quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Que mãe você vai ser quando crescer?

Antes mesmo de ficar grávida, a maioria das mulheres pensa que tipo de mãe vai ser. Começa assim, sem querer, enquanto a gente observa outras crianças com suas mães ou quando a gente percebe o quanto a nossa criação foi importante para transformar o que somos hoje.

Eu e o Marco sempre conversamos, cheios de razão, diga-se de passagem, "com o nosso filho não vai ser assim" ou "com a gente vai ter que ser assim", pronto e acabou-se, super decididos. Quem nunca fez isso? E de certa forma, era bom discutir a forma como a gente queria que fosse, idealizar as lições para o nosso futuro filho e discutir a dos outros. Bem, agora vamos poder colocar tudo em prática! Vamos quebrar a cara? Talvez. Mas, estamos loucos para dar de cara com o desconhecido.

Desde que o exame de gravidez deu positivo, eu tenho pensando ainda mais no tipo de mãe que eu quero ser. Eu aprendi muito nos últimos meses e cheguei a seguinte conclusão:

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Eu quero ser a mãe que a minha mãe foi pra mim. Eu quero ser uma mãe ainda melhor do que eu penso que posso ser. Quero ensinar tudo o que meus pais me ensinaram e mais um tanto. Eu quero ser uma mãe segura, presente, amiga, confidente, insistente, adepta dos bons costumes, das boas maneiras e que sabe dar um colo como ninguém, assim como a minha mãe.

Mais importante de tudo: eu quero ser uma mãe que sabe admitir que está errada. Eu vejo que toda mãe tem sua razão. Todas tentam seu melhor e acreditam no que estão fazendo pelo filho. Mas, às vezes, é preciso dar um passo atrás e eu quero aprender a dar este passo. E olha, que eu adoro ser a dona da verdade.

Não sei se vocês também perceberam isso, mas, pra mim, a maternidade é uma questão de escolha. E não há como resumir melhor. Tem aquela mãe que escolhe deixar o filho com a babá e outra prefere a creche. Tem aquela que dá refrigerante à vontade para o bebê e a outra que não quer que ele coma doce tão cedo. Quem tem razão? Apenas elas podem responder isso. Cada uma traça seu caminho.


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Até na gravidez eu percebi isso. Eu, por exemplo, cortei refrigerantes, especialmente coca-cola, e café assim que fiquei sabendo que estava grávida. E ouvi de diversas outras mães: "que besteira, tomei refrigerante a gravidez inteira". Até minha mãe falou que tomou café com leite quando estava grávida de mim, pois não era orientação médica na época. Mas foi uma escolha minha, eu acho que faz mal, não só pela cafeína, mas pelos gases. E estou feliz com isso. Por outro lado, eu tomo uma taça de vinho no fim de semana. É melhor ou pior do que o refrigerante? Não sei. Eu só sei o que eu escolhi e assumo as minhas escolhas. Se achar que não está bem, estou errada, volto atrás. Como já aconteceu nestes últimos 6 meses.

Que tipo de mãe eu vou ser? Não sei, por enquanto, é só uma ideia na minha cabeça, mas eu espero refazer essa pergunta sempre. Para poder melhorar sempre e crescer com minhas filhas também.

*fotos pela ilustríssima amiga e fotógrafa nas horas vagas Maria Fernanda Seixas

8 comentários:

  1. Tati, as mães estão sempre (irremediavelmente, insuportavelmente) certas, mesmo quando admitem que estão erradas! ;-)
    Adoro o blog! Sempre dou uma passadinha aqui, mas ainda não tinha comentado. Beijos.

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  2. Encontrei seu blog por acaso.. E quando vi que os últimos assuntos seram sobre gravidez, principalmente o do parto, indiquei p uma amiga que está grávida de 8 meses.. mas engraçado, que mesmo no auge dos meus 23 anos sem nem pensar em maternidade/casamento, li toooodos os seus posts e adorei! to adorando esse manual da familia moderna mesmo sem ter a minha ainda hehehehe Parabéns!

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  3. É.. um questionamento e tanto!
    Sinceramente?
    Acho que, da mesma forma que você acabou de dizer e reconhecer tudo que a sua mãe fez (e fará ainda), somente suas filhas poderão lhe dar essa resposta. Mas, uma coisa posso lhe garantir: dona Vera deve estar todinha orgulhosa da filha que tem! Um beijo.

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  4. Acho que pra muita gente funciona assim. Na prática então, a gente confirma. Agimos maternalmente como nossas mães agiam, mas do nosso jeito. Outro dia estava brigando com meu filho e por um acaso vi meu reflexo no espelho. Era minha ali. As expressões, as frases da época... hahaha chega me assustei.
    Que sua maternidade seja como sua gravidez: cheia de boas escolhas!

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  5. Tati,
    boa reflexão.
    Temos que ter claro os nossos valores, as demais escolhas são negociáveis.
    A prática da educação mostra que erramos/ falhamos muito, mas o importante é termos a consciência que nos esforçamos para fazer o melhor pelos nossos filhos.
    Beijo,
    Roberta, mãe dos gêmeos Rute e Miguel

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  6. As escolhas e os questionamentos estão apenas começando. Ainda vem muiiiiita aventura pela frente. Cada dia um novo espisódio. E quando pensamos que acabou... surge uma coisa nova. Minha bb está com 2 anos e 9 meses, e é impressionante como toda semana aparece alguma coisa diferente. Às vezes boa, às vezes ruim. Eu sempre quis ser a mãe que minha mãe foi pra mim. Ainda tenho isso em mente... Rsrsrsrs. Mas não tem jeito, acaba sempre com o meu toque e do pai, claro! Enfim... o que eu sei mesmo é que aprendemos muito mais com eles do que pensamos. E é uma delícia!!! Hoje quando nos falamos de manhã ela disse: Se cuida tá mamãe, e não chora. Hahahahahaha...

    Olha, esse blog tá me dando mais vontade ainda ter outro bb!! Ai meu Deusss.

    Beijinhos e boa sorte na aventura.

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  7. Tati!!! Tb quero ser muito da mãe que a minha foi. Até onde pude curtir. :) Hoje li uma matéria na Folha e lembrei de você: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/index-20111122.shtml

    Invasão gêmea, ó. hahahaha
    Beijocas
    Alê

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  8. Que delicia de Blog!Vc consegue transmitir com palavras todos os sentimentos de nós mamães de 1ª viagem.

    Verá que quando suas princesa chegar neste mundo, os conflitos, as duvidas e o AMOR aumentará !!!

    Parabéns !
    Boa hora!

    Jaque

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