sexta-feira, 8 de março de 2013

Mãe em estado de alerta

Essa semana foi uma loucura, pra variar. Aqui nunca tem monotonia, minha gente! Pois bem, fiquei estressada e ainda mais cansada nesses últimos dias porque vou participar de uma feira amanhã e não tinha estoque! Deixei tudo pra última hora e precisei costurar loucamente essa semana. Mas aí notei que fiquei sem paciência com as meninas porque queria fazer as coisas pra Loja. Somou-se o cansaço e por isso queria alguém para vir me dar uma ajuda por pelo menos uma horinha, só para brincar com elas um pouquinho e não encontrava. Aí caí em uma nóia de me sentir sozinha, excluída da sociedade por ter duas bebê e comecei me comparar com outras pessoas, o que nunca é uma boa ideia.

foto(4)

Foi uma bola de neve combinada com uma semana que Maria e Isabella resolveram subir no sofá e não mais entender os meus comandos de "não" quando iam puxar a tomada do aquário. Quando a gente acha que finalmente vai ficar fácil cuidar dos bebês aí elas começam a se tornar "toddlers" (não sei qual a tradução pra isso em português) e você percebe que é a hora da educação de verdade. Então, respirei fundo e contei com a boa vontade da minha mãe e da minha sogra que conseguiram vir aqui por algumas horinhas e que já fez toda a diferença na minha vida de mãe . Nada como umas horinhas de "sossego" para mudar a perspectiva.

O fato é que eu fiquei numa onda negativa no começo da semana porque aquela coisa "eu nunca tenho descanso ou tempo pra mim, por que as outras mães podem e eu não posso?". Resposta: porque eu fiz uma escolha. Eu escolhi ficar em casa e cuidar das meninas. É difícil, mas não é impossível. Acho que os questionamentos vieram porque existiu um conflito. A costura, que era algo prazeroso, se tornou uma coisa estressante, fiquei sem tempo pra nada e fiquei em uma desorganização sem fim com encomendas, loja virtual e produtos pra feira. Eu preciso repensar toda essa história de empreendedora para não atrapalhar meu foco principal: ser mãe. Tem muita gente que comenta comigo: "nossa, eu não sei como você consegue". Eu preciso confessar que eu também não sei, mas estou desesperadamente tentando porque a maternidade é isso. Eu não gosto daqueles clichês que surgem volta e meia nos facebooks da vida com uma fotinha de bebê e a frase: "eu sou a melhor mãe que eu posso ser". Eu acho que melhor é pouco, no fundo, estamos sempre tentando superar tudo, seja qual for nosso caminho, estamos sempre tentado ser muito melhor do que melhor, porque não existem limites.

Mas existe sim uma feira que eu trabalhei muito pra participar! Portanto, compareçam e passem lá para conhecer a gente. Vou estar amanhã, na 201 Norte, ao lado do Balaio Café, de 9 às 16h! Venham  dizer um "oi", gente! Domingo, repensaremos tudo, aguardem cenas do próximo capítulo!

6551_482075608512383_1205861438_n
Talvez não participe mais de feiras este ano, portanto, aproveitem!

Gente, não sei se este post faz algum sentido, mas estou sem tempo até pra pensar! Aliás, deveria estar costurando e não desabafando aqui. Vamos nessa!

5 comentários:

  1. Boa sorte, Tati. tenho certeza de que vai ser um sucesso. ontem mesmo tava vendo a loja da familia moderna e pensando como as coisas que vc faz sao lindas! Será que nao daria certo alguém que te ajudasse com as costuras? Uma sócia? Bjos, Mari

    ResponderExcluir
  2. Don't worry, I don't know about other moms, bu I have 2 kids too and I NEVER have time for myself either. You're not alone. Plus, my baby (well, she's 11 months now) wakes up every hour. Every hour. Every day, both during her nap and nighttime.

    ResponderExcluir
  3. ai deve ser conflitante mesmo..

    sabe que eu entendo e aceito e acho mais correto pensar assim "foi minha escolha"
    mas vou ser sincera em dizer que toda vez que eu ficava meio em crise existencial por algum assunto de escolha de vida, minha irmã ao me ver chorando, lamento seja la o que for ela dizia "pára de reclamar, a escolha foi tua. tu sabia q ia ser assim"

    mas eu acho isso tão duro tati!

    acho importante a gte estar ciente disso, mas as nossas escolhas, pelo menos na minha mente, penso que não nos faz NÃO senti sabe?!
    eu fiz essa escolha sim, mas tenho todo o direito as vezes de sentir algo em relação a isso, que muitas vezes não seja alegria. simples assim.

    posso estar errada...e ainda quero que alguém me diga o contrário sabe.

    qundo vc comentoou de ser corrido, tb pensei na questao que a Mariana ali falou de ter alguem ajudando. Pena que não moramos perto pra nos ajudar porque meus planos sao esses de abrir algo com a minha irma pra eu poder ficar com os meninos. então, acho que ter alguém é fundamental. Mas é outra coisa que não é nada fácil decidir.

    Mas a feira é hoje e vai ser um sucesso realmente!
    e vai compensar!

    beijos e boa feira, bom final de semana e depois de hj tenta descansar um pouco, o que for possível já ajuda ;)

    beijoooooooooossssssss

    ResponderExcluir
  4. Tati...

    Mesmo com "só" uma toddler, vira e mexe o bicho pega lá em casa (e claro, mais ainda na minha cabeça). Também sinto que nunca tenho descanso (e algumas mães têm - é, é horrível comparar). Motivo? Escolhi morar numa cidade longe dos meus pais e, consequentemente, sem toda essa estrutura família que a família nos proporciona. Sem essa horinha pra respirar que faz tanta diferença. Somos eu, meu marido e a Amanda.
    Saio de manhã pro trabalho.Venho correndo pra casa na hora do almoço. Durante a manhã, no trabalho, normalmente tenho de ligar algumas vezes em casa pra resolver os probleminhas do dia-dia. Almoço, arrumo a Amanda e a levo à escola. Nesse tempo, mesmo trabalhando perto de casa, a hora do almoço já foi embora. Saio correndo no final do dia pra buscá-la novamente. Chego em casa, brincamos, tomamos banho, comemos, a coloco pra dormir. Ela dorme e... E acabou! Já tô completamente esgotada. E as compras no mercado que precisam ser feitas? E aquela ida ao shopping pra resolver alguma coisa? E a hora de pagar as contas? E navegar na internet só pra passar tempo e a cabeça relaxar? E assistir TV sem compromisso nenhum? E? e? e? E nada! E... a verdade é que escolhemos que a Amanda ficaria com a gente sempre. Que seria criada por nós. Escolhemos que iríamos a lugares em que ela pudesse ir. Escolhemos que terciarizaríamos o mínimo possível os cuidados que teríamos com ela. E tem sido assim. O "eu te amo, mamãe", o "papai, vem aqui pra gente dar um abraço de família" e as simples coisas feitas e ditas por essa pequena só me fazem pensar que cada stress desse vale muito a pena. Cada um do seu jeito, cada um na sua escolha e, concordo plenamente com você: cada um tentando fazer sempre o melhor sempre. Se você achava que seu post talvez não fizesse nenhum sentido, eu tenho certeza de que esse comentário não faz!

    Bjo pra vocês!

    ResponderExcluir
  5. Poxa vida, que delícia de blog, não sou mãe de gêmeos, mas sou mãe de três e tenho está vida agitada, cheia de emoções, ontem a noite fiquei a tomar meu chá com torradas bem pela noite, depois que todos já estavam na caminha nanando e marido no inglês, olha fiquei quietinha lendo sua estória, adoro achar pessoas pela net como você (real, olha um prazer mesmo, sempre vou aparecer aqui, para você e para sua linda família, um abração!

    ResponderExcluir