouco mais corajosa, a Bella ficava com medo de se abaixar, ela levantava e ficava um tempão na mesma posição e não sabia como sair. Aí chorava para pedir socorro. No começo, eu ajudava, depois fui mostrando pra ela como se abaixava até que eu deixei de atendê-la umas duas vezes e ela aprendeu.

E veio a questão de andar. Eu via os pais segurando os bebês com as duas mãos de um lado pro outro, geralmente reclamando de dor nas costas, e pensava que aquela não tinha como ser uma opção pra mim.  Será que eu ia ter que ficar o dia inteiro inclinada? Definitivamente não. Como eu ia fazer, gente? Pensava nisso direto. Eu sabia que elas iriam andar de alguma forma, mas aquele não era o jeito. E tinha aquele pânico que as pessoas gostam de espalhar pra todo mundo que tem um bebê que acaba de andar: "xi, quando andar você não vai ter mais sossego! É o caos". Bem, escutei isso quando elas engatinharam e não foi tão ruim assim, mas tinha um pouco de medo sim. Então, não tinha pressa nenhuma de que elas andassem.

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Maria no corredor do nosso prédio

IMG_3343 Maria e Isabella. Uma corre e a outra engatinha. Foto tirada no mês passado.

O jeito foi continuar com o meu método de deixá-las livres com um pouco de incentivo. Elas se movimentavam bem de um lugar para o outro e com uns dez meses eu comecei a colocar brinquedos em cima do sofá, da cadeira e da poltrona para que elas se movimentassem e fizesse uma espécie de circuito. E aí rolava uma passinho, um apoio prolongado. Até que a Maria começou a pedir apoio, levantava a mãozinha e tudo. Segurava uma mão só e ia andando do lado dela, assim ela ganhava firmeza e segurança para andar sozinha. Ela dava dois, três passos no máximo e isso durou uma semana. Até que no dia 31 de dezembro ela deu oito passos, com 11 meses. Uhu! Depois não parou mais. A Isabella por outro lado, não queria saber de andar e eu respeitei o tempo dela. A gente tentava dar a mão também pra ela, mas ela dava quatro passinhos apoiada e já queria engatinhar. Meu pai e minha mãe tentavam do jeito "tradicional" com ela de vez em quando, mas nada. Até que ela começou a se interessar mais e pedir apoio também e quase dois meses depois da Maria deu os primeiros de muitos passos. Já foi direto, muito mais rápido que a irmã, como eu imaginava. Ela ia mais rápido, porém ainda tinha uma preguicinha.

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Infância em Brasília é viver perto dos cobogós

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Isabella treinando com a vovó

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Andar com um objeto na mão ajuda bastante o equilíbrio, por mais incrível que possa parecer, elas se sentem mais seguras. Portanto, incentive e no lugar de tirar.

O fato é que agora as duas andam pra todos os lados e eu não estou tão doida quanto eu pensava. É claro que às vezes preciso correr atrás delas, mas pego cada uma num braço e lá vamos nós. Maria só anda, Isabella anda, mas ainda engatinha. Sinto também que quando elas estão em lugares estranhos, a tendência é engatinhar ainda. Mas estou doida que elas andem bastante pra poder descer com as duas para uns passeios sem carrinho daqui pra frente, outro mundo, outra fase.

IMG_3688 Isabella e Maria na nossa farra do dia a dia

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Elas pegam o brinquedo na caixa e agora estou ensinando a "guardar"

IMG_3673 Ande, Bella, ande!

PS1: Só para lembrar que não sou especialista de nada, apenas resolvi compartilhar minha experiência para talvez inspirar pessoas da mesma forma que me inspiro na ideia de outras mães.

PS2: Gente, tá rolando semana do Star Wars na Loja da Família Moderna! Tem camisetas e almofadas para jedis e padawans modernos para conferir. Poucas peças, tudo feito de forma artesanala e com tecidos importados, corram lá www.familiamoderna.tanlup.com

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Giancarlo fazendo pose com a camiseta do Stormtrooper. Eu posso com isso, gente?

IMG_3643 Almofada!
Bodies, babadores e camisetas com frete grátis para todo o Brasil!

5 comentários:

  1. Tati, adoro a forma como você escreve. As meninas estão lindas ! Um abraço, Isabela.

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  2. Tati!!!! Eu agora estou como você, cuidando dos príncipes sozinha tempo integral! Tive que sair do emprego porque minha mãe não estava dando conta sozinha!! Estou quase enlouquecendo!!! Rs... Nicolas ontem começou a dar uns passos depois de quase dois meses só ficando em pé e com medo de dar as passadas. Miguel só na preguiça começou a ficar em pé tbm ontem. Saudade deles quando ficavam onde eu colocava.... Kkkkkk!!! Quando parar de chover vou tentar ir ao parquinho ver como eles reagem!! Beijo para três

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  3. Tati super me identifiquei com esse post! Sem saber estou fazendo o mesmo com a Valentina!!!! Amanha ela faz 11 meses... E já deu uns 2-3 passinhos sozinha!!! Vamos ver como será esse mês!!!

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  4. e a pessoa aqui nao sabia o q era cobogós! interessante! heuiheihuie

    e as meninas coisa linda neh tati!!
    q lindas meu Deus!!!

    as tuas começando a se mexer mais aí fora, e os meus começando a se mexer aqui dentro :)
    mas ainda nao sei identificar direito heiuheuiheuihieie

    tenho q voltar a ler teus post da mesma fase q eu ^^ hehehe

    e eu nao preciso dizer q morro de amores por esses shortinhos delas neh!!
    ja intimei minha irma pra fazer uns pra meninos! hahaha
    lindos, confortavis, praticos e fresquinhos! tudo de boooooooooom!!!

    amei alumas dicas q pra variar eu nao tinha pensado!!!
    ja mandei pro marido heuihueie

    beijinhos de nós três em vc três!
    um abraço pro marco o/

    http://marinheiradeduasviagens.blogspot.com.br/

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  5. Lindíssimas!!!
    Sempre pensando em vocês,
    beijos Monique (prima)

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