terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Comer, rezar e amar

Nos últimos dias, eu tenho olhado com mais atenção para as meninas. O movimento delas, o desenvolvimento, o quase andar, o choro pelas frutações, a vontade incansável de ir atrás do que quer, os gestos mais carinhosos, enfim, minhas meninas estão vivendo, minhas meninas estão crescendo. Elas estão deixando de ser bebês e eu quero sugar cada momento que ainda me resta desta fase. É incrível como tanta coisa mudou nos últimos dois meses, o quanto elas estão diferentes, o quanto cada vez mais a personalidade de cada uma aflora. Ainda que o cansaço, às vezes, aperte, eu não esqueço o quanto eu sou sortuda por estar do lado delas e agradeço sempre.

Eu estou começando a fazer planos para o futuro delas, coisa que desde a gravidez eu me proibi de fazer porque não queria colocar expectativa em cima das duas. Mas agora já penso em lugares pra gente viajar juntos, qual idade entrar na escola (três anos, para quem estiver se perguntando, pelo menos é o meu plano), futuras aventuras e que caminho seguir na educação das duas. Uma das mudanças que tem acontecido é a parte da alimentação. Elas comem super bem, aceitam de tudo, e acho que todo o esforço do início e os dias que eu achava que ia enloquecer em frente aqueles dois cadeirões valeram a pena. Insistência e rotina continuam sendo pra mim, o segredo de tudo. Muita paciência também ajuda.

Enfim, mas de uns tempos pra cá, comecei a introduzir os sólidos. Não só a coisa do arroz e feijão, mas comecei a deixar as duas comerem pedaços de frango com a mão, uma tira de pêra ou de batata cozida, uvas sem caroço e até uma macarrão fusili cozido. Eu senti que elas queria pegar a comida com a mão e incentivei o exercício. Foi uma farra! Todos os dias eu coloca alguma coisa além da tradicional comida: arroz, feijão, legume semi-amassado e carne, fruta de sobremesa, para as duas pegarem, tocarem e levarem a boa. Eu sempre dou os sólidos como um complemento e não sozinho, porque eu percebi que elas não ficavam satisfeitas.

É claro que no início rolaram uns engasgos, mas nada alarmante. Li algumas coisas sobre a introdução de sólidos (aqui tem uma legal) e entendi que é normal a criança tentar colocar a comida para fora quando ela está incomodada e ela vai fazer isso naturalmente, a partir dos 8 meses. Uma vez a Isabella parecia estar engasgada com um pedaço de frango ( ela tinha colocado três de uma vez só na boca) fui tentar tirar e ela fez um escândalo! Depois disso, fico atenta, tento não interferir muito, mas de vez em quando rola uma batidinha nas costas.

Estou tentando introduzir o café da manhã para as duas em forma de fruta, antes o pediatra tinha dito para dar só o suco, mas substitui e achei melhor assim, apesar de ter mais trabalho preparando e pensando na fruta do que ter que bater o suco, vai entender. O negócio é que estou tentando colocar toda a minha criatividade de mãe e dona de casa na cozinha. Isso é fato. Alguns dias sai alguma coisa diferente, em outros não.

Até agora vejo que a preferência tem sido por batata doce, macarrão e batata. Mas, como eu disse, elas comem tudo. Se tiver só arroz e carne, elas raspam o prato. Outra coisa que gosto muito de fazer para as duas é peixe. Aí vão algumas ideias dos últimos dias.

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Isabella comendo papinha de batata doce sozinha

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Maria também não fica de fora

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Bagunça

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Vai um macarrão no nariz, aí?

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Maria chupando quiabo (é so cozinhar uns minutos ele inteiro, depois cortar a ponta e deixar eles se divertirem).

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Beterraba com salmão e batata + danoninho caseiro (depois posto a receita aqui)

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Picolé de melancia e Isabella confusa

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Sobremesa boa para o calor.

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Só que a história do palito não deu muito certo...

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Então ficou sem mesmo...

Nesses meus pensamentos loucos sobre a maternidade e as meninas, eu tenho questionado muito a história da alimentação. É claro que eu não quero ser radical, natureba e que às vezes cometo meus erros, mas eu quero que elas matenham essa alimentação saudável. Porque eu vejo que a gente insiste tanto para eles comerem bem no início, é tanto trabalho e depois quando a criança tem um ou dois anos, os pais relaxam e começam a liberar tudo. É muita bala, muito chocolate, muito doce, muito biscoito, muita coisa sem substância, vide a sacolinha de lembrancinha das festas de criança cheia de tentações (para a festa das meninas já busquei uma alternativa). O negócio é que a gente rala tanto agora e depois deixa como estar, "come qualquer coisa". Eu espero não estar tão cansada no futuro para pensar assim. Eu espero que a alimentação delas possa se refletir na minha e vice-versa, e que a gente sirva de bom exemplo.

Próximo passo: fazer com que as duas comam sozinhas com a colher. Loucura? Rá, aguardem, confiem e pesquisem Montessori no google. Mas isso vai ficar para depois do Natal e quando a gente voltar de uma pequena mini-férias.

PS1: Nunca deixe seu bebê sozinho na hora de comer. Tudo precisa ser feito sob supervisão. Ele pode engasgar ou precisar de ajuda.

PS2:  Os babadores são da Loja da Família Moderna! Eu que fiz!

2 comentários:

  1. Tati, elas estão ficando cada vez mais lindinhas hein! Fofura descreve!!! Quanto a alimentação, eu concordo com você. Sabe que a alimentação de todo mundo lá em casa melhorou (e muito) por conta do Marcelinho. Quando ele começou a comer comida de verdade optamos por dar de tudo pra ele, inclusive o que a gente não gosta, afinal, as preferências dele podiam ser diferentes da nossa, né? Foi assim que descobrimos a paixão dele por brócolis e tomate. E o pensamento era esse seu, tentar manter essa alimentação até quando for possível. Eu evitava dar balinhas, chocolates e afins nos primeiros anos do Marcelo, mas acaba que não tem jeito. O que me tranquiliza hoje, aos 6 anos de idade dele, é que ao mesmo tempo que ele come os doces dele (a dentista liberou dois dias da semana pra ele mandar ver nos doces e só), ele também come bem no almoço, lanche e jantar. Até hoje não dispensa o brócolis amado dele e o tomate de cada dia. Mas acho que o caminho é esse aí mesmo. Apresentar todas essas comidinhas saudáveis e gostosas pros nossos pequenos pra desde cedo eles pegarem gosto e acostumarem a comer bem. Lá em casa deu certo! E diz aí.. Não é tudo de bom ver essa carinha boa das meninas comendo essas gostosuras saudáveis? Vocês arrasam!!! Beijocas

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  2. Tati! levei o samuel num pediatra muuuuito bom aqui em BH (ele inclusive é especialista nessa área de nutrição infantil e tudo mais...). Eu achei que ele fosse me falar para não ser tão radical com a alimentação do samuel (pq todo esse trabalho com comida tem me desgastado um pouco, confesso..)... acjei que ele fosse falar para eu liberar alguma coisa com açucar pro samuel (até hj nunca dei nada que tenha açucar pra ele... só o acucar que vem naturalmente nas frutas!)... E ele me deu super parabens e falou que vale muito a pena seguirmos com esse cuidado até os 2 anos de idade! se puder até os 3 anos, melhor ainda! Tem estudos que comprovaram que a criança bem alimentada até essa idade e que não tem contato nenhum com açucar (danoninho, açucar de doce, chocolate etc...) tem uma saude muito melhor no futuro, menores risco de desenvolver obesidade, diabetes, pressao alta e por ai vai. Até o metabolismo futuro é influenciado por esses 2 primeiros anos de alimentação, acredita? Ele me falou um monte de coisas, que ia virar um testamento aqui, mas resumindo é isso... Se conseguirmos fazer isso até os 2/3 aninhos deles já fará muuuuita diferença e a idéia é isso vai virar um hábito.. eles comerão bem pra sempre! bjssss

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