sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Parto meu - Relato de parto da Clara - VBAC

relato parto

Quem conhece o blog sabe que não só estou grávida novamente, como também estou procurando um VBAC ( do inglês, Vaginal Birth After Cesarean), ou seja, um parto normal depois de uma cesariana. Descobri até que um parto normal depois de um cirúrgico tem menos risco para mãe e bebê do que uma cesárea repetida (leia mais aqui). Tenho estudado, lido muito, conversado com outras pessoas que passaram pelo mesmo processo e, feito uma coisa que acho que faz toda a diferença: procurado suporte dos profissionais certos.

Desde que comecei a série "Parto Meu", que tem justamente a ideia de incentivar outras mulheres e mostrar relatos diferentes de parto, tinha procurado uma pessoa para contar uma história de VBAC e lembrei da Aninha Masi do Look Bebê, já que acompanhei o final da gravidez dela pelo instagram e lembro bem do dia que a Clara nasceu. Ela também é mãe da fofa da Bruna, teve uma cesárea, pensou em fazer diferente da segunda vez, mas não se aprofundou muito no assunto. No entanto, escolheu o profissional certo e deixou as coisas fluírem. Aí vai a história dela:  

A primeira vez que soube que um parto normal após cesárea era possível foi assistindo ao trailer do filme o Renascimento do Parto, e logo vi alguns relatos de parto da Anne Rammi, Pri Perlatti e Lia Savaris. Me interessei e procurei um médico a favor do PN, mesmo não acreditando muito que eu teria um. Durante a gravidez fui me convencendo a ter um Parto Normal por influência do médico e cada vez mais essa vontade aumentando. Assisti a videos de parto, li alguns relatos, mas mesmo assim hoje eu sei que não me empoderei o suficiente. Meu VBAC aconteceu porque era pra acontecer, mas foi rápido e sem muito apoio. Me senti despreparada e só acreditei que estava de fato em trabalho de parto quando cheguei na maternidade pela segunda vez no dia com 7cm de dilatação. Também não me preparei para o pós-parto e fiquei um pouco incomodada com os pontos da episio. Normal, né?! Se eu fosse ter outro parto, com certeza seria outro vaginal, mas curtindo cada dorzinha, cada segundo, e escolhendo como seria, sem ter que ser submetida a procedimentos padrões. Fico muito feliz de poder passar essa experiência adiante e encorajar outras pessoas a tentarem o parto vaginal.

Durante a madrugada, lá pelas cinco da manhã, acordei com dor lombar e um pouco de cólica, que pareciam gases. Comi, rolei na cama, comi de novo e umas duas horas depois, finalmente, dormi. Acordei novamente por volta das nove da manhã e o desconforto na lombar continuava. Confesso que nessas duas horas acordada de madrugada eu comecei a pesquisar sobre o trabalho de parto, e se havia relação com a dor lombar que eu estava tendo, mas como não sentia mudança nas contrações, achei que não devia ser “nada”. Tomei um banho e desci (no prédio mesmo) pra fazer a drenagem às 10h. Tive algumas contrações durante, mas nada que me incomodasse… Voltei pra casa e fiquei no sofá com a Bru. Mandei mensagem pro médico, que pediu que eu tomasse buscopan simples, e caso não passasse a sensação de cólica, era pra ir pro hospital. Como eu não tinha o remédio em casa, achei que podia esperar a hora da escolinha e assim sair uma vez só.

Na hora do almoço senti algumas contrações, mas não marquei o tempo entre elas, apesar de ver que estavam próximas. Troquei a Bru pra escola por volta das 13h, arrumei a mochila e fui levá-la. Comecei a perceber as contrações bem frequentes enquanto levava a Bru na escola, mas calma, fica na esquina de casa! É só atravessar a rua! Bom, chegando lá entrei, mas como eu não sabia ainda onde era a salinha dela (não estava definido ainda) fiquei no parquinho no meio esperando aparecer uma bendita alma que me encaminhasse. Pedi pra uma menina, que sumiu. E eu sentindo algumas contrações.

Depois uma outra “tia” apareceu e eu falei com ela, toda nervosa e comecei a chorar. Falei que não sabia onde era pra deixar ela, que eu estava com contração e não aparecia ninguém pra me ajudar. Ela veio na hora, pegou a Bru e fomos em direção a sala. A Bru não gostou muito e pulou no meu pescoço. Agarrou com força e começou a chorar. Não queria me deixar de jeito nenhum, queria voltar pro parquinho, mas a tia da sala dela pegou, e disse que era pra eu ir daquele jeito mesmo, senão ela não pararia. Conclusão: saí chorando litros, e querendo sentar pra marcar as contrações.

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Barriga no dia do parto

O Bre (marido) ainda não sabia que estavam freqüentes assim. Sentei na salinha de espera na porta da escola, tomei uns cinco copos d’água… chegou depois das 14h, passamos em casa pra ele pegar meu RG e fomos pra maternidade. Tomei o buscopan no carro, umas 14:40h. Lei de Murphy, preocupada em marcar as contrações não falei pro marido o caminho certo do hospital, e erramos. Hahaha Pense no arrependimento d e ter tomado tanta água! A cada contração, pressionava minha bexiga que parecia que ia explodir. Ele me perguntou umas duas vezes se eu não queria fazer xixi na rua!

Na maternidade fui direto pro banheiro… Ufa que alivio. Já passava das 15h. Em seguida, subimos para o andar do centro obstétrico. Cardiotoco: 3 a 4 contrações em 10 minutos! A enfermeira também fez o toque e ligou para o médico. Disse que eu estava em pródromos, com 3, quase 4 contrações em 10 minutos, mas sem dilatação. Apesar do colo fechado, tinha uma polpa. Ele perguntou se eu queria esperar, e com a minha resposta afirmativa, ele receitou inibina de 8/8h e repouso. Cama mesmo. Saímos de lá umas 16:30, comprei a inibina e tomei 17h. Marido pegou a Bru na escolar e viemos pra casa…. Acho que o efeito do buscopan já está acabando pois as contrações continuam doloridas. (Ele estava viajando e eu queria esperar que ele voltasse de viagem no dia 14.) Como ainda não havia dilatação achei que realmente o remédio fosse resolver.

Chegando em casa fui ao banheiro com dor de barriga. Ao limpar vi que tinha sangrado “o colo”. Como a enfermeira já tinha avisado não dei muita importância. Fui muito inocente nessa hora, pois no vaso tb tinha uma “melequinha” com sangue e acho que era o meu tampão!(Conversando com o meu marido no dia seguinte ao parto, chegamos a conclusão que o toque da enfermeira deu uma adiantada no processo.) Tomei a inibina as 17h, mas as contrações não paravam. Lemos na bula que demorava uma hora pra fazer efeito… Passou uma hora, uma hora e meia e nada delas acabarem. Nessa hora eu já estava novamente registrando as contrações em um aplicativo chamado Baby Bump Pro. Eu achava ainda que estavam piores pelo fato de ter passado o efeito do buscopan que tomei duas da tarde, mas na verdade as contrações estavam aumentando (e eu me iludindo).

Quando deu 19h, dei um ‘print’ do app de contrações e mandei pro médico. Perguntei se ele gostaria de me passar o telefone de uma das medicas que ele deixou aqui de sobreaviso, e quanto tempo demorava para a inibina fazer efeito, pois as contrações estavam mais fortes. Senti mais um pouco de dor de barriga. Entrei no banho para tentar relaxar um pouco, sentei e deixei a água quente correr nas costas. Não enchi a banheira pra não adiantar ainda mais o processo. Minha sogra chegou em casa e depois que me viu achou q a barriga tinha descido. Durante o banho vieram umas 3 contrações mais fortes e vendo minhas pausas na conversa e a cara de dor, ela disse: “Ihhh, minha filha, não sei não!!! Acho melhor voltar pro hospital". Às 20h o medico respondeu a mensagem: “Por favor, o tel dela é xxxx-xxxx. Mas volte para o Einstein!!!” Penseeeee… Gritei o marido e disse que o medico havia mandado voltar pro hospital. Começamos a juntar as coisas e acreditem, fechar as malas! Ainda não estavam prontas.

Entre uma contração e outra me vestia, separava as coisas, e o marido correndo de um lado pro outro pegando as coisas. Fui fazer a mala da Clara e tinha até que sentar quando vinham as contrações. Enquanto isso minha sogra fazia a mala da Bru, pois achamos que eu podia ficar internada e ela precisar ir dormir na minha sogra. Depois de fecharmos tudo, saímos novamente rumo à maternidade. As lembrancinhas? Ficaram pra trás. Ninguém tinha cabeça pra lembrar desses detalhes! Hehehe Do carro, ligamos para a médica que pediu que assim que chegássemos e eu fosse examinada, que fizesse o toque e ligasse pra ela avisando. O meu médico já tinha ligado pra ela! A cada contração no carro eu me esticava… “enfiava” o pé no assoalho como se enfiasse o pé no freio, sabe??! E segurava forte o puxador que tem na lateral em cima da cabeça (não lembro o nome!).

Chegando no hospital, me ofereceram a cadeira de rodas, mas preferi ir andando. Em caso de contração, fazia aquela pausa básica e esperava passar. Dei entrada novamente no “pré-parto” e a técnica de enfermagem mediu a pressão, temperatura e tal. Disse que ia chamar a enfermeira. Tic tac tic tac… E nada dela chegar. Dor de barriga, volto eu pro banheiro. Depois deito novamente na maca. Vinha a contração, e eu ia pro banheiro. Dor de barriga chata! Achei que o problema era mesmo dor de barriga. Na hora que vinha a contração, dava aquela cólica de matar, dor de barriga, e passava. Cada vez que vinha eu falava pro Bre: “PQP, cadê essa enfermeira q não vem?! Tá doendoooo, p****! Que falta de consideração!”.

Quando a enfermeira chegou eu estava no banheiro, de novo. Marido disse que eu achava que era dor de barriga. Quando sai do banheiro, mais uma contração e parei na porta. Ela olhou e disse: “isso está com cara de contração, não de dor de barriga!”. Bom, deitei pra ela examinar e colocar o cardiotoco. Diferente do que fiz à tarde (que eu sentia a contração e acompanhava tudo na tela) já não conseguia concentrar em nada além da dor na hora da contração. Enquanto ela colocava as fitas, mais contração. Ela me perguntou se podia fazer o exame de toque enquanto o aparelho registrava as contrações, pra ir adiantando… Disse que sim. Quando ela começou, ela olhou pra gente e disse: “Um, Dois, Três, Quatro… (Começou a abrir os dedos….) SETE!!!! Sete cm de dilatação!!! Acho que ela vai nascer hoje!!!”

Eu não acreditava!!! Eu e o Bre nos olhamos com um sorriso trêmulo no rosto! Um misto de felicidade dela estar quase chegando e um baita susto!!! Ela pediu o telefone da médica e correu pro telefone. A médica disse que ia correndo pra lá. A enfermeira começou a preencher a papelada da internação e na hora das contrações eu pedia pro Bre responder naquele tom super carinhoso: “Uaiii Baby, respondeeeee aí!!!” Hahahaha ou talvez tenha saído um “puta merda” em algum momento. Kkkkkkk A enfermeira saiu da sala para preparar a papelada na recepção e me transferir pra sala de pré-parto 2. Nisso, minha sogra estava com a Bru do lado de fora e escutou: “Prepara a internação dela, ela esta com 7cm e deve nascer logo!!!” Tadinhaaaaa. Minha sogra não sabia se estavam mesmo falando de mim, mas até então não tinha entrado outra grávida ali. Ela ficou em choque! Ligou pra vovó, mãe dela, e contou que achava q ia nascer! Ligou pros meus cunhados também pra correrem pra lá. E ela não podia sair dali porque estava com a Bru.

Fui pra sala de pré-parto 2, colocaram o acesso. Algumas contrações mais tarde, ainda mais fortes, eu desejava que o anestesista chegasse o quanto antes. E nada!!! Aí comecei a sentir um “quentinho” durante a contração. Falei pro Bre chamar a enfermeira e avisei que sentia um liquidozinho saindo durante a contração.Ela pediu pra fazer outro toque, e claro, permiti. Abre dedo, abre dedo e escuto: “Dilatação Total!! Dilatação total, mas a bolsa está integra e bem fina. Não vou mexer pra esperar sua medica. Vou te passar pra sala de parto. Marido, vai se trocar!!”. Lá foi ele se trocar em outro andar! Cada contração mais forte que vinha eu pensava: “Será que ele volta a tempo??! Ufa, ele voltou. Hehe e nada da médica.

Contração vinha e a dor aumentava. Eu perguntava pro Bre onde estava a m**** do anestesista. Até aí já tinham ligado umas três vezes pra medica, coitada. Eu só queria um remédio pra dor, só isso! Mas como a analgesia é feita pelo anestesista, a enfermeira disse que eu tinha q esperar eles chegarem. Ok, não tinha jeito. Não faço idéia de quanto tempo tinha de intervalo entre as contrações, mas não era muito. A dor intensa durava cerca de 1 minuto ou 1 minuto e meio, e logo depois vinha outra. Tinha uma médica “perambulando” o centro obstétrico esperando uma sala, como eu estava sem medica, ela resolveu sentar com o livrinho dela na minha sala, caso precisassem dela. Ufa!!!

Cinco minutos depois chegou outra médica, a plantonista do hospital, e dispensou a primeira. Pedi o anestesista plantonista também, mas nada dele. Dez e meia, no meio de uma contração, minha bolsa se rompeu. Escutei o ploft, senti o líquido saindo e avisei a enfermeira. Ela pegou as perneiras da maca pra me posicionar para o parto. Cada contração dessa me dava vontade de fazer o número dois. Eu já sabia que acontecia isso e achava nojento, mas na hora essa é a ultima preocupação que temos. Quando vinha a contração, eu já avisava. E a medica e enfermeiras fofas falavam, “Não se preocupa, a gente limpa”. Recolhiam na hora, lixo e pronto.

A sala de parto parecia um estádio de futebol. Cada hora aparecia um! Eu era a “gravida que chegou com 7cm de dilatação” ou “gravida que chegou com 7cm de dilatação, está com dilatação total e a médica ainda não chegou!”. Enfermeira entrando e saindo, a troca das medicas, e de repente eu vejo do lado de fora…. a equipe de filmagem! Anestesista, nada! Médica, nada. Hahaha eu já tinha certeza q ia fazer o parto com a médica plantonista q estava lá do meu lado. Dilatação total, bolsa rompida, bebê coroando. Veio mais uma contração e eu falei: ” ta empurrando!!!!!” Como se não bastasse a dor, o pro-pé do lado esquerdo estava saindo e ficava no meio do pé! E aquilo me irritandoo!!! hahaha pedi com a gentileza de um elefante: “ou tiram esse negocio do meu pé ou colocam direito.” Estava escapando do pé e coçando, affff. Kkkkk tiraram!

Marido sai da sala de parto e vejo lá fora o anestesista plantonista… Pensei: ufaaaa! Ele chegou!! Descobri DOIS dias depois que o marido achou ele muito novinho e não deixou ele entrar naquela hora!!!!!!!!!!!!!!!!! Pensem se a minha vontade era de esganar ele ou não.Hahaha E ele perguntou pro medico quando ele havia se formado!!! Que vergonha!!!

Ligaram pra médica e ela estava estacionando o carro. Mais uma contração e senti empurrar muito forte! Quem chega??!! A linda da Dra Clarissa e o marido, que era o segundo obstetra. Troca mais uma vez os médicos da sala. Eu ja estava posicionada, Clarinha coroando e ela perguntou se eu queria anestesia. Perguntou: “Vamos dar?!! Melhor né?!” E eu disse: “Sim, se der tempo, vamos! Mas não sei se dá”. E ela: há então ok! Vamos anestesiar ela…. E eu disse: aiiiiiii, ta vindo outraaaaaa!!!

Depois que a bolsa rompeu era impossível não fazer força junto com a contração. É quase involuntário. Conforme o bebe empurra, você também quer empurrar e forçar pra ele sair. Passada a contração, a medica perguntou de novo: vamos dar anestesia? Então, tá! Posiciona ela, gente. Vamos lá. E veio outra, e a Clarinha estava quase lá! Não dava tempo! O Breno estava atrás de mim e via a cabecinha coroando!!! E ele disse: “Não, vai assim mesmo!!!” Hahahah “Olha lá está saindo!!!!”. A médica disse: “É, não vai dar tempo mesmo. Vou fazer um cortezinho pra ajudar aqui, tá?! Ana, vai ser na próxima hein!!” No meio da contração ela deu uma anestesia local de xilocaína pra fazer a episiotomia e em seguida, o corte. Eu olhava pro lado e o mocinho da foto (ou era o do vídeo?) estava olhando com uma cara de pânico pra mim com contração. Kkkkkk

Na hora que veio a contração, veio junto a imensa vontade de empurrar. Eu falava que ia sair, o Bre falava que estava saindo, e a medica falou pra eu continuar fazendo a força. A Clarinha estava com o rosto de lado e não conseguia sair. A médica virou a cabecinha dela pra baixo e mais uma força, saiu a cabeça. Dali a poucos segundos mais uma força e senti saindo os ombros e corpo! Claro que na hora dói, mas não é uma dor aguda como algumas contrações parecidas com cólica, é uma vontade de expulsar mesmo, uma pressão muito grande.

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E ela saiu, linda a cabeluda, às 22:41h. Isso mesmo. Menos de 5 minutos depois que a medica chegou, 11 minutos depois de romper a bolsa, e menos de 1h depois de ser examinada com 7cm de dilatação. Eu saí do parto contando pra minha sogra, cunhados, mãe, que depois que a médica chegou a Clarinha nasceu em mais três contrações.


Logo que nasceu, a medica a colocou no meu colo, ainda sujinha! A coisa mais linda e gostosa. 

Ficou um pouquinho e foi pro bercinho aquecido dentro da sala de parto para ser limpada e avaliada. Recebeu notas 9 e 10 no Teste de Apgar.


IMG_0026 Primeiro encontro da Bru com a Clara

3 comentários:

  1. Olá,

    No dia 16/09 eu tive meu terceiro filho. Um meninão de 3.700 Kg e 51 cm durante toda a gravidez eu pesquisei muito a respeito do parto normal. Estava decidida que teria (pelo menos nesta vida) um parto normal e passaria por todas as sensações que ele proporciona.
    Escolhi um médico a favor do parto normal e segui meu pré-natal com ele. Acontece que no meio do caminho tinha uma pedra, e esta pedra chamava-se: espessura da cicatriz.
    O pai dele (eu fazia o pré-natal com o pai e o filho) chegou a participar do programa Parto pelo Mundo, exibido pela GNT, havia sugerido que eu fizesse o tal exame de ultrassonografia para verificar a espessura de minha cicatriz, e mesmo após 8 anos de intervalo, ainda assim a espessura estava fina.
    Eis que no domingo, dia 16/09, a minha bolsa rompeu, liguei para o filho e fomos ao hospital. Ele preferiu não arriscar, disse-me que se eu tivesse tido contrações e depois a bolsa tivesse rompido, ok, poderia esperar, mas com a bolsa rompendo antes e que as contrações fortes, optou pela cesárea.
    E assim aconteceu. Confesso que até hoje estou frustrada, vejo mulheres que tiveram partos normais com um intervalo muito menor que o meu e conseguiram, sem romper o útero. Mas fiquei receosa porque se o útero se rompe, para uma mãe morrer é muito rápido devido a perda de sangue.
    Mas ainda tenho esse nó na garganta sabe. Uma vontade de chorar quando lembro que não pude ter parto normal e que, mesmo tendo esperado o momento dele, ainda assim, o parto foi cesárea.
    Enfim... eu desabafo aqui porque sempre entro em seu blog e sempre lia os depoimentos.
    Vou lhe repassar, também, outros links com depoimentos de partos normais. Uma pena que não tenha conseguido, espero de verdade que você tenha um parto natural, do jeito que deseja, a frustração de não conseguir é muito, muito dolorida.

    Beijos.

    Segue os links:

    http://www.equipehanami.com.br (este é um grupo de parto domiciliar)

    http://crisdoula.com/ (esta é uma doula)

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    1. Oiii, não sei o seu nome mas sei muito bem o que sente quando fala da tal frustração! Tive o meu primeiro filho(lindo e saudável) mas teve que ser numa cesárea de emergência, após 6cm de dilatação. Até hoje luto contra esse sentimento que desconhecia, mas que pelos vistos muitas mulheres carregam dentro de si, e por vezes caladas. Fazendo-nos sentir menos guerreiras na hora de trazer ao mundo uma vida. Por isso tenho lido muitooooooooo e feitomuita pesquisa para que o proximo nasça de PN. Mas das pesquisas que tenho feito, me deixa mais consolada e me sentindo menos sozinha, nesse sentimento! e me enche de esperanças para conseguir o meu VBAC! Beijos

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  2. Puxa vida, que pena… um parto com episiotomia… :-(
    Ela tinha tudo pra ter um parto natural tranquilo e humanizado…
    Não me conformo com essas equipes que escolhem a posição da mulher por ela, que fazem episiotomia sem necessidade, que recomendam analgesia já com o bebe siando como se nao tivesse risco algum…
    :-(

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