quarta-feira, 31 de julho de 2013

E a terceira cadeirinha, onde vai?

Olá, pessoas! Estamos nós aqui fazendo planos, tentando superar enjoos e sono, chorando com todas essas mensagens lindas de parabéns (obrigada, obrigada, obrigada!), com a visita do Papa ou qualquer comercial bobo na TV. Essa sou eu, 8 semanas e 4 dias. A minha ideia era escrever um post diferente, mas não consigo não compartilhar o que está acontecendo agora. Em parte de nós, também existe preocupação, tivemos que cortar alguns gastos e as contas já estavam apertadas, então como vai ser com esse bebêzinho novo? Não sei, sei que dá um pouco de medo, mas também sei que vai dar tudo certo. Também tá difícil me animar para costurar e isso está me deixando um pouco ansiosa, mas sei que essa é só uma fase e já já vai passar e vou estar cheia de energia.

Maria e Isabella estão super bem, obrigada! Confesso que passei umas duas semanas difíceis com a Bella, em especial, ela chorava por T-U-D-O, queria colo, queria atenção e quando outras pessoas chegavam perto ela não queria saber de mim, o que era louco. Sabia que era só uma fase, mas como foi difícil! Comecei a achar que ela já poderia estar sentindo uma mudança por aí, mas tentei não entrar nessa paranoia. Mas no final de duas semanas, já estava desgastada. Explicava, reprimia, argumentava, tirava aquela paciência extra dentro de mim. Até que "puff", passou. E agora? Maria entrou na onda, só que em um nível mais ameno, mas tudo bem é a vez dela. Porém, mesmo assim, elas estão tão boazinhas nos últimos dias, brincando juntas, descobrindo novas coisas, ficando de preguicinha comigo. Estou achando ótimo. Brincadeiras favoritas das duas no momento: contar até dez ou, no caso, "um, doois, tês, cuato, sete, dez", subir na cadeira e mexer na minha máquina de costura (pelo menos alguém tá usando a dita cuja), ler o livro do Star Wars (gente, já não aguento mais ler o livro! Sério! Isabella já acorda, corre, pega o livro e pede pra ler!).

Quitandoca FotografiaQuatro, por enquanto

 Quitandoca Fotografia

Há alguns meses atrás, tiramos umas fotos em família na bicicleta com a Glau Macedo, amiga querida e a mesma fotógrafa que fez o parto das meninas, do Quitandoca Fotografia. Ontem, ela postou nossa foto no instagram (@quitandoca) dela perguntando: "Tati, e a terceira cadeirinha?". E fiquei pensando nisso e me emocionei de novo por ver as fotos lindas que ela conseguiu capturar em uma tarde de domingo, sem muita pretensão, com luz natural, aqui perto de casa, assim como se faz de amigos.

Quitandoca Fotografia Detalhes
Quitandoca Fotografia Bella e Maria

Acho que não estava grávida ainda quando essas fotos foram tiradas, então é uma foto de nós quatro, como passamos a ser e nos transformamos. E, agora, Deus nos prepara para mais uma transformação. Em breve seremos cinco, com mais uma cadeirinha em uma das bicicletas e com muito amor para pedalar esse caminho. Dá pra acreditar? Porque acho que ainda não caiu a ficha aqui.

Quitandoca Fotografia
Igrejinha, um dos nossos lugares favoritos em Brasília

Quitandoca Fotografia
Nós

Mas, sim, como é bom ser família! Não sei porque aqui no Brasil a gente não tem costume de fazer fotos em família, geralmente é no casamento e como gestante, às vezes, depois que o bebê nasce. Mas é tão bom poder registrar momentos simples assim, de todos juntos. E ter um fotógrafo talentoso faz toda a diferença. E confio no trabalho da Glau de olhos fechados porque ela faz com muito amor. Quem sabe agora ela não vai poder participar do meu segundo parto também. Já estamos planejando. Não deixem de conhecer o trabalho dela e ver todas as fotos lindas que ela faz lá no www.quitandoca.com.br

Quitandoca Fotografia Marco e Bella Quitandoca Fotografia
Eu e Mamá Quitandoca Fotografia
Posso com essa cara?
Quitandoca Fotografia
Tchau!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Terceiro filho. Segunda gravidez

Sim, grávida do terceiro filho e, agora, na segunda gravidez. Olá, gestação completamente diferente da primeira, é claro! Eu sou outra, eu já sou mãe, e até os sintomas são diferentes.Tudo novo, mas não tão estranho assim. Por isso, vamos ao resumo do que aconteceu, o que está acontecendo e o que ainda está por vir.

IMG_6020
Nós quatro em um passeio no sábado passado

- Quem lê o blog sabe, obviamente, que queríamos ter outro filho. A nossa ideia era tentar fim deste ano, início do ano que vem. Mas sabe aquelas escapadas que acontecem de vez em quando, e você acha que não vai acontecer nada? Então, bastou uma única vez. Rá. De qualquer forma, ficamos super felizes, um pouco preocupados, é claro (em como a vida vai ser daqui pra frente, a situação financeira, etc), mas felizes demais, a gente sabe que tudo vai dar certo no final. Eu também acho que estava querendo muito ter outro, muito mesmo, quase obsessiva e isso chamou a situação toda.

- Fiz o teste de gravidez em uma quarta-feira qualquer depois de alguns dias de atraso. Marido chegou do trabalho com o teste mais caro da farmácia nas mãos, segundo ele "pra garantir". Demos o jantar das meninas, depois ele foi dar banho nas duas, e resolvi fazer o teste com todo mundo junto. Eles três no box, enquanto eu fazia xixi na fitinha. Deve ter passado uns cinco segundos até as duas faixas ficarem azuis e eu fazer um "hã" alto. "Tô grávida", abri o box e vi a reação do marido, rindo, sem saber o que fazer. "Sério?". "Sério!" e ele grita: "Vocês vão ter um irmãozinho, ou uma irmãzinha!". É claro que elas não entenderam nada e só nos restou um abraço forte pra nós. Eu sentei na privada de novo e percebi que eu tremia um pouquinho. "Meu Deus, estou grávida de novo! Que loucura!". Chorei um pouquinho e ri de alegria.

-  Antes mesmo do teste de gravidez de farmácia dar positivo, já sabia que estava grávida. Peito aumentou logo, me senti inchada, enjoei com cheiros, parte de baixo da barriga firme, e algo dentro de mim sabia, é claro. Na gravidez das meninas, eu também sabia, mas depois de dois testes negativos (inclusive um de sangue) eu não tinha certeza de nada, e estava insegura por ser a primeira vez. Senti muitas cólicas, agora já não. Só um pouco, mas nada que me assustasse. Náusea tá aqui, sim senhor. Então, tento comer logo quando acordo para não dar gás pro enjoo.

- Tenho ficado com muito sono, esse é difícil de combater, e a náusea é constante, ou seja, manhã, tarde, noite. Mas, a vida continua, preciso cuidar da casa e das meninas. As costuras estão mais paradas. Depois do almoço, sempre tento deitar um pouco para descansar, mas não durmo porque tenho medo de perder o sono da noite. Então, tenho dormido umas 22h, o que ajuda. E as meninas acordam entre as 7h e 8h, então é tranquilo. Tento ir com elas no parquinho, sair para caminhar um pouco, o cansaço bate sempre. Tenho pedido ajuda pra minha mãe, às vezes, e ela está tentando vir aqui uma vez por semana. E se a gente fica em casa, acabo ficando no sofá e elas querem atenção, e começam a brigar e o caos chega rápido. Por isso, mãe não pode parar, minha gente!

- É incrível como a segunda gravidez é diferente da primeira. A gente já sabe o que esperar, fica mais segura, não se preocupa tanto, não se impressiona tanto, tem segurança nas escolhas. Estou bem tranquila, sem muitas expectativa, sem muita empolgação com o enxoval (ainda que já tenha comprado a primeira roupinha do novo bebê), mas já baixei um aplicativo no meu celular (o do Baby Center) para acompanhar os dias da gravidez. Sem falar que essa gravidez vai ser completamente diferente porque é uma gestação única e não gemelar. Então, estou empolgada também por existir esse elemento "novo".

- Ah, sim: tenho certeza que é um só. Na gravidez das meninas, o primeiro ultrassom também indicou apenas um embrião, mas fiz com seis semanas, em um clínica genérica. Dessa vez, fiz uma ultrassom em uma clínica especializada em avaliação fetal e já com 8 semanas, o que daria pra identificar bem uma gravidez gemelar. Confesso que fiquei pensando na hora do ultrassom: "Olha, lá ele sozinho no útero, tadinho, tanto espaço pra crescer" e senti falta de algo. Pensávamos na possibilidade de serem gêmeos de novo, ainda que fosse super raro, mas estávamos tranquilos. Mas também queria ter a experiência de uma gestação única.

- Outra coisa diferente: não vamos querer saber o sexo do bebê antes do parto. Para desespero da família, que já está morrendo de curiosidade. Não temos preferência, vamos ficar felizes com um menino ou uma menina, então vamos apostar na surpresa e na emoção de descobrir na hora em que ele ou ela nascer. Enxoval unissex, aí vamos nós!

- Vou tentar um parto natural, ou seja um VBAC (do inglês, vaginal birth after cesarean). Já estava pesquisando antes mesmo de engravidar, procurando médicos, especialistas, teorias, dados científicos, relatos, tudo o que eu tinha direito.

- Mudanças alimentares: já cortei refrigerantes e adoçantes. Mas dessa vez não vou cortar o café, uma xícara de manhã é combustível necessário no momento. Estou enjoada, mas com muitos desejos, coisa que também não tive na gravidez das meninas. Couve, sorvete, queijo, coxinha de camarão, sushi são os mais requisitados no momento.

- Vou fazer a Contagem Materna, com as semanas da gravidez, de novo e postar tudo aqui, é claro!

- Acho muito louco que eu tenho ficado grávida justamente quando as meninas aprenderam a falar "neném". Todo dia a gente repete pra elas: "tem um neném crescendo na barriga da mamãe". Isabella já tentou procurar debaixo do vestido e Maria já fez um carinho na barriga. Não sei se elas entendem, mas a gente ensina.

- Tá bom por hoje, mas tem muito pra dividir daqui pra frente. Aguardem e confiem.

Não posso deixar de gradecer as mensagens lindas que recebi aqui, facebook e instagram! Obrigada a todos pelo carinho e os pensamentos positivos. Chorei com muitos deles, fiquei muito feliz e cheia de amor por aqui. Obrigada, obrigada, obrigada!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Então... mais um!

Temos uma novidade para contar e estava difícil guardar segredo...

_MG_5684 ... bebê n° 3 vem aí!

_MG_5678
_MG_5660
_MG_5689 _MG_5719

...Grávida, 8 semanas, feliz, família grande, sim é um bebê só, frio na barriga e vamos nessa!

_MG_5624 Bella e Maria: oficialmente irmãs mais velhas!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Dance like nobody is watching

Um vídeo básico para alegrar nossa quarta-feira. Aqueles dias loucos, caóticos, mas acabam tendo momentos assim.


Eu sei que essa música é da Ivete, mas nunca ouvi na vida! Meu pai cantou pra elas outro dia e elas adoraram. Agora é praxe, todo dia rola um: "dançando, dançando". E, sim, elas sobem na cadeira sozinha.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Maria e Isabella - 18 meses

Chegamos aos 18 meses, ou seja, 1 ano e meio de Maria e Bella! Acho que esses últimos seis meses nem passaram tão rápido assim, para falar a verdade. Tantas mudanças, tantas fases, tantas descobertas, não tem como não ser devagar. Estou amando essa "idade" com todas as palavras que saem com muito esforço da boca das minhas meninas, que estão deixando mesmo de serem bebês. Também é hora de educar, ensinar, impor limites e lidar com as temidas birras e crises de choro. Mas eu tenho tido muita paciência, ultimamente, e sei que é só uma passagem na vida delas. Ah, a tranquilidade dos 18 meses, pelo menos a minha, é que a gente tem alguma ideia do que está fazendo. Mas, vamos lá para o resumo do que anda acontecendo com as meninas com 1 ano e meio de vida:

IMG_5823 Primeira constatação: cada vez mais difícil tirar uma foto das duas. Maria e Bella

- Falar é o grande lance do momento. Bella tem sido mais falante, quer imitar tudo o que a gente fala, ainda que saia do jeito dela. Maria fala um pouco menos, mas tende a pronunciar melhor as palavras. E um pouco antes de completar os 18 meses, elas estavam numa fase que balbuciavam o dia inteiro, tinha altas conversas entre si e comigo, e eu não entendia nada! Só ficava no "ah, é mesmo? Me conta o que aconteceu!", no meu jeito ainda mais louco de incentivar a conversa sem sentido. Mas, já passou e elas agora começam a falar minha língua! Uhu!

Palavras mais usadas: papai, mamãe, água, esse ou essa, xixi, desci (que quer dizer "quero descer da cadeira), " dos, tês e já" (que quer dizer "1,2,3 e já" na hora de descer do escorregador), au-au, piu piu (passarinho), coocá (colocar, geralmente usado quando elas querem colocar o chinelo), oi, cau (tchau), bó (acabou), não, papá (jantar), vovó e Luca (esses dois últimos apenas a Bella). Tem umas outras, mas não me lembro agora, mas repetidamente, essas. Ah, e como elas adoram falar "papai", obsessivas!!!

IMG_5835
Farra no corredor

IMG_5832
Bolas de piscina: diversão garantida por apenas R$5 nas seções de piscina de qualquer supermercado!

- Correm, pulam, sobem no sofá, na cadeira de refeição e na escada do escorregador sozinhas. Comem sozinhas e agora estão aprendendo a usar copos de "gente grande". Comem de tudo, gostam de tudo, mas são obsessivas por tomate, guacamole, uva e melão. Única constatação de coisa que não gostaram: goiaba.

- São super espertas e como qualquer criança dessa idade testam meus limites e pedem por controle. Quando ficam frustradas se jogam no chão ou puxam o cabelo da irmã. Outro dia, Maria machucou o pé, peguei ela no colo, fiz carinho, etc, Isabella ficou com ciúmes, chamou minha atenção e eu não dei muita bola, então ela se jogou no chão e começou a chorar fingindo que tinha se machucado. Pode, pode, pode? Pasmem, mas os pequenos estão justamente descobrindo a vida e o nosso papel é ensinar o julgamento pra eles, a distinguir o bom do ruim. Péssimo, quero morrer, mas é fato. Por isso, estou ensinando o certo e o errado, e quando vejo um mau comportamento, me afasto com uma delas e explico. Insistência é meu lema!

IMG_5831
Maria

- Não assistem TV ainda. Eu confesso que andei passando mal uns dias e deixei elas assistirem um desenho que eu acho "ok" dentro os existentes, elas pararam por cinco minutos, depois continuaram brincando como se a televisão não estivesse ligada. Acho que não tem costume e isso é bom. Agora não tem nada no mundo que prenda mais a atenção delas do que o vídeo dessa música:



Amam. E ainda cantam "hey, ho". Escutaram um dia no rádio e começaram a tentar cantar, depois cheguei em casa e mostrei o clipe e elas amaram. Também param tudo o que estão fazendo quando toca a música de abertura do seriado Big Bang Theory e Friends, dançam e tudo! Por que crianças gostam tanto de aberturas?

IMG_5838
Maria
IMG_5846
Bella

- Adoram um colo, se alternam em fases de grude com a mãe ou com o pai, adoram abracinhos e cabecinhas no ombro. Também estão numa fase "neném" que carregam bonecas pra todos os lados, mas ainda adoram bolsas e sapatos. Continuam amando livros: favoritos do momento "O Almoço do Coelhinho" e "Vader´s Little Princess", que apesar de ser inglês, tem ilustrações lindas e eu invento uma historinha pra elas.

Sem títuloSem título

Dei a dica dos dois livros lá no instagram! O primeiro faz parte da série de quatro livros "Pequenos Gênios" e custam apenas R$ 14.90 (comprei os meus na Livraria Cultura)! E o segundo livro é para os pais apaixonados por Star Wars, comprei o livro no Ebay por U$ 14,90 e frete grátis. Para mais dicas e nossas aventuras, sigam @familiamoderna

quinta-feira, 18 de julho de 2013

As vantagens de ter gêmeos

Sim, elas existem e ainda no plural, minha gente! Não é só o tal "nossa, que trabalho, hein?", noites sem dormir, cansaço sem fim, etc, etc, etc,. Existe um lado L, lindoooo, de ter gêmeos e não é só a questão do "amor dobrado". Eu confesso que no início, quando as meninas eram pequenas, não consegui enxergar isso, e pensava "Meu Deus, com um bebê só seria muito mais fácil", pensei mesmo e confesso aqui. Mas hoje eu vejo tudo diferente, eu vejo MUITA coisa boa em ter dois bebês aos mesmo tempo. Tanta coisa que eu aprendi ao longo do caminho e resolvi compartilhar com os futuros pais de gêmeos ou pais de dois filhos de idades diferentes aqui, então vamos lá:

IMG_5518
Bella e Maria

Praticidade
Eu acho que me tornei uma mãe muito mais prática e descolada porque tenho dois. Não estou dizendo que mãe de um bebê só não seja prática ou que toda mãe de gêmeos seja, é só um depoimento do que aconteceu comigo. Mas o fato de ter dois me fez pensar mais rápido e estrategicamente. Acorda, troca, dá mamá, faz arrotar, brinca, tal hora dá banho, coloca pra dormir, descansa e repete tudo de novo, em dose dupla, é claro. Você aprende a ter sempre um plano na cabeça sobre o que fazer. E também saber se aquilo não está dando certo, saber mudar de direção.

Rotina é bom, bebê gosta e mamãe agradece e faz parte do caminho da praticidade. Como eu cuido das duas sozinhas, carrinho duplo virou meu melhor amigo, elas aprenderam a ficar no berço brincando e até hoje quando acordam ficam de preguicinha na cama com os brinquedos enquanto eu tomo café e vou adiantando o almoço.

Para não deixar de sair e fazer nossos passeios, sempre levei apenas o necessário e tudo o que coubesse dentro de uma única bolsa grande para as duas. Fralda, roupa e comida. E aí a gente ia se virando.

Insistência
É basicamente o seguinte: com dois, tem que dar certo. Eu tenho uma teoria de que a gente consegue fazer com que a criança de adapte a qualquer rotina ou situação com um pouco de esforço, trabalho e insistência (já falei sobre isso aqui). O problema é que dá trabalho mesmo e muita gente desiste no caminho. Mas eu tento sempre colocar um objetivo e seguir em frente. Seja de ensinar as duas a comerem sozinhas ou dormirem no berço. Se dá trabalho, é porque o resultado vai valer a pena.

Eu tenho uma amiga que me falou uma vez que eu tinha uma vantagem na hora de ensinar ou educar porque dava certo com uma pelo menos, então eu não desistia. E eu nunca tinha pensado nisso, eu simplesmente fazia. Mas eu sempre tentei fazer tudo dar certo pras duas. Tá na hora de comer: todo mundo senta na mesa ou no cadeirão juntas.

"Por que elas ficam tão quietinhas no carrinho?" Já me perguntaram muitas vezes. Porque eu nunca tive a opção de tirar uma que estivesse chorando, pegar no colo e empurrar a outra. Também confesso que não achava justo, então as duas aprenderam a ficar no carrinho. Como? Dava brinquedo, comida, chave, folha, qualquer objeto que distraísse as duas (menos celular que é proibido aqui, mas já foi usado duas vezes em momentos de puro desespero). E elas iam ficando. Ou ia parando a cada 100 metros para consolar e achar outra coisa para elas brincarem.

Eu usei as armas que eu tinha e adaptei tudo a minha realidade, que é como eu acho que toda mãe acaba fazendo.

Foco
Acho que quando a gente tem duas bebês não fica com o foco só em uma coisa, em uma birra, em uma crise. A vida continua, o outro pede atenção, as coisas precisam continuam a funcionar. E isso é bom, porque eu acho que quando a gente não deve focar muito num problema e a criança precisa aprender que o mundo não gira em torno dela. Duro, porém verdade.

Companherismo
Sim, elas fazem companhia uma outra! Elas brincam juntas, ficam juntas, conversam na língua de bebê delas. É lindo. Por isso, também não me importo em deixar as duas brincando no berço sozinhas enquanto eu vou tomar café, por exemplo. Ou, elas brincam na sala, enquanto eu preparo o almoço.

Sem falar que não tem coisa mais linda do que ver essa ligação infinita que as duas têm, uma conexão que talvez eu nunca vá conseguir entender. Desde cedo elas aprenderam a dividir e ainda que, às vezes, brigam pelo mesmo brinquedo ou minha atenção, sabem que vão sempre ter uma a outra. É engraçado que quando uma acorda antes da outra da soneca (casos raros, devo dizer, mas acontece), depois de uns dez minutos, ela corre lá no quarto para acordar a irmã.

Tem pra todo mundo
Sim, tem amor pra todo mundo! Acho que neste aspecto foi super importante pro Marco também que "tinha" que segurar ou cuidar de uma, enquanto eu amamentava a outra, porque ele teve a chance de ser pai cuidador, de colocar a mão na massa mesmo, até hoje.

E tem sempre as fases. Em uma semana Maria só quer colo, na outra é a Bella. Tem uma que abraça mais forte, a outra gosta de fazer carinho no braço enquanto coloca a cabecinha no ombro. Tão iguais e tão diferentes. Cada uma com sua personalidade, seus trejeitos. E
como é bom descobrir cada faceta das meninas. Eu acho que cada filho é de um jeito sim, no entanto aqui a educação e o amor são os mesmos, e as surpresas no caminho não param de chegar.

*Estou reformulando o blog, por isso aguarde mais novidades em breve!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Um bom momento

É engraçado, mas em alguns momentos do nosso dia, eu paro um pouco, olho para as minhas meninas e o meu coração fica cheio, uma felicidade sem explicação. A maternidade tem sido muito boa comigo ultimamente, assim como Maria e Bella. Eu sinto que depois daqueles primeiros meses de desespero "quando eu não sabia o que eu estava fazendo", todo cansaço, todo esforço que eu coloquei na criação delas, tem tido efeito e ele está aqui bem na minha frente.

É claro que alguns dias eu sinto que o fracasso aparece, a birra chega, e a parte mais difícil de ser mãe pede passagem todos os dias: educar. É claro que elas estão numa fase de puxar o cabelo uma da outra, deitar no chão de frustração, chorar por qualquer coisa, querer colo o tempo todo, mas ainda que a paciência não dê conta às vezes, eu sei qual atitude ter. Cada vez mais eu tenho segurança no que eu estou fazendo. E também paro e faço uma coisa que parecia impossível naquele primeiro ano de montanha-russa: aproveito os bons momentos. Escutar "mamãe" mil vezes, descobrir um palavra nova, ver as duas comendo sozinha e de tudo, dançar, cantar, brincar, passear sem levar um milhão de coisas, curtir os programar em família, receber um abraço gostoso, sincero e em dose dupla. Ah, que delícia esses 18 meses.

IMG_5646 Bella + Maria
IMG_5647

Que venham muitos dias de felicidade do lado das minhas pequenas. E que eu saiba ser mãe, disciplinar, cuidar, educar, mas também saiba curtir os bons momentos, sempre.

Aproveitando o embalo, tem novidades na Loja da Família Moderna e estou muito feliz por poder apresentar um produto diferente e prático para as mães modernas. São mantas de flanela 100% algodão com elastano em estampa de chevron (que eu amo!). Tecido importado e delícia para enrolar os bebês. É uma manta grande de 1,10 X 0,85 m que dá para ser usada até os dois anos como cobertor. E o melhor, ainda é unissex, portanto vai bem com meninos e meninas, e ainda dá para guardar para os próximos filhos, afilhados ou sobrinhos. Tenho poucas unidades, e em três cores (cinza, preto e colorido), por isso, corram! E olha que linda minha modelo, a Constança, filha da Lu do blog Potencial Gestante!

IMG_5651 IMG_5712

Benjoca também fez uma participação!

IMG_5701IMG_5706

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Parto meu - Relato do nascimento da Rosa

relato parto

Quem quer ter um parto normal e/ou natural no Brasil precisa passar por um longo processo de conhecimento. É como se fosse uma luta, mas na verdade, é preciso vencer várias batalhas. Fazer muita pesquisa, se rodear de pessoas que passaram pelo processo, procurar os profissionais certos, se preparar para gastar dinheiro (infelizmente), ler muitos relatos, vencer a dor, passar por horas de trabalho de parto e enfrentar seus próprios medos para trazer um bebê ao mundo. Há dois anos atrás eu fiz um post justamente falando sobre o começo dessas batalhas aqui. E acho que o primeiro passo é procurar o profissional certo. Não se deixar enrolar (papos como "não vamos fazer nada que faça o bebê sofrer" são típicos de cesaristas) conversar com outras pacientes do médico, buscar informações na internet sobre o profissional. Contratar um doula também é uma ótima opção e traz segurança. 

Acho que outro aspecto é saber o que é um trabalho de parto. Saber que as dores podem chegar meses antes, como um treinamento. Quando estiver perto, as contrações aparecem de tempo em tempo, e esses pródromos (fase latente) podem durar dias. Apenas quando as contrações estiverem em sintonia e bem compassados é que a hora chegou. 

Hoje o relato aqui é da Marina Guimarães, a Nina, que buscou, se preparou, ficou com frio na barriga, é claro, e conseguiu ter o parto normal para a pequena Rosa que acabou de completou um ano no fim de maio. Ela descreve com um sinceridade absurda e cômica como foi a antecipação do nascimento e todo o processo que ela e o marido passaram até conhecer sua primeira filha. E acho que a frase que ela escolheu para iniciar esse texto reflete muito bem o caminho que devemos traçar para iniciar na grande aventura que é a maternidade:

“tudo é uma questão de manter a mente quieta e o coração tranquilo...”

O nascimento da Rosa

Resumo
Parto natural hospitalar. Sem intervenções: quase sem ocitocina sintética, sem episiotomia, sem analgesia, sem estourar a bolsa, sem lavagem intestinal, sem raspar pelos e por aí vai..
7 horas de trabalho de parto ativo, 5 em casa e 2 no hospital. Considerando que o trabalho de parto começa quando as contrações se dão em intervalos regulares.
Expulsivo sentada em mesa de parto, laceração média.
Pré-história
Avó materna: três partos normais, sendo um domiciliar (por decisão, não por falta de hospital).
Mãe: um parto normal traumático no SUS, uma cesária intraparto (meu nascimento) e um parto normal relâmpago, quem nem deu tempo de escolher nada.
Irmã: 2 cesárias intraparto devido a sofrimento fetal.
Os partos familiares influenciam muito a visão e escolhas da grávida. Eu sempre quis parto normal porque entendo que é o melhor em todos os sentidos, mas sempre tive um medinho de não conseguir por causa das cesárias da minha irmã.
Antecedentes
Quando engravidei estava nadando duas vezes por semana. No 1º trimestre eu parei por medinho de perder, depois voltei e nadei até dois dias antes dela nascer. Fiz ioga para gestantes apenas no último mês, porque na correria não consegui me organizar pra fazer antes. Mesmo sendo pouco, foi essencial a troca de experiências e informações me deu mais segurança e confiança pra viver o parto.
Preparativos
Tenho tendência pra prisão de ventre, então no último mês introduzi activia na minha dieta diária. Fez toda a diferença!

Eu tinha pavor de chegar no hospital e parir na recepção porque o plano demorava pra aprovar o procedimento. o fato que poucos sabem é que os procedimentos aprovados pelo plano de saúde tem validade de 30 dias, então o parto pode ser autorizado e você tem 30 dias para parir. Na segunda-feira, 27 de maio, fomos ao hospital levar a guia e pedir autorização. Pegaram o papel e disseram que iam resolver, que não precisaríamos nos preocupar.

Quarta, 30 de maio de 2012
Nas últimas vezes que nadei tive uma sensação tipo uma “dor de viado”, achava que era normal e sem importância. Nessa quarta, não fui na natação pois estava sem carro (bati o carro 2 vezes durante a gravidez!). Fiquei na casa da minha mãe deitada vendo TV e tive a mesma “dor de viado”. Hoje eu interpreto isso como sendo algum tipo estranho de contração. Nada demais, fui pra casa dormir. 

Durante a noite acordei algumas vezes e todas as vezes estava com a barriga dura (contração indolor) fiquei com a impressão que passei a noite inteira em uma longa contração.

Quinta, 31 de maio de 2012
Acordei umas 7h30 e liguei para minha médica e contei tudo, ela disse pra eu caminhar e nos víamos mais tarde (já tinha uma consulta de rotina marcada para aquele mesmo dia). Comecei caminhando da 412 até a 410 pra comprar um treco e minha mãe me pegou lá pra me levar na consulta.
...pausa
Vocês devem estar se perguntando onde estava meu amado marido e pai dessa criança que nem me acompanha nas últimas consultas. Então, ele é quitandeiro, e vai pra CEASA todo dia às 4 da manhã.
voltando..
A obstetra disse que estava tudo bem, pra eu continuar ativa andando pra todo lado e que provavelmente nos veríamos a noite (Droga! Parto à noite é mais caro!)
Eu precisava comprar uns respiradores pros armários do quarto da Rosa. E lá fomos nós em peregrinação pelas lojas de ferragens da W3 sul. Entrei e sai mil vezes de cada loja não conseguia decidir qual eu queria, achava todos feios, nenhum tão bonito como os orginais. Andando, andando e tendo contrações aleatórias e pouco doloridas. Comprei o menos pior e fui almoçar na casa da minha mãe. Estava tirando a sesta quando veio a primeira contração forte e dolorida, deu vontade de ir ao banheiro (obrigada activia!). 

E daÍ pra frente vieram mais contrações doloridas, lá pelas 15h eu pedi pra minha mãe me levar pra casa. E minha mãe disse: "vamos aproveitar e levar o berço e as coisas agora". Até então o quarto da Rosa só tinha uma poltrona. Então, colocamos tudo no carro e fomos. Já em casa a gente monta o berço, sente uma contração aqui, outra ali, tem uma aula de parto com a diarista sobre posições adequadas durante as contrações, conversa vem conversa vai, contração vai contração vem.
Umas 17h, falo pra minha mãe que vou pro quarto, que a coisa tá esquentando, minha mãe e diarista vão embora. Estou eu e a casa, marido trabalhando. Foi às 17h que o trabalho de parto começou mesmo, contrações regulares. Após as contrações eu sentia um cansaço, como uma queda de pressão. Então, eu levantava da cama pra me agachar nas contrações e deitava nos intervalos.
De repente, veio um contração forte e eu vomitei tudo que tinha comido no dia, logo em seguida liga o marido perguntando se ele podia passar em um lugar antes de ir pra casa. Eu digo que "NÃO!" que era pra ele vir logo e limpar o meu vômito (ô dó! já começa a vida de pai assim). Vou tomar banho e deixo o fedor pra trás.
Enquanto tomava banho me veio a desconfiança de que o hospital não tinha aprovado o parto. Pedi pro marido ligar no hospital: e dito e feito, ainda não tinham aprovado, mas disseram no telefone que iam aprovar naquela hora. Fico brava, mas aliviada por saber que iam aprovar antes de chegarmos ao hospital. 

Dizem que ficar na água é super relaxante, eu não gostei, após as contrações eu só queria deitar. Meu trabalho de parto foi um "deita levanta". Ficar no chuveiro me dava mais moleza, sai e voltei pro quarto. Ficamos eu e ele deitados na cama em silêncio, não queria conversar, não queria comer, não queria nada. sempre que vinha uma contração, eu levantava e me apoiava na parede com as mãos e voltava a deitar quando passava. 

A orientação da minha médica era que eu fosse pro hospital quando estivesse com contrações de 3 em 3 min. Lá pelas 21h eu virei pro marido e disse “chega, não quero mais saber de contar contrações, quero ir pro hospital agora!”. A gente não estava contando com muita disciplina, mas já estava mais ou menos nos 3 min. Eu vesti o primeiro vestido q vi pela frente e falei “tô pronta! bora!” e o marido ficou mega enrolando pra se arrumar. Depois, ele me confessou que fez de propósito pra gente ficar mais tempo em casa e o trabalho de parto evoluir um pouco mais.
Agora vem a parte linda: ficar dentro de um carro tendo contrações sentada quetinha da 412 norte até a 716 sul, chegar no hospital e depois ficar sentadinha esmagando o braço da cadeira e fazendo caretas de dor, enquanto o marido estaciona e a recepcionista placidamente pergunta, como se nada estivesse acontecendo, meu endereço completo pra fazer meu check-in e pro mensageiro me levar pro quarto porque "sem cadastro completo não sobe". Lindo! Marido chega e eu peço pra ele terminar o cadastro enquanto eu vou pro quarto, pelo amor! 
22h, a maternidade estava lotada. Então me levam pra um quarto comum, peço ao mensageiro para virem medir minha pressão, ele diz que não dá porque meu prontuário ainda não subiu. Fico sozinha. Pouco depois chega o marido e depois a obstetra. No exame de toque a GO constatou que eu estava com 7cm de dilatação. Fiquei muito feliz, tinha medo de chegar no hospital pouco dilatada, o que poderia significar mais tempo de trabalho de parto no hospital. Não gosto de hospital e o parto foi a primeira vez na vida em que estive internada. A enfermeira olha pra mim e pergunta “você vai tentar parto normal? Tem outras duas gestantes tentado, mas acho que o médico não vai esperar, tá demorando muito”. Eu penso: “afe!”. Quase não lembro das contrações que tive no hospital, foi tanto vai pra lá e pra cá, e espera enfermeira e isso e aquilo que não foquei no TP.

Tive uma infecção urinária no início da gravidez, a famosa Streptococcus agalactiae, e por isso precisava tomar antibiótico (penicilina) durante o trabalho de parto. Minha GO pediu o remédio assim que chegou no hospital, mas o remédio não vinha. Obviamente a GO foi reclamar e disseram pra ela que tava demorando e era melhor subir pro Centro Obstétrico, que lá o remédio vinha mais rápido. E lá vamos nós, troca de roupa, espera enfermeira, senta na cadeira, espera elevador e espera a porta do CO abrir. Quando ela abre uma enfermeira diz que preciso tirar meus óculos porque não posso entrar com nenhum pertence meu, que loucura! Tenho que parir cega! Minha GO me defende e eu entro com os óculos. Não sei em que hora exatamente a Ana Paula chegou (a fotógrafa ana paula batista), mas nessa hora ela e marido tinham ido pra algum lugar onde vestiram roupas e toucas horríveis de hospital que serviram exclusivamente pra gente ficar feio na foto.

Então, me levaram pra área das cortinas (tipo uma enfermaria) onde as parturientes esperam a sua hora, onde fui apresentada à bola. Disse a GO: “senta aqui, quando a contração vier você me avisa”. Eu aviso, e ela fica me empurrando contra a bola, e isso não é legal. Depois de vários pedidos da GO alguém do hospital diz que eles não tem o remédio, está em falta. (onde estamos mesmo?! ah... em um “dos melhores” hospitais particulares de Brasília). Então, mandam outro antibiótico (amoxicilina), a enfermeira me espeta futuca futuca e nada, espeta de novo e nada. Minha GO perde a paciência, procura uma veia e manda a enfermeira furar ali, sucesso! Ufa, essa furação dói mais que contração.
E quando chegou a famosa vontade de fazer cocô, fomos para a sala de parto. 

Eu não percebi nem nada, mas na foto saiu um sangue, devia ser o tampão.

A sala de parto estava GE-LA-DA, sentei na mesa de parto e me cobri com vários lençóis. A pediatra diz; “você não vai poder ficar muito tempo com a bebê por causa do frio”, eu respondo “desliga o ar”, ela “não dá”, eu “então aumenta a temperatura” e ela “não dá”, essa é uma das maravilhas que o hospital faz por você, aconteceu exatamente o mesmo com uma amiga que teve PN lá.

E lá vamos nós fazer força. Marido do meu lado e plateia na frente (GO, 2 enfermeiras, pediatra e fotógrafa). A bolsa estourou no início do expulsivo. E lá estava o cucuruto da minha filha. Pedi pra Ana tirar uma foto e me mostrar, que emoção! Já estou com trezentos panos estéreis sobre minhas pernas, a única parte exposta é o buraco. 

Instruções: respirar fundo e quando vier a contração fazer um força longa, o máximo de tempo que conseguir. Certo! Sou obediente! Vem uma, vem duas, sei lá quantas, vai e vem. As enfermeiras em coro: “vai Marina! só mais um pouquinho, só mais um pouquinho!”. No fundo da minha mente eu pensava que essa era uma cena muito absurda. Aí vem a pediatra e fala pra GO que era melhor fazer episio, Hã?!. minha GO pergunta retoricamente: “Marina, vc não quer episio, né?”, eu: “NÃO!” e civilizadamente ela diz à pediatra que ela não tem nada a ver com isso e que os batimentos cardíacos da bebê estão ótimos. 

Não sei exatamente quanto tempo durou o expulsivo, mas foi rápido, achei que demorava mais. Minhas contrações não estavam tão longas, recebo um tiquinho de ocitocina (já tava com ponto mesmo). Não me lembro muito bem da sensação física, minhas mãos seguravam com força a manopla da mesa de parto, tensão nos braços. Era muita informação: enfermeiras e pediatra falando, luz forte, ar condicionado gelado, e isso e aquilo. E tínhamos que nos defender o tempo todo, certificar que não íamos sofrer interveções, isso demandou energia, atenção.
Só sei que em uma determinada contração ela saiu, veio pros meus braços chorando, e ela tinha cabelo (achava que ela ia ser careca)! 23h53! a menos de 7 minutos de 1 de junho. O meu corpo está exausto, como se eu tivesse empurrado sozinha a pedra do sepulcro. Desmonto, olho pra ela, olho pro marido, temos uma filha linda, melecada e saudável. Tento, mas ela não mama, ok. Depois de míseros minutos ela vai com o pai para os procedimentos.



Também não notei quando saiu a placenta. Deve ter sido quando ela estava no meu colo, não me lembro de ter nenhuma contração depois que ela saiu. Pedi pra ver a placenta, quis tocá-la. Fico lá, deitada, recebendo os pontos, converso sei lá o quê com a GO. Ela diz que tá fazendo "bem bunitinho preu ficar quase como era antes". Tive um laceração média, os pontos são incontáveis, os tecidos são costurados camada sob camada, pois cada uma rasgou de forma diferente. Meu corpo vai relaxando de esforço, estou bem. Antes de acabar a sutura, marido volta com a filha vestidinha em seu macacão branco, linda, fofa master. Felicidade e gratidão!



pós-parto
2 dias depois o leite veio. A cicatrização do perineo foi excelente. Hemorroida: alguns dias de pomada, banho de assento e pronto.

A Nina é super talentosa e faz coisas lindas em papelaria para festas, não deixem de conhecer o trabalho dela. E o Marcelo, vulgo marido, comanda a Quitanda Fácil que tem um sistema de entrega de verduras, frutas, e outros alimentos em casa, que eu uso e super recomendo. Além de trabalhar com buffet para festas. Maria e Isabella são fãs dos sucos naturais que ele faz!

Pessoal, só pra lembrar: não deixe e curtir a página do Manual da Família Moderna no Facebook!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Receitinha - Papinha cremosa, a revanche

Olá, pessoas! Estou um pouco sumida, mas ainda aqui. Muita coisa acontecendo, mas muitas novidades estão por vir com o blog, com a nossa vida moderna e ainda estou trabalhando em uma nova coleção para a Loja da Família Moderna, por isso, aguardem e confiem!
Por enquanto, lembram da receita de papinha cremosa que fez sucesso aqui no blog? Então, neste fim de semana fiz uma nova versão, agora sem leite! "Como pode papinha cremosa sem leite?" Rá-Rá, existe sim! Bastou um pouco de criatividade e o famoso uso "da sobra do dia anterior" para a invenção surgir!

IMG_5578 Quase não deu tempo de tirar foto! Então, vamos lá:


Papinha cremosa versão 2.0

Receita super simples e rápida! Você vai precisar de:

- 1 xícara de mandioca cozida
- 1 xícara de arroz cozido
- 1 tomate picadinho
- 1/2 cebola picada
- cheiro verde picado a gosto do freguês.
- carne picadinha

Bata no liquidificador a mandioca com um copo de água (coloque a água primeiro para não forçar o bichinho) e reserve. Em uma frigideira ou panela grande, refogue com azeite a cebola e o tomate e acrescente um pouco de sal. Depois coloque o arroz cozido e 1/2 copo de água, deixe refogar. Adicione a mandioca batida e mais um copo de água e misture. Nessa hora, vá colocando água até a consistência ficar bem cremosa. Fica com um aspecto de risotto. Aqui a família inteira (eu e marido incluídos) comeu a papinha, que na verdade é um arroz cremoso e foi super aprovado. E ainda fiz uma saladinha de couve para completar. Dá para adicionar outros legumes cozidos e temperos a essa mistura, tudo depende do que você tiver na geladeira. Adicionamos carne picadinha para as meninas.

IMG_5574 Papinha pronta!

IMG_5584IMG_5585 IMG_5586
Maria em três atos

IMG_5580
Saladinha de couve crua: super fácil que eu aprendi no programa do Rodrigo Hilbert, gente (abafa)! É só temperar a couve com 1/2 limão (ele usou laranja, mas eu não tinha), mostarda, sal e azeite. Fica bom demais!!! Sou suspeita porque amo couve, mas é uma salada perfeita para o inverno.

IMG_5594 Bella traçando a couve

IMG_5576 Lambança: o melhor selo de aprovação

Ah, sim! Essa é a última semana da promoção moderna, gente! Não deixem de passar na Loja para conferir os preços especiais, todos com frete grátis. E semana que vem tem novidade, mais uma vez: aguardem e confiem! Sem título

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Seguir em frente

Existe um turbilhão de coisas acontecendo comigo e ao meu redor, mas eu não quero escrever sobre isso. Quero sim escrever sobre como é bom ver duas meninas crescerem todos os dias, ainda que às vezes elas testem meus limites. É difícil, um desafio tremendo, mas me emociono com os abraços, chamegos constantes e o carinho entre as duas, ou quando escuto Isabella falando a língua dela num canto e passa um brinquedo para a Maria brincar também e elas "conversam" sem que eu entenda nada. Uma das minhas coisas favoritas, ultimamente, além de ver elas brincando e interagindo, é sair para andar com as duas. Caminhar perto de casa, sentir a grama, as plantas, ver os passarinhos e os cachorros passeando.

foto(33)
Passeio na nossa quadra

foto(34)
Maria dando tchau pra árvore

Andar é um ótimo exercício de desenvolvimento e coordenação para o bebê. Além de deixar ele explorar o mundo, ele ganha confiança física. Fazia isso, quando elas ainda estavam engatinhando, mas debaixo do prédio e ficava louca correndo atrás das duas, mas era divertido e uma ótima forma de desenvolver senso de limite e socialização também.

IMG_2369
Bella há alguns meses atrás, livre leve e solta

Agora, andando, elas se sentem seguras para ir de um lado pro outro, mas sempre com a nossa supervisão. É claro que não faço isso sozinha, sempre na companhia de mais alguém que possa dar atenção para uma das meninas.

foto(36)
Fim de tarde debaixo do bloco

Nas primeiras vezes, o Marco surtou um pouco, especialmente, quando as duas pegaram no cocô do cachorro, mas fomos pra casa, lavamos as mãos e voltamos para caminhar. Outro dia, fui com a Maria para um lado e o Marco com a Bella e no meio do caminho, uma avistou a outra e elas foram correndo felizes se encontrar! E cada vez mais a gente tem deixado o carrinho em casa, algo que eu nunca poderia imaginar (já que esse carrinho é tipo meu melhor amigo) e saindo para explorar. Fico pensando em quando vou conseguir sair com as duas sozinhas andando por aí e isso me faz feliz. Elas me fazem feliz.

foto(35)
Performace by Bella

Hoje também estou lá no blog Confessionário do portal Bebê.com.br para contar sobre os dilemas e como lidar com a birra! Passem lá e me falem o que vocês acharam!