segunda-feira, 1 de julho de 2013

Um domingo qualquer

Quando as meninas eram novinhas, uns dois, três, quatro meses, sempre aos domingos vivíamos o caos aqui nesta casa moderna. Não sei o que acontecia, mas justamente nestes fins da semana, elas choravam mais, ficavam irritadas, dormiam pouco e a gente não conseguia fazer nada. É claro que não era sempre, mas quase sempre. Eu lembro de um dia que já eram 11h da manhã, e eu e o Marco não tínhamos conseguido nem tomar café, já estávamos exaustos, só com bebê no colo. Ontem, o dia começou a trilhar para este lado mais obscuro, depois de muito tempo sem a gente saber o que era esse tipo de caos. As duas queriam colo, Isabella com febre, a gente deitou na cama com as duas, tentou relaxar, mas na hora de começar com as nossas atividades normais, todo mundo querendo colo. A gente deu atenção, brincou um pouco e aí eu falei: "mamãe, vai fazer almoço". Quem deixou? Choro, reclamações e colo. Marco me olhou com uma cara e falou: "nossa, parece aqueles domingo antigos". E aí eu percebi uma coisa, nós não somos mais aquele casal inexperiente e pais desesperados de primeira viagem sem controle da situação. O domingo pode parecer igual, mas nem de perto somos os mesmos. E, foi quando eu percebi, o quanto mudamos.

Sem título Sem título Brincadeira no corredor

Solução? Coloca todo mundo no carrinho para um passeio. O Marco foi com elas e eu fiquei em casa cozinhando, tranquila. Fiz um kibe de peixe delicioso da Rita Lobo, verduras refogadas com tomate para acompanhar e quando eles voltaram já estava tudo pronto e as duas mais calmas. Continuamos com a programação normal de almoço, banho e soneca. Mas na hora de dormir, Bella chorou muito e só conseguiu dormir no meu colo, e toda vez que colocava ela no berço, ela chorava, tadinha. Então, ficamos na minha cama abraçadas e uma hora depois ela acordou chorando e acordou a Maria e lá fomos nós para uma longa tarde.

Sem título Sem título Almoço e aconchego

E no lugar do caos, que deveria ter sido com sono interrompido e pouco descanso, começamos a brincar com as duas, depois elas pediram para deitar no berço, descansaram, mas não dormiram. Voltamos pra sala e elas comeram uva. Depois fiz um guacamole pra mim e pro Marco e elas detonaram. Fiz biscoitinho e elas ajudaram a cortar. Banho, jantar e cinco minutos antes do jogo do Brasil já estavam dormindo. Fim de domingo.

Sem título Sem título Comendo guacamole

Tenho pensado muito nos meus defeitos como mãe e percebi que muitas vezes sou escrava da rotina, então estou aprendendo a me libertar dela. Se não dá certo uma coisa, tenta outra. Ainda acho importante que os horários de almoço e dormir se mantenham, mas se alguma coisa muda no meio do caminho, estou tentando seguir em outras direções também. Porque um dos grandes poderes dos pais modernos é esse: adaptar-se. Seja com a rotina, uma novo desafio, um outro filho, um novo trabalho, uma nova fase. O importante é seguir em frente.

Sem título Sem título Anda e vai!

3 comentários:

  1. Adaptação é o lema! Também me apeguei demais à rotina por aqui e entrei em crise quando não soube lidar com as mudanças trazidas pelo crescimento das meninas. Depois que amoleci um pouco, as coisas melhoraram bastante!
    Melhoras pra Bella! :)

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  2. Tati, nesses meus 4 anos de mãe aprendi q organizaçao é tudo e que rotina sim é importante mas que precisa ser mudada constantemente ou entao viramos escravos dela e principalmente eles. Aqui nossa organizaçao é rigida mas quando precisa no meio da semana saio da rotina e nao deixo de fazer nada por exemplo por causa da soneca da tarde, eles acostumram a fazer a soneca no carrinho e na rua tbm. Claro q dura um pouco menos mas nada q e transforme num caos depois. :) A medida que eles vao crescendo a necessidade de mudanças fica em evidencia. ;) beijos

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