domingo, 30 de setembro de 2012

Eu, elas, nós apenas

Amanhã começa uma nova fase na nossa vida, muitas mudanças devem acontecer. Quando eu fiquei grávida, comecei a pensar no futuro e a decisão de ficar em casa foi tomando forma, eu tinha a "ilusão" de que iria tomar conta das meninas sozinha. Eu me imaginava carregando as duas para ir fazer uma visita pra minha mãe ou passeando com o carrinho duplo pelos becos da Asa Sul. Só nós três. Muita gente me falava que eu ia precisar de ajuda, era um tal de "você vai não vai conseguir sair com elas sozinha não", "como assim você não vai ter babá?", "você precisa contratar alguém para te ajudar durante a noite ou você não vai dar conta". Eu não ligava muito. Olhando para atrás, eu realmente acho que não me preparei para o que viria depois e fui um pouco ingênua sim, mas tudo fez parte do aprendizado. Porém, agora, minha ideia ilusória de maternidade vai se tornar realidade.

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Depois que as meninas nasceram, meus ideais foram embora rapidamente. Sim, eu precisava de muita ajuda, e pra mim foi muito difícil admitir isso. Eu lutei contra a minha falta de controle da situação, a minha falta de braços, a minha falta de energia, a minha vontade de fazer tudo do meu jeito, eu precisei me livrar de todo um conceito e sonho de vida para encarar a realidade e foi muito difícil. No início, a minha ideia era contratar uma empregada e contar com a ajuda da família, especialmente da minha mãe, para cuidar das duas. Mas a empregada pediu demissão antes mesmo de começar e a substituta só durou duas semanas. Depois de dois meses, a minha mãe começou a ficar cansada e eu percebi que era hora de contratar uma babá. Nas noites e nos fins de semana, eu e o Marco estávamos no comando, e no começo foi bem difícil, (de vez em quando, rolava uma ligação desesperada nos domingos pros meus pais do tipo "vocês conseguem vir aqui e ficar um pouquinho com elas pra gente comer alguma coisa?), mas sobrevivemos.

A experiência com a primeira babá não foi muito boa. De novo, ainda estava no processo de admitir que precisava de ajuda para cuidar das minhas filhas. Ainda era muito difícil. Eu não deixava a babá fazer nada. Eu era tão louca que não deixava ela dar banho nas meninas. Ela ficava com uma enquanto eu dava banho na outra, depois eu repetia o processo enquanto ela olhava quem já tinha tomado banho. Isso tudo para no final, eu sentar no sofá e amamentar uma de cada vez. Louca, louca, louca, como diria Shakira. O trabalho dela era mais colocar uma das meninas para dormir. Depois de dois meses, ela pediu pra sair e contratei uma nova babá. Com ela, deu tudo muito certo. Até que as meninas foram crescendo e eu acho que aquela vontade de cuidar mais das meninas foi chegando de novo. Eu vi que sim, eu conseguia sair com as duas sozinha, eu tinha braços para carregar duas bebês quando se fazia necessário. Eu propus que ela cuidasse mais da casa e eu ficasse mais com as duas, e aí, coincidentemente, as coisas não fluíram mais.

Bem, então, o negócio agora é o seguinte: não temos mais babá. E a partir de amanhã vai ser assim, só eu e elas. Louca, louca, louca. Quando me tornei mãe, tinha dois caminhos a seguir. Número um: trabalhar e deixar as meninas na creche ou com duas babás em casa, como acontece com várias mães modernas que se dividem em muitas para dar conta do recado. Pensei muito sobre essa possibilidade e ela sempre parecia muito distante. Com duas bebês, financeiramente, eu estaria trabalhando para outras pessoas ficarem com as minhas filhas e receber um trocado no fim do mês.

Número dois: ficar em casa e acompanhar de perto o crescimento das minhas filhas, abrir mão do meu lado profissional, meus desejos, para cuidar das duas. Também escutei muita coisa (e ainda escuto) quando tomei essa decisão "você não vai dar conta, não vai aguentar ficar em casa". E realmente não é fácil. Mas como filha de uma mãe que escolheu a segunda opção como modo de vida, me pareceu, e ainda parece, natural. Portanto, está na hora de colocar esse caminho em prática, como eu imaginava e no melhor dos graus de ilusão. Além disso, como eu resolvi parar de trabalhar, o orçamento familiar também está apertado e ter uma babá ficou muito custoso e sacrificante, tinha que valer muito a pena. Está aí mais uma razão para assumir minha decisão.

Eu sei que vai ser muito difícil. Sei que em alguns momentos vou ficar frustada, cansada e querer arrancar os cabelos. Mas estou aqui para tentar, fiz minha escolha. Se eu não tinha tempo para fazer nada antes, agora eu nem sei como vai ser. Colocar duas bebês no colo e sair por aí parece ser missão impossível, e muitas vezes é, não é a mesma coisa do que ter um bebê só, um carrinho pequeno e etc. Mas, eu consigo e consegui apagar aquelas temidas sentenças que recebi no começo. Cada mês que passava, era mais fácil e mais divertido cuidar das duas. E acho que eu vou dar conta. É claro que não sou tão louca e vou ter uma faxineira aqui em casa para me ajudar nas tarefas domésticas, ufa!

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Passei a semana passada inteira com um frio na barriga, aflita, até que finalmente fiz as pazes com a minha vontade de ser a cuidadora das minhas filhas, de ir contra a maré, de tentar o que parecia o impossível. Somente nós três. Agora vamos ter que nos readaptar um pouco, vou aprender a dar comida para as duas ao mesmo tempo, descobrir como dar a mamadeira para as duas ao mesmo tempo, como fazer tudo ao mesmo tempo. Toda uma nova rotina. Estou com medinho, é claro, mas feliz com a chance de começar tudo novo de novo e viver novas aventuras como mãe. Ser mãe é uma loucura e eu estou aproveitando para me descobrir, me superar, porque assim é a vida. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Maria e Isabella - 8 meses

Todos os dias eu acordo pronta para curtir o dia de duas bebês e não tem coisa melhor no mundo! Cada mês é uma novidade, uma nova descoberta, a entrega da personalidade de duas meninas idênticas, inseparáveis e tão diferentes.

 8 meses Estou curtindo muito os oitos meses e ainda que falte pouco tempo para chegarmos nos 9 meses, ainda dá pra fazer este post! Com oito meses, Maria e Isabella:

- Estão livres leves e soltas. O mundo delas ultrapassou a barreira do tapete de eva que ficava na sala para o resto do apartamento. Deixamos elas circularem dentro dos limites e explorarem bem o ambiente. É claro que, de vez em quando, a gente olha pro lado e tem alguém lambendo a roda do carrinho, o pé da cadeira, ou mesmo o chão de madeira. Faz parte. Estou achando até mais tranquilo agora, elas brincam bastante, se empolgam com uma nova descoberta e a gente não precisa ficar em cima o tempo todo, mas a atenção é mesmo constante. Grade de proteção já está instalada na porta da cozinha.

IMG_1019 Maria

IMG_1035 Bella

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A dupla

- Está cada vez mais díficil tirar uma foto das duas juntas! Elas não param. Ah, e sim! Os tombos também chegaram. Algumas vezes, elas caem e nem percebem, não reclamam. Mas outras, choram. A gente vai lá, pega no colo e conforta. Outro dia li em um livro que a gente não deve falar "não foi nada, bebê, não doeu" porque a criança não vai poder perceber o que é dor e o que a faz sofrer, e isso pode influenciar a sua forma de lidar com os problemas do tipo no futuro. Achei que faz sentindo, portanto, estou colocando em prática. Consolo as duas com um real "tudo bem, doeu, mas vai passar".

IMG_1060 Antes do tombo

- Comem super bem. Não reclamam mais para comer a papinha, a não ser quando estão com muita fome. A última mamadeira do dia é que ainda oscila por aqui, às vezes elas tomam, e outras não. Mas a gente está tentando introduzir novos sabores pras duas, especialmente, as frutas. Elas experimentaram pêssego, morango, abacate nas últimas semanas e adoraram!

- A rotina está bem definida e flui. Quando a gente não consegue fazer tudo, fazemos algumas mudanças e elas aceitam bem. Só muda um pouco o horário de dormir, mas nada fora do comum. Geralmente é assim: elas acordam às 6h30, 7h, mamam e brincam. Umas 8h30, 9h, tomam um suco e dormem. A soneca dura no máximo uma hora. A gente sai para passear um pouco na quadra e umas 11h é hora de almoçar. Sempre uma papinha salgada e uma sobremesa.

Elas dormem umas 12h30 e ficam até umas 14h. Umas 14h30, elas tomam uma vitamina (leite com uma banana e/ou um mamão, e uma colher de mucilon de arroz). Depois brincam, brincam, bricam. Tiram mais uma soneca lá pelas 16h. Jantam umas 17h30, brincam, tomam banho e dormem umas 19h30, 20h. E aí vai nosso dia. Eu ainda acho que elas dormem pouco depois do almoço e poderiam cortar a soneca do fim da tarde, e isso acontece algumas vezes, mas deixo elas livres.

- O "não" chegou. Estamos começando a colocar limites e mostrar o que pode e não pode. Sem ficar repetindo o "não" toda hora, porque eu acho que perde o efeito se a repetição for excessiva.

- Elas estão engatinhando por todos os lado, mas nada de levantar. E dente? O que é isso mesmo? Nada, por enquanto, mas a gente também não tá com pressa não.

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 Azul e Vermelho

IMG_1106 "Mãe, dá pra falar pra Bella parar de comer meu tênis?"

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Hoje, amanhã e sempre

Agora eu entendo o que "aquelas mães", estranhas pra mim quando eu era apenas eu, queriam dizer quando falavam: "o tempo passa rápido, tem que aproveitar muito cada fase". Então, estou tentando aproveitar o meu tempo com Maria e Isabella ao máximo! Outro dia, encontrei uma frase linda de uma escritora americana e chorei um pouquinho escondida em frente ao computador, enquanto as meninas dormiam. Por isso, resolvi compartilhar aqui, só pra não esquecer, que é preciso agarrar a vida com os braços, hoje, amanhã e sempre.

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mompetition - parte 2

Estão sentindo que o clima de sequência tá pegando nessa blog, né? Mas, como a gente faz se os assuntos são inacabáveis? Então, vamos mais uma vez para o tal da "mompetition", ou a famosa competição entre as mães.

Eu queria entender por que existe tanta divergência e discussão entre as mães, afinal, estamos todas no mesmo barco, no mesmo time, mesma categoria. Mas, existe. Eu tenho pensando muito sobre criação, escolhas e sobre as frases prontas que envolvem esse assunto como "cada um sabe o que é melhor para o seu filho". Leio muito os posts da Anne no Super Duper e tenho me identificado com muita coisa e ela me faz pensar muito sobre essa loucura que é ter que ser mãe. Acho que sim, cada mãe tem seu método, tem suas escolhas. Eu, por exemplo, deixo Maria e Isabella lamberem o chão, talvez alguém ache isso um absurdo, nojento, etc, mas eu acho que faz bem para imunidade delas. Então, não existe certo e errado na maternidade? Existe sim. Dar um hambúrguer pra um bebê é certo? Não, mas tem mãe que dá "pra experimentar, tadinho". Mas, se ela acha que é certo não tem problema? Tem problema sim. Existem milhões de exemplos como esse de dar fast food para um bebê, e eu posso citar vários que eu faço e que outras mães achem errado. "Mas, minha gente, tô confusa, o que é certo e o que é errado?" Rá, só você? Olá, bem-vinda ao mundo moderno.


Sem título Caminhos


Existe o certo e existe o errado, e olha que coisa, eles dependem do ponto de vista. Chega uma mãe orgulhosa com uma pequisa feita na Espanha que natação é péssimo para bebês porque aumenta o risco de bronquite e outra apresenta uma pesquisa de Harvard dizendo completamente o oposto. E agora, quem está certo? Acho que o que está errado é o foco. Maternidade é uma questão de decisão. Se eu quiser colocar minhas filhas na natação e alguém vier falar que faz mal, eu vou escutar e usar a minha melhor expressão do "é mesmo?" e depois ir lá fazer minha matrícula. Eu acho que o que está faltando no mundo moderno é assumir escolhas. E, principalmente, saber voltar atrás quando a sua decisão estiver no caminho errado. Esse sempre foi um dos meus grandes medos antes de ser mãe, ficar cega e achar que eu estou sempre certa. E ainda bem, que eu consigo enxergar quando eu fiz uma merda daquelas e reformular tudo.

Ontem, me mostraram uma discussão afoita sobre amamentação. Li os argumentos, concordei com alguns e a coisa estava ficando acalorosa. Uma amiga que não conseguiu amamentar exclusivamente, que como eu deu o peito e complementou na mamadeira, participava também da troca de opiniões sobre o desafio de amamentar. Cada uma ali tomou uma decisão e estava defendendo seu ponto de vista. Quem estava certo ou errado? Nem ideia, minha gente! Sinceramente? Eu nunca gostei de debate, pra quê ficar discutindo, com raiva do argumento do outro? E outra coisa? Em vez de gastar a energia debatendo, por que não ajudando o outro? Não sei porque a gente insiste em ficar contra o outro. Sim, a gente julga a decisão do outro, mas precisa tentar compreender, e amparar quando for "requisitado". Ou seja, quando outra amiga vier conversar com você. Porque esses conselhos de graça do tipo "você tem que fazer isso", "com meu filho só dá certo assim", a gente dispensa.

Ah, o mundo moderno! Acho que hoje em dia a gente analisa muuuuitoooo tudo. Informação é bom, mas quando é demais atrapalha. Minha mãe me deu um conselho quando as meninas nasceram e acho que é isso: "viva o dia de hoje". Tudo o que eu quero agora é aproveitar o máximo essa fase ótima com Maria e Bella e deixar de lado todas essas neuras, dilemas, polêmicas. As decisões são importantes, mas elas não são definitivas. Por aqui, a culpa não passa mais. E eu não quero ver as outras mães como concorrentes, mas como amigas, que podem me fazer enxergar outros ângulos, recorrer a outros caminhos. Concordo com tudo, não? Julgo? Sim. Mas, como eu, está todo mundo aprendendo e seguindo em frente.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Papinhas - Parte 2

Então, minha gente, há luz no fim do túnel. Depois de dois meses de adaptação, tudo novo, alimentação nova, Maria e Isabella estão oficialmente comendo super bem! Na semana passada, começamos a dar o almoço para as duas e não rolou um pio, uma reclamação, nada, elas, simplesmente, comeram. Viva os 8 meses, eu acho! Uma semana depois e ainda está tudo bem. Não preciso nem ficar fazendo palhaçadas, mostrar controle remoto, fingir que vou espirrar, nada, é só mostrar a colher e lá está o bocão aberto. Bem, todo o esforço e sacrifício que eu falei na parte 1, valeu a pena. Portanto, vamos para a parte 2. Uma coisa mais light, mais mão na massa.

Sem título Isabella querendo mais

Fazer papinha é uma aventura. A gente inventa combinações, que nem sempre dão certo, experimenta pra ver se está bom, pesquisa receitas na internet, comemora quando fica uma delícia. É como fazer comida todos os dias, alguns dias você está mais inspiradas e em outros nem tanto. Eu passei por algumas fases da papinha. E, como sempre, a gente se reiventa sempre. Aí está a nossa vida do ponto de vista papinha:

- Primeiro, fazia tudo muito básico. Depois comecei a inventar (minha parte favorita!). Misturo legumes e revezo as carnes todos os dias. Também comecei a anotar as papinhas favoritas das meninas.

- A consistência da papinha é importante. As meninas gostam de uma coisa bem purê, mas sem ser muito ressecado. Eu cozinho bem os ingredientes e depois amasso. No começo, eu passava na peneira, mas só no primeiro mês de adaptação. A carne é triturada no mixer depois de pronta, já o frango e o peixe corto em pedaços pequenos para poder desmanchar no cozimento.

- No começo, não queria congelar papinha de jeito nenhum e segui o conselho do pediatra de usar papinha pronta quando a gente fosse sair. Mas não senti firmeza na coisa do potinho pronto (uso só nas horas de puro desespero e foram apenas quatro vezes). Hoje continuo fazendo a comida das meninas fresquinha, todos os dias, e prefiro congelar a papinha para o fim de semana (geralmente, me adianto na quinta ou sexta-feira) se a gente vai sair ou algo do tipo. Papinha feita em casa rules!

Sem título Chupando carne no churrasco pela primeira vez

- No almoço, é sempre uma papinha salgada e uma sobremesa, uma fruta amassada ou assada e triturada no mixer. Não consegui entrar no esquema maçã e pêra raspadinha, então eu asso no forno ou no microondas e depois bato no mixer, elas amam. Pêssego e manga também vão pro mixer e a banana amassadinha é clássica. E de vez em quando, rola um pouco de farinha láctea em cima. Estava dando a sobremesa também no jantar, mas o pediatra cortou porque elas não estavam mamando a mamadeira antes de dormir, então tá, né?

- Papinhas favoritas até o momento: caldo de feijão com macarrão, ovo e abobrinha, peixe com tomate e mandioquinha, abóbora com carne e chuchu, abobrinha com macarrão e tomate, inhame, peixe, abobrinha e tomate, qualquer uma com beterraba (a única papinha salgada que eu bato no mixer, mas vou tentar ralar a dita cuja para ver se o cozimento melhora).

- Sobre alimentar as duas ao mesmo tempo: não faço. Na verdade, tentei uma vez. Foi um caos, mas toda sessão papinha era um caos, então não sei como fazer. Acho que se eu tivesse acostumado as duas, daria certo. Apesar de que, agora, as duas já abrem a boca e ficam desesperadas quando olham para o pote de papinha na frente delas. Então, não sei. Na hora do almoço, sou sempre eu e a babá e no jantar eu espero o Marco pra gente poder alimentar as "fia".

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Working mama

As últimas semanas têm sido uma loucura para a pessoa que vos escreve! Com as meninas tudo lindo, maravilhoso, melhor fase da minha vida de mãe! Uhu! Sério. Elas estão cada vez mais espertas, são meninas felizes e que estão descobrindo o mundo aos poucos. E, agora, finalmente, a parte da alimentação está indo super bem. Isabella está até matisgando a comida, pode? Enquanto isso, eu estou tentando achar um equilíbrio na minha vida de dona de casa, cuidadora 24 horas por dia, 7 dias por semana e pseudo empreendedora. Resolvi fazer um bazar da Loja da Família Moderna e estou tentando produzir, costurar, organizar e divulgar, tudo ao mesmo tempo. Apesar do cansaço, estou gostando da confusão. E até isso já me ensinou a fazer as coisas um pouco diferentes com as meninas.

Enquanto eu costuro na mesa da sala, elas estão no chão brincando, livres para explorar o que quiserem. De vez em quando rola uma reclamação porque alguém enfiou a mão no olho da outra ou quer pegar um objeto longe do alcance. As quedas acontecem, mas elas choram pouco, Bella até parece que gosta quando cai de costas no chão. E eu sempre estou ali do lado, para qualquer coisa que elas precisam. Na hora das sonecas, consigo produzir mais, é claro, e durante a noite o super pai coloca as duas para dormir enquanto eu vou tentar fazer alguma coisa. Meu objetivo é produzir tudo de forma artesanal e diferente do que a gente encontra nas lojas mais tradicionais. Aí está parte do resultado:

babadores bazar (1280x853) Babadores para todos os gostos

bandeiras bazar (1280x853) Bandeirinhas decorativas para o quarto do bebê ou da criança e perfeita para festas de aniversário!

toalhas bazar (1280x853) Toalhas modernas perfeitas para lancheiras e os momentos "papinhas"!

Para quem mora em Brasília, o bazar é quinta e sexta e estão todas convidadas! Quem quiser participar é só deixar um comentário com e-mail que eu mando o convite com o endereço. Vai ser na casa da minha mãe, uma coisa bem descontraída, para levar as crianças, olhas os produtos e bater papo. Além da produção da família moderna vai ter produtos pra casa, maquiagem importada e um brechó com roupinhas de bebê (das meninas, inclusive!) e outros itens essenciais do enxoval. E, é claro, Maria e Isabella estarão lá. Também vou fazer meu famoso ponche de frutas vermelhas, e olha que quem conhece sabe que vale a pena! Vamos?

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Papinhas e afins - Parte 1

Outro dia, fomos em uma festa de aniversário e enquanto eu e o Marco estávamos dando a papinha das meninas, alguém comentou: "Nossa, como elas comem bem e fácil, abrem até a boca, olha só". Eu e ele nos olhamos e rimos. Não, não é nada fácil, minha gente! É um trabalho constante e diário, como, alías, é normal de cuidar de bebês e ter filhos. Mas não é tão lindo assim, devo dizer. De fato, agora elas comem super bem, ainda tem umas recaídas, mas foi uma luta, suamos bastante para chegar até aqui. Continuo a acreditar: mãe é (ou pelo menos deveria ser) um ser insistente. Por isso, resolvi fazer este longo post sobre uma parte importantíssima da vida das meninas, e minha também.

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Introduzir a "alimentação de gente" para as meninas foi um processo lento e árduo. Já escrevi um pouco sobre isso aqui, mas vamos resumir. Com quatro meses foi a introdução das frutas, preferi investir nos sucos e elas curtiam papinhas de banana e mamão. Com cinco meses foi a vez das papinhas salgadas, fiquei confusa e só dava as papinhas salgadas, cortei as frutas. Louca. Ou dava os legumes em um dia e a fruta no outro. Elas também entraram em uma onda de dormir mais tarde e eu achei que eram gases com a introdução da nova alimentação e, provavelmente, era mesmo. Com seis meses fiz tudo certinho. Comecei uma boa rotina, suco fruta de manhã e papinha na hora do almoço e, às vezes, um suco de tarde. Depois a coisa deslanchou! Foi a vez do colocar o jantar e tudo mudou e ainda muda, mas agora a rotina das meninas está bem definida. Vou entrar nesse assunto na parte 2 deste post.

Queria mesmo é compartilhar algumas dicas que acho que deram certo por aqui e fizeram com que a coisa toda evoluísse para o bem. No entanto, nada aconteceu da noite para o dia, até semana passada eu estava sofrendo durante o almoço com Maria chorando. Tentei de tudo, tudo mesmo, e não sei se foi coincidência, mas comecei a passar o nenê dente antes de dar as papinhas e deu certo. Agora parei e ela continua comendo bem, então acho que foi só uma fase, coisas de bebê.

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Caos e Calma por Isabella

De vez em quando, ainda é difícil, mas a gente começa a perceber melhor as coisas e entender o que elas querem. Portanto, aí estão algumas dicas que me ajudaram muito no processo:

- Primeiro de tudo: prove tudo o que os bebês vão comer, especialmente as frutas. É claro que eu esqueço de fazer isso algumas vezes, e tenho certeza que a babá não faz quando é a vez dela de cozinhar, mas quase sempre eu dou uma provadinha (e vamos combinar que muitas vezes como a sobra da papinha delas, especialmente a de banana com farinha láctea, yummie!).

- Comece bem devagar. No início, fui no tempo delas. Tentava dar as papinhas no intervalo das mamadas e quando elas ficavam irritadas eu não insistia muito não. O poder da insitência comecou mesmo entre os 5 e os 6 meses. Aliás, aí vai a dica n° 3:

- Se o bebê estiver chorando não force a papinha. Acho que ele vai acabar associando o incômodo com a comida e isso não é legal. O que eu fazia e ainda faço: invisto na distração. Tá reclamando? Mostro um briquedinho, meu celular, o controle remoto, faço careta, assim elas se acalmam e comem. Vale também cantar música, pedir para alguém fazer palhaçada do lado. Mas se nada der jeito, é porque elas não estão afim mesmo.

- A hora da papinha deve ser um momento de calma e paciência. Se a gente ficar cheia de ansiedade, os bebês sentem. Tá dificil? Vai na cozinha toma uma água respira e volta. E investe na brincadeira. Outra coisa: aproveite o momento e a experiência de alimentar seu filho ou filha de outra forma. É bom demais!

- Por aqui nada de TV na hora de comer. Eu também não queria associar as duas coisas porque quando a gente resolver almoçar fora não vai ter TV, e aí? Como faz? Confesso que uma vez, em um momento de puro desespero, tentei, mas não adiantou muito não.

- Elas ainda fazem cara feia nas primeiríssimas colheradas, mas depois comem tudo. Vai entender... Portanto, a estrada vai além do que se vê. Use o seu instinto e força na colher!

Acho que é isso. É claro que tudo isso foi a minha experiência, não sou especialista nem nada, mas acho que algumas coisas fizeram a diferença. Já vimos o lado prático de dar papinha, no próximo post, receitinhas, alimentos, truques e formas de servir. Uma coisa pro lado "gourmet" no melhor estilo feito em casa. Rá! Aguardem e confiem.