segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O poder de um parquinho

Hoje fomos matar saudades do parquinho da nossa quadra, enquanto o Marco resolvia coisas da obra. Ficamos ali só nós três (e meio), como se a nossa rotina tivesse voltado e eu lembrei o quanto eu gostava de fazer aquele pequeno passeio cotidiano com as meninas. Acho que não tem experiência melhor pras crianças, a partir dos 12 meses, do que o parquinho. Elas correm, sobem, descem, escalam, cavam, rolam, desenvolvem a coordenação motora e as habilidades físicas, comem um pouco de areia e ganham vitamina S, entram em contato com o mundo, mesmo que ele seja pequeno e cercado. 

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Quando a gente fica em casa, às vezes, se sente enclausurado e as crianças também começam a ficar agitadas e impacientes, então, nada melhor do que poder correr ao ar livre. A liberdade de correr pra lá e pra cá, sem contar no fortalecimento do andar no meio do processo de pisar na areia! Como não virar fanática pelo parquinho? Eu sei que tem gente que não gosta, que suja, faz bagunça, reclama que o parquinho é velho, longe de casa, pode causar acidentes, etc, etc. Mas é preciso desapegar e tem outra: para o seu filho gostar de parquinho, você tem que gostar também, sentar na areia, ficar suja, brincar junto, não ter frescura. É claro que eu surtava um pouco quando elas comiam areia, mas nem tanto, sabia que fazia parte do descobrimento. E poder brincar, deixar as crianças serem crianças, sem didático por trás, sem ficar parado em frente à uma tela, brincar, simples assim.
 
Sem título Com 1 ano e dois meses no parquinho Sem título
Como cresceram, gente!
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Sempre ficava de olho e atenta aos brinquedos no parquinho, ainda que tivesse que correr de um lado pro outra atrás de uma, e depois da outra. Às vezes, Maria queria escorregador e Bella balanço, então, me virava. Talvez por isso, ensinei logo as duas a subirem a escada do escorrega, a segurar firme no balanço e a escalar o labirinto, vulgo trepa-trepa. O parquinho também fez parte de alguns ensinamentos como a "hora de ir embora", que sempre teve aviso prévio, e a ajudar mamãe a catar os brinquedos, que elas não faziam direito no começo, mas agora colocam tudo na sacola junto comigo. 

E em alguns momentos de paz, eu sentava no chão e observava as duas brincando, às vezes juntas, quase sempre cada uma no seu canto, e chorava um pouquinho, por poder curtir aquele momento repetidamente.

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Hoje pude ver o quanto as meninas cresceram ali naquele nosso quadrado colorido. Se antes a diversão era comer folhas e destruir castelos que a mamãe construía, agora é colocar areia no balde e escalar o labirinto, sentir a textura da árvore e das plantas. É jogar a cabeça pra atrás no balanço e curtir o vento no rosto, correr atrás dos passarinhos, dar tchau pro tio jardineiro, cantar músicas. E, de novo, curtir o momento. Afinal, o que mais importa?
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15 comentários:

  1. Nossa, você me fez regressar há uns... muitos anos de vida atrás... e recordo claramente, como se fosse agora, ir com meus pais aos parques municipais que haviam próximo de casa... Isso era pela semana, nos fins de semana, íamos ao Ibirapuera... Lembro de trepa-trepas como esse, escorregadores, o balanço... Recordo que uma vez, que um menino, de uns 18 anos, pediu pra passar por nosso pai para poder brincar no balanço... Pisar na areia, brincar, criar, ficar de cabeça para baixo... Vivi...

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  2. melhor ainda com a areia molhada, ótima pra fazer bolinhos e montanhas. ok... a gente faz e elas destroem

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  3. Ai que post mais lindo!
    Tão bonito ver o quanto você curte a maternidade.
    Elas cresceram bastante mesmo - e é muito gostoso acompanhar tudo isso, mesmo aqui do outro lado da tela.

    Beijo grande!

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  4. Meu Deus, elas estão enormes! Que delícia!
    Sempre que leio seus posts que possuem um "e chorar um pouquinho", eu fico sorrindo aqui na tela, porque esse sentimento é tão lindo, tão lindo, que só mesmo lágrimas podem expressar a maternidade!
    e você está certa, o parquinho é uma experiência maravilhosa!
    É uma pena que alguns lugares sejam tão descuidados a ponto de ter caco de vidro na areia que as crianças pisam! :(
    Mas nada que uma dose de boa vontade e zelo dos pais, não possam contornar. É realmente importante para as crianças crescerem e explorarem, principalmente as que moram em apartamento ou tem uma casa com quintal pequeno, sem areia e sem grama.
    A natureza é didática!

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  5. Parquinho é mesmo uma delícia,pena que não tive esses momentos quando meus filhos eram pequenos,eu moro em Salvador e aqui quase não encontra uma pracinha com um parquinho nos bairros. Eu morava em um bairro enorme,mas lá não tinha um.Curta bastante! Bjsss.

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  6. ai que legal elas se pendurando! heiheiuheiuhee

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  7. Gente! Penduradinhas, que fofas! Hehehehe. Você viu o e-mail que te mandei? Beijos!

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  8. Que lindas! Cresceram rápido, hein? Imagino que esse parquinho vai trazer maravilhosas lembranças pra elas no futuro! Minha mãe me levava ao parquinho todos os dias e as memórias daqueles momentos são muuuuito especiais pra mim! Beijo pra vcs!

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  9. ai que lindo! parquinho é uma delícia mesmo!
    ainda mais em brasília, que tem parquinho pra tudo que é lado e pra - quase - todo tipo de gosto.
    saudades desse parquinho e dessas companhias nele ;)

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  10. Lindas palavras para desapego. Fiz isso! E levo meu bb para balançar no parquinho, já q ele ainda só senta. Obrigada!

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  11. Tati, q lindas penduradas no 'trepa-trepa'!!!!
    Amei... Aqui amamos parquinho tbm assim como vc descreveu... curtindo mesmo o pacote completo, sujeira, bagunça, liberdade... aqui costumamos acrescentar lanchinhos e amiguinhos no passeio.
    Bjs e parabens pelas meninas!

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  12. Nada a ver com este post, mas hoje li um texto em um outro blog (que eu também adoro) e me fez lembrar de você: http://www.doseupai.com/#!47/c1z9g Espero que goste.
    bj
    Daniela

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  13. Tati, é impressão minha ou você tem mais afinidade com a Maria?

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    1. Não, que estranho você dizer isso! Eu nunca entendi muito essa coisa de que mãe "ama cada filho de forma diferente", acho que como elas têm a mesma idade e passamos juntas por todas as fases, consigo dividir bem a atenção com elas. A única coisa que eu percebi é que a Maria tem saído um pouco mais nas minhas fotos do instagram, mas por um simples motivo: a Bella não sai do meu colo. ;)

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