segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mompetion

Como uma boa mãe moderna, a internet é uma grande aliada da minha vida "muito louca tentando acertar o passo das coisas". Eu encontrei nesse mundo virtual muitas inspirações, descartei muitas dúvidas, fiz amigos, resolvi problemas e achei novas soluções. Mas, ultimamente, eu tenho sentindo que a rede mundial de computadores também tem um lado negro da força. Deixa eu desabafar, minha gente: às vezes, os blogs fazem a gente se sentir mal. Não basta a gente se bater todo dia achando que é uma péssima mãe, que só faz as coisas erradas, a internet também pode fazer isso por você.
Na semana passada, eu me peguei me sentindo assim.

Você amamentou seu filho lindamente e exclusivamente até os seis meses e tem pavor de mamadeira? Parabéns, eu não consegui. Você usa sling e acha que essa é a solução para todos os seus problemas? Maravilha, eu tenho duas bebês e elas não cabem em uma canga com argola. Você listou todos os contras contra um pouco de açúcar para uma criança com menos de dois anos? Ops, deveria ter lido isso antes de dar um biscoito maisena pras meninas. Você teve um parto normal maravilhoso dos seus sonhos? Eu e outras milhões de brasileiras não. Tá certo, minha gente, não me entendam mal. A recalcada sou eu. Cada um tem o direito de escrever sobre o que quer e como quer, e acho super válido incentivar coisas boas e positivas. Mas, às vezes, a gente esquece que tem alguém do outro lado lendo tudo aquilo. 

E quem não conseguiu amamentar o filho? Acontece. É menos mãe por isso? Não. Mas parece que a gente só vê todo mundo "tem que amamentar, tem que amamentar, porque é o mais puro ato de amor, blá, blá, blá". Mas, e todo o sacrifício e tranformação que você tá passando a favor do filho, tá lá não? Eu dou o peito para as meninas até hoje e, não sei por quê, às vezes, me sinto mal por não ter tentando mais um pouco a coisa do exclusivo e não ter dispensado a mamadeira. A pressão é dos outros, do mundo, dos parentes, nossa e agora até da internet?

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Tudo isso me fez pensar sobre o blog e o que eu escrevo aqui. E me deu um desânimozinho. Será que eu faço outras mães se sentirem mal? Talvez sim. E é exatamente por isso, que quer queria esclarecer: estou aqui, como você, ainda tentando não me afogar nesse mar que é a maternidade. Eu faço o que eu posso para dar o melhor começo de vida que Maria e Isabella poderiam ter. Erro muito? Pra caramba! As coisas são do jeito que eu queria que fossem? Raramente. Mas estou aqui tentando como louca! Ser mãe é ser insistente, como eu disse aqui, claro, mas também é saber parar e dizer, o que vale a pena pra mim e para as minhas filhas? Escolham suas batalhas. É a amamentação? É o sling? É a chupeta? É a alimentação perfeita? Então, se joga!

Eu sinto que muita gente vive em constante competição com outras mães, a famosa "mompetion". É aquele história: "por que o fulaninho faz isso e isso e isso", "ah, mas o meu não faz isso, faz é o aquilo outro, que é ainda melhor". E se o seu não faz nada? Não entre na paranoia dos outros, se tá rolando isso com alguém, não vale a pena nem continuar com o papo. Quando eu converso com outras mães, o que é não acontece com tanta frequência assim ultimamente, porque tenho poucas amigas mães, sempre tento aprender alguma coisa, pegar dicas, desabafar, do que ficar na constante comparação e competição. Acho que como eu já tenho duas filhas para ficar comparando (o que é super errado, tá aí a prova de que eu não sou guia para ninguém), não entro na onda da mompetition.

A verdade é que não existe a mãe perfeita, afinal, qual a graça de acertar tudo sempre? Eu não viveria minhas pequenas aventuras com as meninas, nem iria descobrir a maternidade do jeito que acontece agora. Não sei se existe fórmula certa, acho que existem caminhos e cada um escolhe o que quer seguir, o que eu espero é saber quando eu estou fazendo a coisa errada, não quero ficar cega para receber uma outra opinião ou ver uma nova solução. Eu ainda estou meio de mal com a internet e também um pouco com essa função de blogueira. Eu consigo muito ajuda com outros blogs e sempre achei que poderia fazer o mesmo pelos outros por aqui. O blog também fez com que eu conhecesse outras histórias e muita gente legal, acho que por isso vale a pena continuar. Acho que é isso, minha gente, só um desabafinho. Voltaremos.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Maria e Isabella - 6 meses

Na terça-feira, Maria e Isabella completaram 6 meses de vida! Eu chorei de emoção umas três vezes durante o dia toda vez que eu olhava para as duas e lembrava por tudo o que a gente passou para chegar aqui. O melhor foi pensar em tudo o que ainda está por vir! O futuro é todo nosso. Portanto, é preciso aproveitar o hoje e curtir muito minhas bebês que já já elas vão fazer um ano e vão virar crianças.

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É muito louco ver uma pessoa crescer e se desenvolver, cada dia uma conquista, uma nova descoberta. Imagina, então, duas! Com seis meses, Maria e Isabella acontecem! - Elas adoram ficar de bruços e explorar o ambiente com os olhos e com as mãos. Ah, sim, e nada é legal se elas não puderem colocar na boca. Fase oral forever. - Já ensaiam o engatinhar. Adoram ficar de bruços e se mexem muito. Parece até que querem voar. Também colocam a bundinha pra cima, no que parece ser uma tentativa de levantar e se movimentar. Ah, crescer é difícil. Dá um trabalho. - Não querem mais ficar tão deitadas. Elas ficam sentadinhas com o nosso apoio. Mas conseguem a independência na hora de sentar por uns 10 segundos até cair para o lado. De novo, crescer é difícil. - A alimentação vai bem e elas agora comem com vontade as papinhas, nada mais de cara feia! E sim, ainda mamam no peito! Quem diria que eu iria chegar até aqui amamentando. Mas, não largam a mamadeira, é claro. - Depois das incostâncias e de trocar a noite pelo dia, elas dormen super bem durante a noite. Viva! Às vezes, acordam de madrugada e a gente vai lá faz um carinho, bota a chupeta e elas voltam a dormir. Devo dizer, minha gente, ter bebê que dorme a noite toda é vida.


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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Invenções da família moderna

Bem, já estabelecemos que criança tem que ter uma certa rotina (vide os próximos posts abaixo), mas devo confessar que eu odeio rotina. Então, como faz? Não gosto de fazer tudo igual, dia após dia, aliás, pouca gente gosta, né? Quando se é mãe full-time e dona de casa é muito fácil cair no abismo da mesmice, desânimo, depressão e etc do "todo dia ela faz tudo sempre igual...", como diria Chico Buarque. Então, é preciso um pouco de criatividade e um pingo de disposição para sair da inêrcia. Eu estou sempre tentando fazer uma coisa diferente com as meninas, sair um pouco, passar por um caminho diferente nos passeios matinais. E quando não dá para sair, invento alguma coisa. Coloco em uma posição diferente, brinco no chão, faço sessão de fotos, enfim. Mesmo com duas crianças é possível cair na monotonia da rotina. Aí vai algumas das nossas invenções ultimamente:

Sentadas no balde

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Minha mãe fazia isso comigo, me colocava sentanda no balde protegida por almofadas. Eu brincava com as bonecas e as panelas enquanto ela cozinhava. Tentamos colocar as duas na banheira desse jeito, mas não deu muito certo porque elas ficavam se batendo, mas valeu a farra. É claro que não recomendamos deixar o bebê sozinho nessas experiências.

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Farra no chão

O tapete já virou item essencial aqui de casa. Estamos com elas lá o tempo inteiro. Elas brincam e dormem no tapete. Uma beleza!

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Meninas tecnológicas

Baixei alguns aplicativos para bebês no iPad para testar, mas elas não ficaram tão interessadas não.

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Apertamento de irmã

Acontece muito por aqui. Estou sempre incentivando o contato das duas e devo dizer que é uma delícia! Mas a gente tem que controlar, porque, de vez em quando, rola um bate cabeça ou um aperto mais bem dado.

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Olha a cara da Maria de que sabe que está fazendo a coisa errada

terça-feira, 3 de julho de 2012

Comer, comer é o melhor para poder crescer

Há séculos tenho pensado em escrever sobre a nova alimentação das meninas e sempre deixo de lado, mas agora vai! O fato é que Maria e Isabella estão descobrindo o mundo dos alimentos e, devo dizer, que é super divertido e trabalhoso, ao mesmo tempo, como qualquer coisa com criança, aparentemente. Eu confesso que fiquei meio travada para começar a introduzir as papinhas e suco na vida das meninas, como sempre uma mãe e seus complexos atrapalham o desenrolar das coisas, mas agora o negócio deslanchou e não tem mais volta! As bebês estão crescendo!

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Isabella comendo o primeiro biscoito de maisena ever! É óbvio que adorou

Começamos com o eventual suco e a papinha de frutas quando elas tinham quatro meses. O pediatra cortou as frutas ácidas por causa do refluxo, para desespero das avós de plantão que queria dar laranja lima pras netas. O primeiríssimo alimento das meninas foi um suco de pêra. Elas tomaram bem, mas no meio do caminho a gente teve que desenroscar a mamadeira e dar tudo de colher porque o líquido não passava bem no bico. Depois, foi a vez da papinha de banana que elas amaram! É claro que rolou aquela cara feia básica nas primeiras colheradas, mas depois deslanchou. Aí fui ficando nas papinhas de mamão, banana e maçã (que tive que colocar no microondas porque elas não gostaram muito da pura). E nos sucos de melão, pêra, maça e cenoura, tudo sem misturar. Mas dava um dia sim, o outro não, dava quando tinha tempo, nada muito certo. Não levei a sério a coisa não e acho que isso foi um erro. Plus: eu coloquei na minha cabeça que com a nova alimentação elas estavam ficando com gases. Aí já viu, né? Mãe quando fica obsessiva e pega uma verdade pra si, já era. Mas, calma, minha gente, tô me recuperando e tentando fugir disso ao máximo. Flexibilidade e leveza é tudo na vida.

Com cinco meses, elas estavam liberadas para as papinhas salgadas. Fiquei empolgadíssima! Fiz a primeira papinha, mas elas não gostaram muito. Comiam umas cinco colheres e já se irritavam. Continuei tentando, sem obssessão compulsiva, e a cada dia elas comiam mais um pouquinho. Ah, também cortei o sal e elas começaram a comer bem. Mas, por outro lado, esqueci completamente das frutas. E nos primeiros dias dei a papinha sem coar (louca! me senti péssima depois que li as instruções do pediatra e estava lá: refogar, cozinhar e coar)., por isso também acho que elas não gostaram e aí deu mais gases ainda, é claro. Pra piorar, comecei a achar que elas não estavam dormindo bem durante a noite (o dilema de ficar acordada entre 21h e 2h) por causa dessa nova adaptação. E aí me desorganizei toda, uma dia dava comida, outro não, um dia dava suco, no outro só a papinha. Achei essa coisa de alimentação também mais difícil que o peito ou dar mamadeira.

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Maria não ficou de fora! Comeu o biscoito todo.
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Enfim, demorou uns 15 dias para cair a ficha e sair da zona de conforto. Depois conversei com uma amiga minha que também está passando pelo mesmo processo (oi, Liginha!) e ela me deu outra visão da coisa. Ela estava conseguindo fazer o processo certinho. Suco de manhã, papinha salgada e fruta no fim da tarde. Então, vi que eu também conseguia. Comecei a fazer a rotina aqui em casa e parei de ficar empurrando mamadeira e peito nas meninas, e entendi que elas estão crescendo. Compramos até o cadeirão de alimentação!

Agora elas acordam umas 7h, 8h, mamam no peito, tomam mamadeira, e um pouco depois dormem de novo. Para introduzir a nova rotina, pasmem, tive que começar a acordá-las da soneca. Sim, dizem que nunca se deve acordar um bebê, mas eu acordei dois. E elas não ficaram enjoadas! Umas 10h saímos para passear e tomar um suco lá embaixo. Depois elas comem a papinha, tomam banho e ainda traçam uma mamadeira. Dormem mais um pouco, acordam e brincam. Lá pelas 16h eu estou tentando dar uma fruta ou uma vitamina. Depois mais soneca, peito, banho, mamadeira e dormir. Com isso, elas pararam de dormir às 2h. Mas se o dia for muito calmo, elas ficam agitadas à noite. Então, por enquanto a hora de dormir tem sido imprevisível. Vamos ver conforme a rotina começar a fluir. É isso, minha gente. Resolvi tudo isso aqui, porque às vezes, é disso que a gnete precisa, uma luz, a experiência do outro, para dar uma sacudida no nosso caminho. E vamos em frente!

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