terça-feira, 14 de maio de 2013

Limites, birras e independência

Eis que chega mais uma fase difícil. E eu achando que a coisa ia ficar fácil, minha gente! "Ha-ha-ha" a maternidade rindo na minha cara. Semana passada foi bem difícil aqui em casa, que eu não sei nem por onde começar. Olhando de fora, eu diria que Maria e Isabella testaram meus limites, choraram quando foram contrariadas, se jogaram no chão, sapatearam, deram risada quando eu dizia "não", não pararam quietas um minuto e eu estava pronta para jogar a toalha. Por que está tão difícil assim? Pode desistir e colocar essas meninas na creche? Tamanho foi meu desespero que eu deixei as duas verem televisão. "Ha-ha-ha" maternidade rindo na minha cara de novo. Mas não durou nem cinco minutos, me senti péssima demais para ir adiante e apertei o off no controle remoto.


Sem título

Sim, foi uma loucura. Mas, olhando de dentro, eu vejo que a causa de tudo isso, adivinha de quem é? De quem? De quem? Minha, off course. É sempre culpa da mãe. Era a primeira semana normal depois das férias do marido e eu precisava me acostumar com a nova rotina e elas também. Eu precisava me acostumar com nós três de novo e nossas tardes em casa sem ter uma atividade ou passeio todo dia. E sem a ajuda de mais uma pessoa. E aí eu comecei a ficar agoniada com alguma coisa que eu não sabia o que era, um aperto no peito, aquela vontade de fazer alguma coisa e não conseguir. Mesmo que fosse arrumar a bagunça do armário. Eu estava incomodada e com a cabeça cheia de pensamentos, sem cessar. E veio as mil e uma comparações com a situação de outras mães, com outros bebês e aquela velha coisa de "cuidar de um bebê só é fácil, dois é o caos", que nunca é bonito.

Solução? Desabafar com o marido, conversar com a mãe, filtrar os pensamentos e tentar entender o que estava acontecendo. Me acalmei e parei de desejar que esta fase acabasse logo. Depois resolvi focar na solução dessas birras e manhas e no aumento da minha paciência. Li alguns livros também para ajudar. Tinha um livro aqui em casa, "Infância: A Idade Sagrada", da Evânia Reichert, que ganhei ainda na época que era jornalista na área de saúde e resolvi abrir de vez. Descobri o óbvio e que já sabia: de que crianças nessa idade estão apenas querendo dizer ao mundo "ei, estou aqui e tenho minhas vontades!" Na verdade, elas sempre tiveram. Antes, se estavam com fome, choravam e recebiam o peito. Agora elas podem verbalizar e mostrar o que querem e o quanto ficam contrariada quando não querem. E nós colocamos limites. "Opa, antes era só chorar que eu recebia o que queria e agora tudo é não? Como assim?" Uma coisa que eu já fazia e ajudou muito foi deixar as meninas terem mais independência, o que nem sempre é fácil. Como me disse uma amiga citando outra amiga: "ser didático, cansa!"

Pois bem, resumindo que eu li no livro, essa é uma idade de reconhecimento de si e super importante para o desenvolvimento da pessoa que o seu filho vai ser no futuro. Ser desobediente nessa idade é saudável, porém a criança precisa saber o que é certo e o que errado. É importante colocar limites, mas poucos. Sim, isso mesmo, poucos. Não adianta passar o dia inteiro falando "não, não, não". O "não" é importante, mas também é legal deixar a criança ter suas experiências próprias e enteder seus limites também. Com essa idade, até uns dois anos, elas não assimilam tanto as ordens, por isso a gente tem que ficar repetindo como doida, mas entedem restrições. Exemplo: Maria e Isabella adoram brincar com a porta do quarto. Elas abrem e fecham, dão risada, quando a outra aparece e depois some de novo. Vou ficar eu como a louca: "não pode brincar com a porta, sai daí", se para elas é divertido e depois vai ter todo um chororô desnecessário? Se eu ficar ali supervisionando e segurando a porta também, não vejo problema. Agora é claro que se elas vão brincar com a tomada ou as gavetas da cômoda, eu corto, sem gritar ou brigar, dou outra opção e elas logo esquecem. Ainda que volta e meia tentem brincar com aquilo de novo.

Outra coisa que eu percebi é que eu estava travando um embate com elas na hora das birras, e o livro também fala sobre isso. Faz sentindo ficar discutindo com uma criança de 1 ano? Oi? Mas eu estava. "Não pode fazer isso porque blá, blá, blá. Chega e para de chorar e etc". Tudo no meio da crise. Alguém me escutou? Óbvio que não, elas não assimilam naquele momento. Explique o que é errado antes ou depois do chororô. Preferencialmente, antes. Na hora do chororô, não foque muito sua atenção naquilo, o que é diferente de ignorar, ok? Console, explique, e partimos para outra brincadeira.

Sem título

Não sou especialista ou coisa do tipo, vamos combinar, estou apenas compartilhando o que tem dado certo por aqui e percebi como pequenas coisas fazem a diferença no nosso dia a dia. Apesar das dificuldades de ter duas meninas com oito molares nascendo no total (quatro cada), essa semana já foi bem diferente e mais tranquilo porque eu mudei. Dar atenção, amor, carinho é essencial. Esqueça os tapinhas, os gritos, os apertos. Aquela coisa de seja firme, sem perder a ternura. Eu nunca pensei que ia passar apertos com birras, mas isso faz parte de ser criança, de crescer. Todas as mães passam pelo mesmo, o que as diferencia é como tratamos o problema. No fundo, não existe criança "geniosa", "birrenta" ou "difícil", na minha opinão, são apenas crianças querendo mostrar pra que vieram ao mundo e o nosso papel está justamente em guiá-las rumo à vida, e sempre existe uma forma melhor de fazer isso.

Mudando completamente de assunto... Para quem é de Brasília, no domingo, 19 de maio, vou estar no Bazar PicNik com produtos lindos e descolados da Família Moderna. E tudo com desconto! Quem puder passa lá para dar um oi para gente e ver duas meninas se divertirem no jardim!

Flyer para Instagram. PicNik 19.05

10 comentários:

  1. Tati, Espera os 3 anos! kkkkkk Com 3 anos percebi realmente a mudança de bebe pra criança é impressionante, ai sim eles querem se auto afirmar o tempo inteiro!!! Ja estamos na parte mais calma dessa fase, ufaaa!!! Agora eu te confirmo que existe sim criança geniosa e não. Cécile é hiper, coisa de mudar de humor as vzs por nada mas eu sempre digo q ela é uma mini Lili difarçada de Phil rsrsrs Acho que aos 3 anos podemos identificar de fato a personalidade deles. Forçaa ai, coloca musica pra elas dançarem, nao precisa ser da galinha pintadinha hahahaha :p

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    1. Não me fala isso, Lili! huahuahuahua Mas acho que faz parte do crescimento mesmo. Eu até acho que pode existir crianças geniosas, mas prefiro pensar que elas têm mais personalidade e sabem mais o que querem, apenas isso. O que eu não gosto é quando as pessoas usam isso como desculpa: "ah, ela é geniosa e não tem jeito e pronto". Eu aqui tenho uma Maria cheia de personalidade huahuahuahua. E elas adoram dançar mesmo. ;)

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  2. Ai meu Deus, aqui esta a mesma coisa. A pessoinha fica possuida!! E nem chegamos nos dois anos ainda...ai vem a Lili ai em cima e fala dos 3?? Todas se abracam! ahahahah

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  3. lembra que te falei um tempinho atrás que eu estava penando por aqui? pois é... essa fase tem horas que faz a gente querer mesmo chutar o balde rsrs E é isso mesmo que vc disse... como tratamos o problema é que faz a diferença! Eu sigo aqui tentando ter o maximo de paciência, carinho, amor e tudo mais... mas é osso né? kkk tbm canso de ser didática o tempo todo! rsrs Bjs Tati!!!

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  4. Imagino que deve ser tenso!

    Ainda mais com mudança de rotina e a saudade de ter o marido de ferias de novo rsss

    Eu sempre lembro da frase da luíza do benjoca que diz que filho é igual videogame, a próxima fase é sempre mais dificil hahaha
    acho que era dela ;X

    beijooosss

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    1. Na verdade casa fase é de um jeito. Tem seus desafios e vantagens. Fica mais fácil, mas também é a hora de educar de verdade.
      E como você está? Não consigo entrar no seu blog!

      Beijos

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    2. eu tento pensar que vai "facilitando"...ate pelo o que vc sempre fala.
      e tb assim neh, vamos combinar que sendo mae de dois ao mesmo tempo com certeza conforme eles vao alcançando independencia, vai facilitando pra nós hahaha por mais que tenha suas dificuldades..
      coisa que mae de um as vezes nao pára pra pensar..
      sem critica-las..eh so uma observação rsssss um pensamento meu..

      essas fases sao bem complicadas eu imagino.
      vejo pelo que minha tia passa com minha prima de dois anos que está começando a ter mais opinião e vontades próprias e eu escuto que a fulana ta terriiivel!! impossivelll!! mas....faz parte ne?!
      que bom que ela ja se manifesta hahahaha

      eu to bem!
      bem pesada rssss

      pq sera que não ta conseguindo?
      é de acesso ou tempo mesmo? :)

      logo logo menciono vc no meu post pq vou falar do chá :D
      nao sei se vc leu o post, contando do dudu.
      vou deixar o link aqui ta?!
      http://marinheiradeduasviagens.blogspot.com.br/2013/04/um-turbilhao-de-sentimentos.html

      eu nem tinha visto que vc tinha me respondido, brigada.
      minha prima daí de brasília que veio me falar!
      dai vim ver ;)
      e escrevi um texto pra variar hahaha
      por coincidência mandei email pra vc hj ;)

      beijoooossss

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  5. Realmente é uma loucura, mais passa e...piora,rsrs. Por que ai alem da birra vem o argumento, o por que não, ai elas cansam a nossa mente. Muito legal esse livro que você citou! Aqui em casa era sim quando era alguma coisa que ela podia se machucar ouvia não, mais quando eram apenas brincadeiras como a porta por exemplo eu deixava. Falo que só brigo quando envolve riscos de machucado fora isso pode tudo, pular no colchão, brincar com garrafas vazias, guerra de almofada, tudo o que seja saudável e deixem elas felizes, para explorar e conhecer o mundo fora dos berços e carrinhos. Paciência. Bjus Lu

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  6. Tati, eu sei vem o que é isso! Apesar do joao ainda estar c 7 meses , sou prof e ja dei aula p 1 e 2 anos. O CAOS! 10 bebes nessa fase JUNTOS e eu sozinha tendo que educa-los! Mas como vc msma ja disse, sem muitas explicacoes, poucas palavras, sendo direta e falando c firmeza eles acabam entendendo. Mas é um exercicio de paciencia pq daqui a pouco estao fazendo de novo e la vms nos. Rsss... Ja estou vendo oq me espera! Boa sorte c as meninas... E cm vc msma sempre fala: vms aproveitar cada fas

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  7. Acho essa a questão mais dificil de ser mãe, meu filho está com quase 6 anos e já passamos por várias fases difíceis desde os 2 anos, percebi que são mesmo fases, vem e vão..... a última fase de rebeldia foi no início do ano e durou até março, o menino de 5 anos estava se comportando praticamente como um adolesente, pode? contestando tudo, polemizando cada detalhe do dia, me desafiando mesmo, nessas horas é muito difícil não perder a calma, também me peguei discutindo com ele, mas quando a gente para e pensa sobre a situação consegue ver alguns erros e corrigir!!!Agora estamos numa fase de calmaria, ele está feliz com a chegada dos maninhos (estou esperando gêmeos) e com novas espectativas, vamos ver até quando? Tenho até medo do que virá??? Mas é isso um eterno aprendizado!!!!

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