quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um parquinho com duas bebês

Meninas com 12 meses completados eis que surge uma nova atividade para nós: o parquinho. Eu tento entreter como posso as duas aqui em casa, fazemos nossos passeios de carrinho pelo bairro, vamos encontrar amigos, ir ao shopping, mas o parquinho ainda era um estranho em nossa vida, ainda que eu tenha ido com elas umas duas ou três vezes, portanto era hora de desvendá-lo. Primeiro desafio: procurar um parquinho que fosse bom pra idade delas, com pelo menos um balanço descente, perto de casa. Aqui na minha quadra tem um parquinho de areia bom, mas ele guardava um mistério: eu nunca tinha visto nenhuma criança brincar nele! Eu sempre via as babás e pais levarem os pequenos em uma área de exercícios que é cercada e não entendia por quê, se tinha um parquinho do lado. Será que o parquinho era sujo, horroroso, perigoso? Resolvi deixar quieto e procurar um outro lugar que tivesse um brinquedo pra idade delas.

Sem título Maria e Isabella versão milanesa

Eis que surge uma outra história no meio da história. Fui em outras quadras procurar e nada. Até que em um dos nossos passeios matinais vejo um carrinho duplo passar pelo caminho da calçada que vai até a nossa direção. "Gente, gêmeos!" Quase saí correndo de alegria e fui logo forçar amizade. Era um menino e uma menina, três meses mais velhos que as meninas, e estavam com a babá. Fiquei mega empolgada, puxei altos papos com a babá e ela super me entendia", gente! Sério, queria abraçar aquela mulher porque ela passava pelas mesmas coisas que eu todos os dias! Fiquei encantada com a possiblidade das meninas terem dois amigos e eu alguém com quem conversar (olá, pessoa carente!). Perguntei pra ela se eles iam em algum parquinho e ela sugeriu o da quadra ao lado da minha (a única que eu ainda não tinha ido). E perguntei: "você consegue ir lá com eles sozinha?". "Não, sempre espero a mãe deles chegar pra ir junto. Não dá não". Desanimei, mas resolvi tentar.

No dia seguinte estava eu pronta para levar as meninas no parquinho: água no copo e balde com brinquedos nas mãos, aí vamos nós. Cheguei e achei o lugar igual ao da minha quadra, um pouco maior, e com os brinquedos mais velhos, mas nenhum pra idade das meninas. Estacionei o carrinho, tirei Maria primeiro, coloquei na areia, voltei e peguei a Isabella e botei na areia com os brinquedos. Tinham umas cinco babás, umas oito crianças brincando e uma mãe que depois eu descobri que era estrangeira e que não deu muita bola pra gente. As babás estavam falando sobre a novela das nove e lendo Contigo. A filha de uma delas, que estava ajudando a mãe com a menina que ela cuidava, veio brincar com as meninas e foi super simpática. Consegui ter controle da situação por 10 minutos. Depois Bella foi para um lado, Maria para outro, crianças apareceram para brincar com os brinquedos. Isabella coloca pedra na boca, Maria sai correndo atrás de um menino, Isabella come uma folha, eu olho pra Maria meio longe no meio do círculo das babás e uma delas aponta e diz "Olha lá, ela está pegando a areia e colocando tudo na boca, olha fulana, hahahaha". Eu deixo a Isabella e corro atrás da Maria. E o ciclo se repete, eu canso, coloco as duas no carrinho, elas não querem ir embora, reclamam, mas nada como um copo de água para distrair. Conclusão: acho que não dá certo ir sozinha com as duas mesmo não.Vou pra casa derrotada.

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Carinho de irmãs

Chega o Carnaval, marido em casa, bora pro parquinho! Agora vai! Como é feriado tem pouca gente no parquinho, dois meninos e uma menina mais velhos. O Marco fica meio intimidado com a interação social, todo mundo pegando brinquedo de todo mundo, mas dá certo por mais tempo. Até que na quarta-feira de cinzas a gente resolve ir no parquinho aqui da quadra, afinal qual a diferença de um do outro? E foi ótimo! As meninas brincaram, andaram, se divertiram e comeram um pouco menos de areia! Yay! E quando a gente estava indo embora surgiram pessoas de verdade no parquinho, uma pai e um filho, uma mãe e uma filha! Então, minha teoria começou a se formar: será que as babás não queriam que as crianças se sujassem de areia? E a coisa se confirmou quando a gente foi à tarde no parquinho de novo (sim, parquinho é sucesso!) e apareceu uma babá e uma menina, que insistiu pra entrar depois que viu gente no parquinho, e a babá me disse que elas não iam lá por causa da areia. Rá! E que elas iam de vez em quando na outra quadra porque lá a areia era melhor. Pois eu adorei a areia branquinha no lugar da de terra do outro parquinho "fantasma".

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Um parquinho no fim da tarde
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Kit de sobrevivência do parquinho:
- dois copinhos com água gelada
- toalhinha para limpar a sujeira no fim (tem várias lindas e baratas na Loja da Família Moderna, gente, olha o merchan!)
- brinquedos

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Deixem eles explorar tudo! Eventualmente, elas pararam de comer areia, sério.

Hoje resolvi arriscar e fui sozinha com as duas no parquinho antes do almoço, só para gastar aquela energia antes da soneca da tarde. Como o parquinho fantasma é mais vazio, fica mais fácil controlar as duas. Para a minha surpresa tinha um menino de 1 ano e seis meses com a babá brincando sozinho. Cheguei e fique sem saber se ia pro meu canto ou já levava as meninas pra perto pra brincar, resolvi fazer a socialização e lá fomos nós conhecer um amiguinho. Conversei com a babá, ela era simpática, contou que tinha um bebê de nove meses e reclamou da pessoa que cuidava dele. Ah, as ironias da vida! Ficou nervosa porque o menino queria brincar com os brinquedos das meninas e não deixava elas pegarem os dele, mas eu fiquei na minha. Acho que é natural a curiosidade de brincar com o brinquedo do outro, de interagir e a gente não pode interferir muito, mas fiquei quieta. No fim, ele jogou areia na cara da Isabella e a babá começou a dar uns tapas na mão dele e dizer que aquilo era errado e feio. Não adiantou porque ele foi lá e jogou areia na Maria. Fiquei perplexa e sem saber o que fazer. Será que a mãe tinha aprovado aquele método? Tem gente que acha que isso dá certo mesmo, ensinar a não ser violento sendo violento? Não sei. Só sei que fiquei feliz de estar ali com as minhas filhas em uma bela manhã de quinta-feira, sentada na areia e brincando no parquinho. E essa é a única certeza que eu tenho.

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Bella, uma das minhas fotos favoritas dela

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Maria

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Achei essa foto com cara de anos 70

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Como não amar esses parquinhos?

*Todas as fotos tiradas com iPhone, sem filtros, sem intervenção, só com a luz do fim da tarde de Brasília.Quem quiser pode seguir nossas aventuras diárias no instagram @tatisabadini

4 comentários:

  1. ai eu quero um iphone! kkkkkkkkkkkkk

    como ele eh bom pra tirar foto neee
    e eu com meu celular e minha maquina q nao estao mais focando e eu estou indo a loucura!!

    me assustei com a historia do tapa na mão...e fiquei pensando ontem inclusive, nem tinha lido ainda, da fase que algumas crianças tem de dar tapa na cara dos pais ou de alguém, e me veio a mente essa cena. da pessoa repreendendo a criança com um tapa na mao...fiquei pensando qual seria minha reação?! pq as vezes agimos por impulso e nao gostei de pensar q poderia ser essa minha atitude e MUITO MENOS de saber que alguém fez isso nos meus filhos..

    lindas fotos tati!!

    e vou te confessar uma outra coisa, eu o cabelo das meninas xD

    beijoooosss

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  2. e esse shortinho de bolinha ta um arraso *-*

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  3. Oi, sigo seu blog e estou pra comentar aqui faz tempo, e esqueço! mas hoje dando uma olhada no meu reader, lembrei! Era pra contar de uma dica que me deram e eu adorei, sempre uso quando vou em parquinhos, use talco de bebe para tirar a areia, funciona que é uma beleza, sem meleca ou sujeira! Acabei comprando um pequeno e deixo no carro, pra usar sempre que precisar ou esqueçer, rs.
    É isso bjs, adoro o blog e suas meninas são LINDISSIMAS!

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    1. Eu tinha visto essa dica há um tempo atrás, mas nunca experimentei, Luana! Obrigada por me lembrar. É uma ótima ideia!

      Beijos

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