terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mompetition - parte 2

Estão sentindo que o clima de sequência tá pegando nessa blog, né? Mas, como a gente faz se os assuntos são inacabáveis? Então, vamos mais uma vez para o tal da "mompetition", ou a famosa competição entre as mães.

Eu queria entender por que existe tanta divergência e discussão entre as mães, afinal, estamos todas no mesmo barco, no mesmo time, mesma categoria. Mas, existe. Eu tenho pensando muito sobre criação, escolhas e sobre as frases prontas que envolvem esse assunto como "cada um sabe o que é melhor para o seu filho". Leio muito os posts da Anne no Super Duper e tenho me identificado com muita coisa e ela me faz pensar muito sobre essa loucura que é ter que ser mãe. Acho que sim, cada mãe tem seu método, tem suas escolhas. Eu, por exemplo, deixo Maria e Isabella lamberem o chão, talvez alguém ache isso um absurdo, nojento, etc, mas eu acho que faz bem para imunidade delas. Então, não existe certo e errado na maternidade? Existe sim. Dar um hambúrguer pra um bebê é certo? Não, mas tem mãe que dá "pra experimentar, tadinho". Mas, se ela acha que é certo não tem problema? Tem problema sim. Existem milhões de exemplos como esse de dar fast food para um bebê, e eu posso citar vários que eu faço e que outras mães achem errado. "Mas, minha gente, tô confusa, o que é certo e o que é errado?" Rá, só você? Olá, bem-vinda ao mundo moderno.


Sem título Caminhos


Existe o certo e existe o errado, e olha que coisa, eles dependem do ponto de vista. Chega uma mãe orgulhosa com uma pequisa feita na Espanha que natação é péssimo para bebês porque aumenta o risco de bronquite e outra apresenta uma pesquisa de Harvard dizendo completamente o oposto. E agora, quem está certo? Acho que o que está errado é o foco. Maternidade é uma questão de decisão. Se eu quiser colocar minhas filhas na natação e alguém vier falar que faz mal, eu vou escutar e usar a minha melhor expressão do "é mesmo?" e depois ir lá fazer minha matrícula. Eu acho que o que está faltando no mundo moderno é assumir escolhas. E, principalmente, saber voltar atrás quando a sua decisão estiver no caminho errado. Esse sempre foi um dos meus grandes medos antes de ser mãe, ficar cega e achar que eu estou sempre certa. E ainda bem, que eu consigo enxergar quando eu fiz uma merda daquelas e reformular tudo.

Ontem, me mostraram uma discussão afoita sobre amamentação. Li os argumentos, concordei com alguns e a coisa estava ficando acalorosa. Uma amiga que não conseguiu amamentar exclusivamente, que como eu deu o peito e complementou na mamadeira, participava também da troca de opiniões sobre o desafio de amamentar. Cada uma ali tomou uma decisão e estava defendendo seu ponto de vista. Quem estava certo ou errado? Nem ideia, minha gente! Sinceramente? Eu nunca gostei de debate, pra quê ficar discutindo, com raiva do argumento do outro? E outra coisa? Em vez de gastar a energia debatendo, por que não ajudando o outro? Não sei porque a gente insiste em ficar contra o outro. Sim, a gente julga a decisão do outro, mas precisa tentar compreender, e amparar quando for "requisitado". Ou seja, quando outra amiga vier conversar com você. Porque esses conselhos de graça do tipo "você tem que fazer isso", "com meu filho só dá certo assim", a gente dispensa.

Ah, o mundo moderno! Acho que hoje em dia a gente analisa muuuuitoooo tudo. Informação é bom, mas quando é demais atrapalha. Minha mãe me deu um conselho quando as meninas nasceram e acho que é isso: "viva o dia de hoje". Tudo o que eu quero agora é aproveitar o máximo essa fase ótima com Maria e Bella e deixar de lado todas essas neuras, dilemas, polêmicas. As decisões são importantes, mas elas não são definitivas. Por aqui, a culpa não passa mais. E eu não quero ver as outras mães como concorrentes, mas como amigas, que podem me fazer enxergar outros ângulos, recorrer a outros caminhos. Concordo com tudo, não? Julgo? Sim. Mas, como eu, está todo mundo aprendendo e seguindo em frente.

3 comentários:

  1. Adorei, as always! Sempre havera competicao nesse mundo das maes. Lembro q quando Cécile nasceu fiz tudo do meu jeito, errei muito ( a maioria so percebi agora com os segundos rs) segui diversos conselhos mas sempre de acordo com aquilo q era conveniente pra nos. As pessoas precisam entender q como tudo, oq funciona pra ele pode nao funcionar pro proximo. Amamentacao por exemplo to num "planeta" onde é visto como horrivel se vc prolonga depois dos 3 meses, imagina q durant 23 meses eu escutava: vc vai amamentar ate quando? lol Bjokas, se prepara pq à competicao continua, quando estao na escola entao, Jesus! rs

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  2. Adoro esses desabafos, paraçe que vc ler meus pensamentos me identifico muito com as suas situações com as meninas, claro que eu só tenho uma néh, e tô aprendendo tbm até pq só tenho 21 anos e uma filha de 4 meses e muita coisa para aprender ainda. bjos

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  3. Acho que só é preciso dar satisfação das suas escolhas de mãe apenas para quem compartilhas das responsabilidades na criação delas com você. Eu sou a melhor mãe que posso ser. E isso me basta.

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