Hoje de manhã eu saí para passear um pouco com as meninas aqui na quadra e os pensamentos continuavam. Sentei no nosso banco de sempre, longe da bagunça com as crianças um pouco maiores e suas babás, coloquei as duas na minha frente, dei um biscoito de vento pra casa, peguei um pra mim, e já logo fui mexer no meu iPhone. Foi aí que clicou uma coisa aqui dentro. Acho que eu passo muito tempo no celular e, apesar de estar o tempo todo com as meninas, nos últimos dias sinto que o telefone tomou mais minha atenção que elas. Sim, sou réu confessa.

Foto do mês passado de um dos nossos passeios. Não ia colocar foto hoje, mas não sei fazer post sem foto. É mais forte que eu.
Eu coloco as duas para brincar no chão logo de manhã e já estou no instagram, confiro e-mail, respondo e-mail, entro no Facebook, Pinterest e depois mais um pouquinho no instagram. Afe. E elas ali quietas, brincando e eu continuo no celular. É claro que como mãe moderna, todas nós estamos ligadas o tempo todo, também temos os nossos compromissos, mensagens para trocar, distração necessária nossa de cada dia. Mas, o quanto é muito? Não sei, mas tô sentindo que o meu muito já deu. Sem contar nas infinitas fotos que o celular permite em um clique, é muito bom poder registrar os momentos importantes, mas ao mesmo tempo eu fico pensando: não é melhor simplesmente viver o momento do que registrar?
Então, antes de desbloquear a tela do celular hoje de manhã resolvi colocar ele de lado e simplesmente ficar com as meninas. Conversei com as duas, olhei bem o movimento de cada tentativa de colocar o biscoito na boca, da felicidade das duas por descobrir uma coisa nova como chupar o biscoito, fiz careta, palhaçada, cantei musíca e apenas parei para observar as duas. Olhei pro céu limpo e azul da seca de Brasília e falei um "obrigada" baixinho. Maria olhou pra mim e riu.
Mas ainda sim antes de ir, tirei uma foto das duas e mandei pro Marco pelo Whatapp com um "queria que você estivesse aqui com a gente". Logo depois pensei, desligar é díficil, né?
Quando cheguei em casa, o celular, que estava dentro do carrinho, tinha ficado todo molhado depois que o copo de água delas derramou. E agora, ele simplesmente não liga mais. Pronto. Fui falar com Deus aquela hora e ele mandou um sinal pra mim. Nada de celular pra você. Então, aprendi a lição. A mãe moderna precisa encontrar o caminho do meio. Aprender a viver sem estar conectada o tempo todo e desligar quando for necessário. E o celular? Está voltando a vida aos poucos, mas vou aprender a deixar ele quieto, não tão perto, nem tão longe.