Eu tenho pensado muito, mais uma vez, sobre maternidade e como a gente tem influência na vida dos nossos filhos. Sabe aquela coisa de milhões de coisas na sua cabeça? Então, é isso. Chega tá díficil organizar as ideias e escrever aqui. Voltei a ler um livro sobre maternidade, já fiz e refiz alguns posts e há uma semana está na minha lista um rascunho sobre papinhas. Por isso, resolvi escrever só sobre hoje e ponto. Sem complicações, sem filosofias, sem temas polêmicos.
Hoje de manhã eu saí para passear um pouco com as meninas aqui na quadra e os pensamentos continuavam. Sentei no nosso banco de sempre, longe da bagunça com as crianças um pouco maiores e suas babás, coloquei as duas na minha frente, dei um biscoito de vento pra casa, peguei um pra mim, e já logo fui mexer no meu iPhone. Foi aí que clicou uma coisa aqui dentro. Acho que eu passo muito tempo no celular e, apesar de estar o tempo todo com as meninas, nos últimos dias sinto que o telefone tomou mais minha atenção que elas. Sim, sou réu confessa.
Foto do mês passado de um dos nossos passeios. Não ia colocar foto hoje, mas não sei fazer post sem foto. É mais forte que eu.
Eu coloco as duas para brincar no chão logo de manhã e já estou no instagram, confiro e-mail, respondo e-mail, entro no Facebook, Pinterest e depois mais um pouquinho no instagram. Afe. E elas ali quietas, brincando e eu continuo no celular. É claro que como mãe moderna, todas nós estamos ligadas o tempo todo,
também temos os nossos compromissos, mensagens para trocar, distração
necessária nossa de cada dia. Mas, o quanto é muito? Não sei, mas tô
sentindo que o meu muito já deu. Sem contar nas infinitas fotos que o celular permite em um clique, é muito bom poder registrar os momentos importantes, mas ao mesmo tempo eu fico pensando: não é melhor simplesmente viver o momento do que registrar?
Então, antes de desbloquear a tela do celular hoje de manhã resolvi colocar ele de lado e simplesmente ficar com as meninas. Conversei com as duas, olhei bem o movimento de cada tentativa de colocar o biscoito na boca, da felicidade das duas por descobrir uma coisa nova como chupar o biscoito, fiz careta, palhaçada, cantei musíca e apenas parei para observar as duas. Olhei pro céu limpo e azul da seca de Brasília e falei um "obrigada" baixinho. Maria olhou pra mim e riu.
Mas ainda sim antes de ir, tirei uma foto das duas e mandei pro Marco pelo Whatapp com um "queria que você estivesse aqui com a gente". Logo depois pensei, desligar é díficil, né?
Quando cheguei em casa, o celular, que estava dentro do carrinho, tinha ficado todo molhado depois que o copo de água delas derramou. E agora, ele simplesmente não liga mais. Pronto. Fui falar com Deus aquela hora e ele mandou um sinal pra mim. Nada de celular pra você. Então, aprendi a lição. A mãe moderna precisa encontrar o caminho do meio. Aprender a viver sem estar conectada o tempo todo e desligar quando for necessário. E o celular? Está voltando a vida aos poucos, mas vou aprender a deixar ele quieto, não tão perto, nem tão longe.
esse pra mim é o maior desafio. teve uma época que simplesmente apaguei meu face e instagram. me desliguei e me conectei com o Tarso. Foi ótimo. e voltei uns 2 meses depois pro face bem mais controlada. As vezes vou por ele pra dormir e canto as musiquinhas mexendo no celular, quando eu devia estar coçando as costinhas dele, aproveitando esses momentos que restam de inocência. É complicado demais. achar o equilíbrio é uma busca constante. Quanto as fotos, eu não tenho jeito. tento dosar, mas amo registrar. e amo rever as coisas antigas, relembrar os momentos pelas fotos. me aceito como fotomaniac, mas como usuaria de iphone 24h ainda tento me corrigir...
ResponderExcluirTati,
ResponderExcluirEu não sou uma mãe tão moderna assim tenho meu bloguinho e MSN e só, e já acho que é muita exposição, mas tem familiares que adoram acompanhar o crescimento dos bebês, então vou deixando.
Mas certas coisas eu não abro mão de ficar o máximo de tempo que posso com eles, ninguém aqui faz o suco, a sopa, a frutinha, o mingau, o banho, isso eu quero fazer, me faz bem. No banho então quero ter um tempo com cada um de olhar no olhinho, conversar, fazer massagem, eu adoroooooo, nessa hora eu esqueço de tudo nada de correria.
Não se cobre tanto, cada um tem uma necessidade diferente, talvez a sua seja a net, o iPhone, e só saber dosar.
Aliás o que é biscoito de vento? fiquei mega curiosa.
Beijinho nas três.
Thalita, mãe dos gêmeos Nicolas e Rafaela.
NoSsa Tati, parece que você leu meus pensamentos! Eu vivo me questionando até que ponto isto é saudável. Meu filho tem 7 meses e eu vivo para ele. Estou sempre com ele... Mas com o celular e iPad sempre ao lado. Você tem toda a razão quando diz que devemos registrar os momentos, nao necessariamente com fotos... Enfim, vamos deixar um pouco essa modernidade de lado e aproveitar os pequenos momentos com nossos filhos!
ResponderExcluirBeijos,
Aline e Ben